EVOLUÇÃO DA MOEDA E PLANOS ECONÔMICOS
EVOLUÇÃO
DA MOEDA
DATA
DESCRIÇÃO NOME SÍMBOLO
-¢ MOEDA ANTERIOR
REIS R$
05/10/1942
- NOVA MOEDA ¢CRUZEIRO
¢Cr$
16/02/1967
-
CORTE DE TRÊS ZEROS¢
CRUZEIRO NOVO ¢NCr$
15/05/1970
-
RETORNO CRUZEIRO¢
Cr$
28/02/1986
- CORTE DE TRÊS ZEROS ¢CRUZADO ¢Cz$
16/01/1989
-
CORTE DE TRÊS ZEROS ¢CRUZADO
NOVO ¢NCz$
15/03/1990
-
RETORNO CRUZEIRO¢
Cr$
01/08/1993
- CORTE DE TRÊS ZEROS¢ CRUZADO REAL ¢CR$
01/07/1994
-
NOVA MOEDA¢
REAL¢
R$ (DIVISÃO POR 2.750 – URV)
PLANOS
ECONÔMICOS
FEV/1986
- PLANO CRUZADO ECz$
JUN/1987
- PLANO BRESSER ECz$
JAN/1989
- PLANO VERÃOE NCz$
MAR/1990
- PLANO COLLOR ECr$
AGO/1993
- PLANO FHC
MAR/1994
- PLANO FHC2E URV
JUL/1994
- PLANO REAL ER$
ECONOMIA E
POLÍTICA DO BRASIL APÓS A DITADURA MILITAR 3º
ANO
José Sarney:
Primeiro governante civil depois
do Regime Militar de 1964, José Sarney é eleito pelo Colégio Eleitoral
vice-presidente da chapa encabeçada por Tancredo Neves, que morre sem ter sido
empossado. Sarney assume a Presidência em 15 de março de 1985 e fica até 15 de
março de 1990. Enfrenta três desafios: a reforma constitucional, a
estabilização da economia e a retomada do crescimento em um quadro de recessão
e inflação alta.
Sarney chega ao governo após uma
série de circunstâncias inusitadas. Era o líder do Partido Democrático Social
(PDS) e encarregado pelo então presidente João Figueiredo de coordenar sua
sucessão. Com a derrota no Congresso da emenda pelas eleições diretas em 1984,
a oposição forma a Aliança Democrática, que reúne políticos de vários partidos,
para disputar os votos do Colégio Eleitoral. O PDS lança a candidatura de Paulo
Maluf, outro nome importante do partido, o que leva José Sarney a se desligar
da agremiação. Entra como vice na chapa de Tancredo Neves, representando a
Frente Liberal, dissidência do PDS, e filia-se ao Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB). Tancredo é eleito, mas, às vésperas da posse, apresenta um
grave problema intestinal (diverticulite, segundo os médicos) e passa por
muitas cirurgias. José Sarney começa a governar interinamente em 15 de março de
1985. Tancredo Neves morre em 21 de abril, e, no dia seguinte, Sarney assume
oficialmente o cargo. Empresta à sua administração o título de Nova República,
que designava o programa da Aliança Democrática (formada pela Frente Liberal e
pelo PMDB), e cumpre cinco anos de mandato, um a mais que o previsto na
carta-compromisso da Aliança, negociada no Congresso.
Economia e política
após a ditadura militar
O governo de José
Sarney foi inicialmente marcado pela frustração político-ideológica da volta à
democracia com a morte de Tancredo Neves. Ocupando o posto de vice-presidente,
Sarney foi o primeiro civil a tomar posse do governo presidencial após os anos
da ditadura. Historicamente ligado às tradicionais oligarquias nordestinas, o
governo José Sarney tinha a difícil missão de recuperar a economia brasileira
sem abrir mão dos privilégios das elites que apoiavam.
Buscando contornar a crise da economia, Sarney montou uma equipe econômica contrária a antiga política econômica do período militar. A nova equipe foi responsável pela criação, em 1986, do Plano Cruzado. Adotando políticas de controle dos salários e dos preços, o governo esperava conter o desenfreado processo de inflação que assolava a economia brasileira. No primeiro instante, os objetivos desse plano foram alcançados: a inflação atingiu valores negativos, o consumo aumentou e os fundos aplicados foram lançados na economia.
Alguns meses mais tarde, a euforia de consumo levou o plano à falência. A estabilização forçada dos preços retraiu os setores produtivos e acabou fazendo com que os bens de consumo desaparecessem das prateleiras dos supermercados e das empresas. Muitos fornecedores passaram a cobrar um ágio sob a obtenção de determinados produtos. Além disso, as reservas cambiais do país foram empregadas na obtenção das mercadorias essenciais que desapareceram da economia nacional.
Buscando contornar a crise da economia, Sarney montou uma equipe econômica contrária a antiga política econômica do período militar. A nova equipe foi responsável pela criação, em 1986, do Plano Cruzado. Adotando políticas de controle dos salários e dos preços, o governo esperava conter o desenfreado processo de inflação que assolava a economia brasileira. No primeiro instante, os objetivos desse plano foram alcançados: a inflação atingiu valores negativos, o consumo aumentou e os fundos aplicados foram lançados na economia.
Alguns meses mais tarde, a euforia de consumo levou o plano à falência. A estabilização forçada dos preços retraiu os setores produtivos e acabou fazendo com que os bens de consumo desaparecessem das prateleiras dos supermercados e das empresas. Muitos fornecedores passaram a cobrar um ágio sob a obtenção de determinados produtos. Além disso, as reservas cambiais do país foram empregadas na obtenção das mercadorias essenciais que desapareceram da economia nacional.
Reforma constitucional
A reforma começa com a revogação
da legislação autoritária. Entre 1985 e 1986, a eleição direta para a
Presidência da República é restabelecida, o voto dos analfabetos é aprovado, os
partidos políticos são legalizados, a censura prévia é extinta e acabam as
intervenções nos sindicatos. Em novembro de 1985 realizam-se eleições diretas
para 201 prefeituras, inclusive das capitais de estados e territórios. No ano
seguinte, junto com os governadores estaduais, é eleito o Congresso Nacional
encarregado de escrever a nova, promulgada em 1988.
Plano Cruzado
Os problemas da economia são
enfrentados pelo Plano Cruzado, lançado em 28 de fevereiro de 1986. Ele muda a
moeda de cruzeiro para cruzado, congela preços e salários por um ano e acaba
com a correção monetária. Alcança bons resultados no início, mas os ajustes
considerados necessários são adiados para não prejudicar os candidatos do
governo nas eleições de novembro. A estratégia eleitoral dá certo, mas a
economia fica desorganizada e a inflação dispara. No decorrer dos anos
seguintes são lançados mais dois programas de estabilização: os planos Bresser
e Verão. No entanto, eles não obtêm sucesso. No último ano do governo, a
inflação mensal cresce aceleradamente, ultrapassando 80% em março de 1990.
Sarney é sucedido por Fernando Collor de Mello.
O que foi ?
O Plano Cruzado foi um plano econômico lançado em 28
de fevereiro de 1986, durante o governo de José Sarney. Tinha como principal
objetivo a redução e controle da inflação, que na época era muito elevada.
Principais medidas econômicas do Plano Cruzado
Principais medidas econômicas do Plano Cruzado
Criação de uma nova moeda, o Cruzado (Cz$), em
substituição ao cruzeiro. Cada Cruzado tinha o valor de 1.000 Cruzeiros=1
cruzado ( corta 3 zeros)
Congelamento dos preços de produtos e salários por
um ano
Efeitos na economia
Efeitos na economia
Nos primeiros meses houve o controle
inflacionário com o congelamento de preços;
Após alguns meses, começou a faltar mercadorias nos
supermercados. Como não podiam reajustar os preços, muitos empresários e
fazendeiros resolveram não colocar seus produtos a venda. O resultado foi o
desabastecimento no país.
No final de 1986, o Plano Cruzado deixou de
funcionar e a inflação voltou a crescer.
O
Plano Cruzado II
foi um conjunto de medidas visando a estabilização da
economia
brasileira,
lançado pelo presidente José Sarney, em 21 de
novembro de 1986,
após o fracasso do Plano Cruzado.
....A
demanda
aumentou mas as mercadorias, cujos preços haviam sido congelados, desapareceram.
Os fornecedores passaram a cobrar um ágio.
Em fins de julho, foi decretado o chamado "Cruzadinho", quando houve
o aumento dos preços dos carros e dos combustíveis em 30%, ao mesmo tempo que o
discurso governamental continuava a falar de "inflação zero".
De
julho a outubro de 1986, o governo permaneceu imóvel diante do agravamento da
escassez de produtos e à deterioração das contas externas. O
"Cruzadinho" foi um tímido pacote fiscal que envolvia basicamente a
criação de um sistema de empréstimos compulsórios na aquisição de gasolina e
automóveis e impostos não-restituíveis sobre a compra de moedas estrangeiras e
passagens aéreas internacionais. As expectativas de descongelamento de preços estimulavam
a demanda. As exportações caíam ,enquanto as importações aumentavam, esgotando
as reservas cambiais (reservas em moeda estrangeira),com o poder centralizado e
a crise estava se generalizando, e a insatisfação da população era muito
grande, colocava em risco o plano e a geração de revoltas, ou seja , uma crise
interna.
O
governo havia decidido sustentar formalmente o congelamento de preços até as
eleições, em 15 de novembro daquele ano. De fato, graças à popularidade do
Plano Cruzado, o pleito foi favorável ao partido do governo, o PMDB, que conseguiu os
governadores dos principais Estados do
Brasil e quase dois terços da Câmara dos deputados, do Senado e das Assembleias Legislativas estaduais. Seis
dias depois, em 21 de novembro, o governo lançou o Plano Cruzado II;
Principais propostas do Plano Cruzado II:
· Liberação dos preços dos produtos e serviços
· Reajuste dos aluguéis a ser negociado entre proprietários e inquilinos,
· Alteração do cálculo da inflação, que passaria a ter como base os gastos das famílias com renda de até cinco salários mínimos.
· Aumento de impostos sobre bebidas e cigarros.
· Aumento das tarifas de serviços públicos
· Aumento da carga fiscal
· Reindexação da economia
O Cruzado II foi um pacote fiscal que acabou por fornecer uma válvula de escape para toda a inflação reprimida durante o congelamento de preços. O Plano pretendia controlar o déficit fiscal aumentando a receita tributária.
Permanecia o gatilho salarial, porém, os índices de inflação eram "ajustados" de modo a evitar o seu disparo. de todo modo, em 1987, o índice atingiu um patamar que disparou o gatilho.
A população teve que enfrentar vários aumentos de preços, num só dia: 60% no preço da gasolina; 120% dos telefones e energia; 100% das bebidas; 80% dos automóveis; 45% a 100% dos cigarros.
Houve protestos. Em Brasília, uma manifestação que ficou conhecida como "badernaço", no dia 27 de novembro, degenerou em saques, depredações e incêndios. Em 25 de junho de 1987, uma multidão apedrejou o ônibus do Presidente no centro do Rio de Janeiro.
Havia problemas também na frente do balanço de pagamentos. A taxa de câmbio, oficialmente congelada, estava sobrevalorizada, favorecendo o aumento das importações e prejudicando as exportações. O pânico veio em 20 de fevereiro de 1987, quando, diante da queda vertiginosa das reservas cambiais (reservas em moeda estrangeira), o ministro Funaro suspendeu os pagamentos do serviço da dívida externa aos bancos privados. Era a moratória unilateral - o fantasma que sempre assombrou os ministros da Fazenda brasileiros.
Os preços dispararam, o governo desistiu de controlá-los, restabelecendo-se a indexação. Ainda foi mantido um certo controle sobre os salários, no sentido de reduzir a demanda agregada. Mas, em janeiro de 1987, a inflação já atingia 16,8%.
Depois de uma curta existência, de novembro de 1986 a junho de 1987, o Plano Cruzado II havia se tornado apenas mais um plano de estabilização fracassado e assim, em maio de 1987, cinco meses após a sua edição, o ministro da Fazenda, Dílson Funaro, foi substituído por Luís Carlos Bresser Pereira
Fernando Collor de Mello
...venceu seu principal adversário,
Luís Inácio Lula da Silva.
Foi o primeiro
Presidente eleito pelo voto popular depois de 25 anos de regime de exceção. Seu
curto período de Governo foi marcado por escândalos de corrupção o que levou a
Câmara dos Deputados a autorizar a abertura do processo de Impeachment em
02.10.1992 e Collor foi afastado do poder. Na sessão de julgamento, a
29.12.1992, o Presidente Fernando Collor, às doze horas e trinta minutos
renunciou ao mandato para o qual fora eleito. Os Senadores aprovaram a
inabilitação política de Fernando Collor por oito anos.
Collor conquistou a simpatia da
população, que o elegeu com mais de 42% dos votos válidos. Seu discurso era de
modernização e sua própria imagem validou a ideia de renovação. Collor era jovem,
bonito e prometia acabar com os chamados “marajás”, funcionários públicos com
altos salários, que só oneravam a administração pública.
Sua primeira medida, ao tomar
posse no dia 15 de março de 1990, foi anunciar seu pacote de modernização
administrativa e vitalização da economia,
através do plano Collor I, que previa, entre outras coisas:
- Volta do Cruzeiro como moeda;
- Congelamento de preços e salários;
- Bloqueio de contas correntes e poupanças no prazo de 18 meses;
- Demissão de funcionários e diminuição de órgãos públicos;
- Congelamento de preços e salários;
- Bloqueio de contas correntes e poupanças no prazo de 18 meses;
- Demissão de funcionários e diminuição de órgãos públicos;
O objetivo deste plano, segundo
Collor, era conter a inflação
e cortar gastos desnecessários do governo. Porém, estas medidas não tiveram
sucesso, causando profunda recessão, desemprego e insatisfação popular.
Trabalhadores, empresários, foram
surpreendidos com o confisco em suas contas bancárias. O governo chegou a
bloquear em moeda nacional o equivalente a oitenta bilhões de dólares.
O governo Collor também deu
início às privatizações das estatais e à redução das tarifas alfandegárias. Com
produtos importados a preços menores, a indústria nacional percebeu a
necessidade de se modernizar e correr atrás do prejuízo.
Seis meses após o primeiro pacote
econômico,
Collor lançou um segundo plano, o Collor II, que também previa a diminuição da
inflação e outros cortes orçamentários. Mas, novamente, não obteve êxito e só
fez aumentar o descontentamento da população.
A ministra da Economia, Zélia
Cardoso de Mello, não suportou a pressão e em maio de 1991 pediu demissão do
cargo. Em seu lugar, assumiu Marcílio Marques Moreira, até então embaixador do
Brasil, em Washington. Marcílio não lançou nenhuma medida de impacto. Sua
proposta era liberar os preços e salários gradualmente, porém não teve bons
resultados.
A esta altura, surgiram várias
denúncias de corrupção na administração Collor, envolvendo ministros, amigos
pessoais e até mesmo a primeira dama, Rosane Collor. Paulo César Farias,
ex-tesoureiro da campanha e amigo do presidente, foi acusado de tráfico de
influência, lavagem e desvio de dinheiro.
Para não ser julgado e destituído, Collor, já afastado da
presidência desde outubro, renunciou em 29 de dezembro de 1992. Collor foi
substituído pelo mineiro Itamar
Franco, que colocou no Ministério da Fazenda, o sociólogo Fernando
Henrique Cardoso.
Com o Plano Real, Fernando Henrique Cardoso, gerou efeitos positivos na economia ao promover a estabilização da economia, com reflexos diretos na cesta básica e em produtos de consumo popular, cujos preços se estabilizaram. Esses efeitos positivos foram decisivos para a vitória de FHC nas eleições presidenciais de 1994.
Com o Plano Real, Fernando Henrique Cardoso, gerou efeitos positivos na economia ao promover a estabilização da economia, com reflexos diretos na cesta básica e em produtos de consumo popular, cujos preços se estabilizaram. Esses efeitos positivos foram decisivos para a vitória de FHC nas eleições presidenciais de 1994.
Fernando Henrique Cardoso
Fernando Henrique
Cardoso (Rio de Janeiro, 18 de junho de 1931), conhecido popularmente como FHC,
é um sociólogo, cientista político e político brasileiro. Professor Emérito da
Universidade de São Paulo, lecionou também no exterior, notadamente na
Universidade de Paris.
Mesmo do ângulo
específico que se explora aqui, não há forma simples de caracterizar o primeiro
governo de Fernando Henrique Cardoso. De uma perspectiva econômica e
sociopolítica, sua gestão forma uma unidade que cobre um período superior ao do
mandato oficial. Começa de fato no lançamento do Plano Real, antes pois da
posse oficial do Presidente, e termina já no seu segundo governo, no dia 13 de
janeiro de 1999, quando alterou-se radicalmente o regime cambial do país.
O GOVERNO FHC
E O NEOLIBERALISMO?
Ao longo
da década de 1990, a esquerda brasileira se especializou em qualificar como
“neoliberalismo” os principais atos direta ou indiretamente associados ao
governo FHC. Entre esses atos, pode-se listar o Plano Real, as privatizações, o
PROER e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Logicamente
que qualquer análise mais detalhada dessas críticas leva quase que
inescapavelmente à conclusão de que esses quatro atos fundamentais do governo
FHC passam bem longe de qualquer vertente neoliberal, sobretudo pelo fato de
que o tal “neoliberalismo” é bem mais uma construção ideológica da esquerda do
que realmente um conjunto de valores com existência concreta. Vejamos uma breve
análise desses pontos principais do governo FHC.
O Plano
Real nada mais foi do que uma reforma estrutural com o objetivo de fazer uma
estabilização monetária e converter em simples inflação o registro histórico da
hiperinflação brasileira que assolou o país entre 1980-1993/1994. Isso não é
neoliberalismo.
O Plano
Real nada mais foi do que uma reforma estrutural com o objetivo de fazer uma
estabilização monetária e converter em simples inflação o registro histórico da
hiperinflação brasileira que assolou o país entre 1980-1993/1994. Isso não é
neoliberalismo.
As
privatizações é o que há de mais próximo da acusação de neoliberalismo. No
entanto, aqui vale uma breve análise se tais privatizações foram boas ou ruins.
Os casos da EMBRAER (quase faliu em 1994), da Vale do Rio Doce e do setor de
telecomunicações estão aí para atestar que esses setores/empresas estão
melhores nas mãos de empreendedores do que sob a tutela de políticos. Afinal de
contas, empresas foram feitas para isso: Para serem comandadas por
empreendedores e não por políticos, o que reduz, consideravelmente os riscos de
corrupção (um empresário teria de ser muito palerma para roubar o próprio
dinheiro!).
O PROER
foi um extenso programa de saneamento do setor financeiro do Brasil e que
contribuiu para a retirada de bancos/financeiras que tinham um considerável
potencial para espalhar desconfiança dentro do mercado. É muito repetida a
história de que o PROER foi mamata para banqueiros, se esquecendo de que,
sanear o sistema financeiro, o governo evitou que todo esse sistema entrasse em
ruínas e que o país entrasse em colapso por causa disso.
A Lei de
Responsabilidade Fiscal nada mais é do que o seguinte: Não gastem mais do que
vocês arrecadam! Isso é neoliberalismo?
Dos
quatro pontos principais do governo FHC e que a esquerda tanto qualificou de
neoliberalismo, apenas um deles, as privatizações, se aproximam dessa
construção ideológica.
No
entanto, e se usássemos uma medida numérica para avaliar o grau de liberdade
econômica nos governo FHC e Lula para saber em qual deles houve mais liberdade
para a atuação do mercado em detrimento do setor estatal?
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