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novembro 23, 2011

1º e 2º Reinados - Conflitos , imagens e curiosidades - T.2002

Para  falar em Brasil Império temos que começar pela " independência..."se é que foi realmente...
I. O ATO DE 22 de  setembro... INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
●Em 1799, Napoleão Bonaparte assumiu o poder na França. Seus projetos industrialistas e expansionistas levaram ao confronto direto com a Inglaterra. Por isso, em 1806, determinou o Bloqueio Continental: o continente foi proibido de manter relações com os britânicos. Isto afetou diretamente Portugal.
Ameaçada de invasão, a Corte do Regente D. João retirou-se para o Brasil. Pressões inglesas e brasileiras o levaram a assinar a abertura dos portos, em 1808, pondo um fim no Pacto Colonial. Era o domínio inglês.
●Os Tratados de 1810 selaram de vez tal domínio. E o Brasil foi elevado a Reino Unido de Portugal, em 1815. Esta submissão de D. João a Londres irritou profundamente a burguesia lusitana, pois a Independência parecia inevitável. Mesmo a repressão joanina aos republicanos da Revolução Pernambucana de 1817 não bastou para aplacar a ira de Lisboa.
●Assim, em 1820, a Revolução do Porto implantou a monarquia constitucional e D. João VI voltou a Portugal. Aqui deixou o Príncipe D. Pedro como Regente. Formaram-se duas agremiações rivais: o Partido Português, desejando a recolonização do Brasil, e o Partido Brasileiro, da aristocracia. Em 1822, por duas vezes, D. Pedro foi intimado a retornar: em 9 de Janeiro deu a decisão do “Fico” e a 7 de Setembro, o “Grito do Ipiranga”. Nascia o Império.
II- . O PRIMEIRO REINADO
●A monarquia brasileira consolidou-se de forma crítica.
A marca do 1º Reinado foi a disputa pelo poder entre o Imperador Pedro I e a elite aristocrática nacional. O primeiro confronto deu-se na outorga da Constituição de 1824.
●Durante o ano anterior as relações entre o governo e a Assembléia Constituinte foram tensas. Enquanto a maioria “brasileira” pretendia reduzir o poder do Trono, os “portugueses” defendiam a monarquia centralista. O desfecho foi o golpe da “noite da agonia”: a Constituinte foi dissolvida. D. Pedro, então, outorgou a Constituição que seus conselheiros elaboraram e fortaleceu-se com o Poder Moderador.
●A reação veio na revolta da Confederação do Equador, em 1824. A repressão custou a vida de expoentes liberais, como Frei Caneca. Neste mesmo ano os E.U.A. reconheceram o Brasil livre. Mas os reconhecimentos português e inglês só vieram após intrincadas negociações que geraram a dívida externa. Em seguida, Pedro I envolveu-se na questão sucessória portuguesa e na Guerra Cisplatina, perdendo o Uruguai.
● Em 1830, as agitações resultaram no assassinato do jornalista de oposição Líbero Badaró e na “noite das garrafadas”M(2), entre lusos e brasileiros.
ØPeríodo inicial do Império, estende-se da Independência do Brasil, em 1822, até a abdicação de Dom Pedro I , em 1831. Aclamado primeiro imperador do país a 12 de outubro de 1822, Dom Pedro I enfrenta a resistência de tropas portuguesas. Ao vencê-las, em meados do ano seguinte, consolida sua liderança.
Seu primeiro ato político importante é a convocação da Assembléia Constituinte, eleita no início de 1823(M(1)Veja na última página sobre esta Constituição que levou o nome de “ Constituição da mandioca!hehehe). É também seu primeiro fracasso: devido a uma forte divergência entre os deputados brasileiros e o soberano, que exigia um poder pessoal superior ao do Legislativo e do Judiciário, a Assembléia é dissolvida em novembro. A Constituição é outorgada pelo imperador em 1824. Contra essa decisão rebelam-se algumas províncias do Nordeste, lideradas por Pernambuco. A revolta, conhecida pelo nome de Confederação do Equador ,é severamente reprimida pelas tropas imperiais.
Embora a Constituição de 1824 determine que o regime vigente no país seja liberal, o governo é autoritário. Freqüentemente, Dom Pedro impõe sua vontade aos políticos. Esse impasse constante gera um crescente conflito com os liberais, que passam a vê-lo cada vez mais como um governante autoritário. Preocupa também o seu excessivo envolvimento com a política interna portuguesa. Os problemas de Dom Pedro I agravam-se a partir de 1825, com a entrada e a derrota do Brasil na Guerra da Cisplatina . A perda da província da Cisplatina e a independência do Uruguai, em 1828, além das dificuldades econômicas, levam boa parte da opinião pública a reagir contra as medidas personalistas do imperador.

II.A-SUCESSÃO EM PORTUGAL

Além disso, após a morte de seu pai Dom João VI , em 1826, Dom Pedro envolve-se cada vez mais na questão sucessória em Portugal. Do ponto de vista português, ele continua herdeiro da Coroa. Para os brasileiros, o imperador não tem mais vínculos com a antiga colônia, porque, ao proclamar a Independência, havia renunciado à herança lusitana. Depois de muita discussão, formaliza essa renúncia e abre mão do trono de Portugal em favor de sua filha Maria da Glória.
Ainda assim, a questão passa a ser uma das grandes bandeiras da oposição liberal brasileira. Nos últimos anos da década de 1820, esta oposição cresce. O governante procura apoio nos setores portugueses instalados na burocracia civil-militar e no comércio das principais cidades do país. Incidentes políticos graves, como o assassinato do jornalista oposicionista Líbero Badaró em São Paulo, em 1830, reforçam esse afastamento: esse crime é cometido a mando de policiais ligados ao governo imperial e Dom Pedro é responsabilizado pela morte.
Sua última tentativa de recuperar prestígio político é frustrada pela má recepção que teve durante uma visita a Minas Gerais na virada de 1830 para 1831. A intenção era costurar um acordo com os políticos da província, mas é recebido com frieza. Alguns setores da elite mineira fazem questão de ligá-lo ao assassinato do jornalista. Revoltados, os portugueses instalados no Rio de Janeiro promovem uma manifestação pública em desagravo ao imperador. Isso desencadeia uma retaliação dos setores antilusitanos. Há tumultos e conflitos de rua na cidade. Dom Pedro fica irado e promete castigos. Mas não consegue sustentação política e é aconselhado por seus ministros a renunciar ao trono brasileiro. Ele abdica em 7 de abril de 1831 e retorna a Portugal
II-B-A INSTABILIDADE MARCOU O PRIMEIRO REINADO
A instabilidade política marcou o Primeiro Reinado, com sucessivas mudanças de gabinetes, que levaram à nomeação de onze Ministros de Negócios Estrangeiros até à abdicação do Imperador, em 1831.
O primeiro desafio diplomático do Brasil foi obter o reconhecimento internacional de sua Independência. Em maio de 1824 os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecê-la, acompanhados pelo México (março / 1825), Portugal (agosto / 1825), Grã-Bretanha (outubro / 1825), França (outubro / 1825) e Áustria (dezembro / 1825).
Logo após a Independência surgiram conflitos de fronteiras, levando o Brasil, em dezembro de 1825, a entrar em guerra com as Províncias Unidas do Rio da Prata (futura Argentina). A disputa pela Província Cisplatina terminou em agosto de 1828 com a mediação do governo britânico, que assegurou a independência dessa Província (que se transformaria na República do Uruguai).
O governo consolidou sua aproximação à Grã-Bretanha, principal parceira comercial na época. Em agosto de 1827 foi subscrito o Tratado de Amizade, Navegação e Comércio ( Brasil e Inglaterra)entre os dois países, prevendo privilégios aduaneiros para os produtos ingleses.
Embora a Constituição de 1824 determine que o regime vigente no país seja liberal, o governo é autoritário. Freqüentemente, Dom Pedro impõe sua vontade aos políticos. Esse impasse constante gera um crescente conflito com os liberais, que passam a vê-lo cada vez mais como um governante autoritário. Preocupa também o seu excessivo envolvimento com a política interna portuguesa. Os problemas de Dom Pedro I agravam-se a partir de 1825, com a entrada e a derrota do Brasil na Guerra da Cisplatina . A perda da província da Cisplatina e a independência do Uruguai, em 1828, além das dificuldades econômicas, levam boa parte da opinião pública a reagir contra as medidas personalistas do imperador.

II-C-Sucessão em Portugal

Além disso, após a morte de seu pai Dom João VI , em 1826, Dom Pedro envolve-se cada vez mais na questão sucessória em Portugal. Do ponto de vista português, ele continua herdeiro da Coroa. Para os brasileiros, o imperador não tem mais vínculos com a antiga colônia, porque, ao proclamar a Independência, havia renunciado à herança lusitana. Depois de muita discussão, formaliza essa renúncia e abre mão do trono de Portugal em favor de sua filha Maria da Glória.
Ainda assim, a questão passa a ser uma das grandes bandeiras da oposição liberal brasileira. Nos últimos anos da década de 1820, esta oposição cresce. O governante procura apoio nos setores portugueses instalados na burocracia civil-militar e no comércio das principais cidades do país. Incidentes políticos graves, como o assassinato do jornalista oposicionista Líbero Badaró em São Paulo, em 1830, reforçam esse afastamento: esse crime é cometido a mando de policiais ligados ao governo imperial e Dom Pedro é responsabilizado pela morte.
Sua última tentativa de recuperar prestígio político é frustrada pela má recepção que teve durante uma visita a Minas Gerais na virada de 1830 para 1831. A intenção era costurar um acordo com os políticos da província, mas é recebido com frieza. Alguns setores da elite mineira fazem questão de ligá-lo ao assassinato do jornalista. Revoltados, os portugueses instalados no Rio de Janeiro promovem uma manifestação pública em desagravo ao imperador. Isso desencadeia uma retaliação dos setores antilusitanos. Há tumultos e conflitos de rua na cidade. Dom Pedro fica irado e promete castigos. Mas não consegue sustentação política e é aconselhado por seus ministros a renunciar ao trono brasileiro. Ele abdica em 7 de abril de 1831 e retorna a Portugal.
Herdeiro da Coroa portuguesa como dom Pedro IV, volta a Portugal e trava luta com o irmão, dom Miguel, que havia usurpado o trono. A guerra civil dura dois anos. Dom Pedro vence, restaura o absolutismo e instala no trono a filha Maria II. Morre em 24 de setembro de 1834, no Palácio de Queluz, Lisboa, aos 35 anos. Em 1972, no sesquicentenário da independência, seus restos mortais são trazidos para a cripta do monumento do Ipiranga, em São Paulo.
A impopularidade de d.Pedro I

Constituição outorgada

Dom Pedro nomeia uma comissão especial, o Conselho de Estado, para redigir uma Constituição que garanta a centralização do poder em suas mãos. A primeira Constituição do país é outorgada em 25 de março de 1824 por dom Pedro. Estabelece um governo "monárquico, hereditário e constitucional representativo". Institui os poderes Executivo – representado pelo próprio imperador –, Legislativo e Judiciário e garante a dom Pedro privilégios de monarcas absolutistas, instituindo o Poder Moderador. O legislativo é formado pelo Senado, vitalício, e pela Câmara, que tem caráter temporário e pode ser dissolvida pelo imperador. A reunião das duas casas legislativas forma a Assembléia Geral – órgão máximo do legislativo. São abolidos o açoite, a marca de ferro quente e outros castigos usados contra os escravos, mas a escravidão é mantida. O catolicismo permanece como religião oficial.
A VIDA DESRREGRADA DO IMPERADOR
A marquesa de Santos, pertence a uma das mais importantes famílias de Piratininga, São Paulo. Aos 15 anos, casa-se com o alferes mineiro Felício Pinto Coelho de Mendonça, com quem tem três filhos. Conhece dom Pedro num encontro casual, em 1822, às vésperas da proclamação da Independência – um caso de paixão à primeira vista que dura oito anos. Dom Pedro convida o pai da moça a transferir-se com a família para o Rio de Janeiro. O caso entre os dois é público na corte. Em seus bilhetes, o imperador chamava a amante de filha, Titília, "meu amor e meu tudo".
Assinava-os como "demonião", "fogo", "foguinho" e, às vezes, apenas "Imperador". Domitila e José Bonifácio disputam a influência junto ao imperador. Ela ajuda a indispô-los durante a Assembléia Constituinte, o que resulta no exílio de José Bonifácio e seu irmão, Antônio Carlos. Depois, faz rápida carreira palaciana. É nomeada viscondessa de Castro, em 1825, e marquesa de Santos no ano seguinte, título que afronta os irmãos Andrada, ciosos do nome de sua cidade natal, Santos. Com a morte de dona Leopoldina, em 1826, dom Pedro frustra a amante ao casar-se com a princesa alemã Amélia Augusta. A marquesa encerra o romance com dom Pedro e volta para São Paulo.
Em 1842, casa-se com o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, presidente da Província de São Paulo. Em seus últimos anos de vida, torna-se protetora dos estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Morre aos 70 anos, em São Paulo, e deixa como legado a capela do Cemitério Municipal de São Paulo, atual Cemitério da Consolação

●A confederação do Equador

Os descontentamentos resultantes da Corta Outorgada em 1824, foram claramente manifestados em Pernambuco, onde reinava um clima revolucionário desde o movimento de 1817.
Favorecendo as intenções de recolonização, eliminando a representação popular, restringindo até a participação da aristocracia, a Carta de 1824, fez explodir as condições internas latentes em Pernambuco há muito tempo.
A revolução teve curta duração. Obtendo um empréstimo de um milhão de libra dos ingleses, D. Pedro contratou mercenários para reprimi-la, comandados por Cochrane e Taylor. As tropas brasileiras eram comandadas pelo brigadeiro Francisco de Lima. Cercados e divididos, os rebeldes foram derrotados. Pais de Andrade conseguiu fugir e Frei Caneca foi preso e condenado à morte.
A condenação a morte de Frei Caneca contribuiu, muito, para a impopularidade de D. PedroI.
FINALMENTE:
Sua última tentativa de recuperar prestígio político é frustrada pela má recepção que teve durante uma visita a Minas Gerais na virada de 1830 para 1831. A intenção era costurar um acordo com os políticos da província, mas é recebido com frieza. Alguns setores da elite mineira fazem questão de ligá-lo ao assassinato do jornalista. Revoltados, os portugueses instalados no Rio de Janeiro promovem uma manifestação pública em desagravo ao imperador. Isso desencadeia uma retaliação dos setores antilusitanos. Há tumultos e conflitos de rua na cidade. Dom Pedro fica irado e promete castigos. Mas não consegue sustentação política e é aconselhado por seus ministros a renunciar ao trono brasileiro. Ele abdica em 7 de abril de 1831 e retorna a Portugal.

III- Reconhecimento Externo da Independência

Era fundamental que o Brasil fosse aceito internacionalmente como nação independente. A necessidade não era somente política, mas econômica.
Os Estados Unidos foram o primeiro país a oficialmente considerar o Brasil independente.
Em 1825, Portugal assinou o acordo de reconhecimento, pelo qual receberia do Brasil, como indenização, dois milhões de libras. Nosso país não possuís essa quantia. Por outro lado, Portugal já tinha com os ingleses um dívida alta. A Inglaterra, então, emprestaria o dinheiro ao Brasil para pagar Portugal. Este, por sua vez, saldaria com essa importância pare da dívida com os ingleses.
O dinheiro, assim, nem sequer saiu dos cofres ingleses. Além disso, coube ao Brasil o pagamento dos juros e das despesas pelos serviços, o que ampliou a dívida que nos atrelaria à Inglaterra por todo o século XXI.

IV-As Transformações Políticas

Depois da abdicação de D. Pedro I, o poder político no Brasil ficou dividido em três grupos diferentes, que dominaram a vida pública brasileira até 1834, ano da morte de D. Pedro I.
●GRUPO DOS RESTAURADORES – Defendia volta de D. Pedro I ao governo do Brasil. Era composto alguns militares e grandes comerciantes portugueses. Uma das principais figuras desse grupo foi José Bonifácio, tutor do príncipe Pedro de Alcântara.
●GRUPO DOS MODERADOS – Defendia o regime monárquico, mas não estava disposto a aceitar um governo absolutista e autoritário. Era favorável a um poder no Rio de Janeiro e lutava para manter a unidade territorial do Brasil.
●GRUPO DOS LIBERAIS EXALTADOS – - Defendia um maior poder administrativo para as Províncias. Era favorável a uma descentralização do poder, que se concentrava a mudança do regime monárquico para um regime republicano.
Foi uma época de instabilidade política, com diversas revoluções provinciais, como a
●Farroupilha (Rio Grande do Sul),
● Balaiada (Maranhão),
● Cabanagem (Pará)
●Sabinada (Bahia), nas quais um dos motivos preponderantes era o desejo de maior autonomia provincial que, foi concedida pelo Ato Adicional (1834), que criou os legislativos provinciais, fazendo outras concessões federalistas.

V-Etapas do Período Regencial

São os seguintes os períodos regências, que se estenderam durante nove anos, de 1831 até 1840.

a)Guerra Cisplatina

A Banda oriental, disputada por brasileiros e castelhanos, é incorporada ao Império em 1821 como Província Cisplatina. Em 1825, líderes separatistas locais, comandados por Frutuoso Rivera, proclamam a independência da região. O Brasil declara guerra à Argentina, que também reivindica a posse da Província, em 10 de outubro de 1825. É derrotado na batalha de Passo do Rosário em 20/2/1827. A diplomacia britânica intervém e os dois países desistem da região. Um tratado de paz cria a República Independente do Uruguai, em 27 de agosto de 1828.

b)Mediação inglesa

A Inglaterra lucra com a independência brasileira. O Brasil faz um empréstimo junto à Inglaterra para pagar a indenização por sua independência para Portugal. Como a dívida portuguesa com os ingleses é bem maior que o valor da indenização, o dinheiro nem chega a sair dos cofres britânicos, que ainda recebem os juros e o pagamento do empréstimo brasileiro. Por seu papel de mediadora, consegue renovar os tratados comerciais de 1810 e compromete o Brasil com a convenção internacional sobre o fim do tráfico de escravos.

c)Economia no Primeiro Reinado

A economia brasileira não se altera com sua independência política: mantém-se agrário-exportadora e baseada no trabalho escravo. Livre do colonialismo português, o país passa inteiramente para a esfera econômica da Inglaterra. Os ingleses tornam-se os únicos compradores dos produtos primários brasileiros e os principais fornecedores de bens manufaturados.

d)Café

A partir do século XIX, o café começa a ser plantado na região Sudeste do país e desenvolve-se rapidamente no Rio de Janeiro, sudeste de Minas e em São Paulo. Entre 1820 e 1830, já é responsável por 43,8% das exportações brasileiras, o equivalente a uma venda anual de cerca de 3 milhões de sacas de 60 kg. O vale do rio Paraíba, em São Paulo e Rio de Janeiro, torna-se o principal centro da produção cafeeira: formam-se as grandes fazendas trabalhadas por escravos e as imensas fortunas dos "barões do café", um dos pilares de sustentação do Império até 1889.

e)Crise econômica

Apesar do desenvolvimento da economia cafeeira, o país é abalado por uma forte crise econômica, que já se anunciara antes mesmo da independência. A partir de 1820, começam a cair preços do algodão, do cacau e do açúcar no mercado internacional e os ingressos com o café não são suficientes para superar os déficits da balança comercial. O tabaco perde seu principal mercado, a África, em conseqüência das pressões inglesas para o fim do tráfico de escravos. Para contornar o problema, o governo desvaloriza a taxa cambial e faz empréstimos no exterior, principalmente na Inglaterra. Em 1828, o Banco do Brasil abre falência e, no ano seguinte, é liquidado oficialmente. A crise econômica prolonga-se até 1840.

f)Rombos do orçamento

Os rombos no orçamento são constantes durante todo o reinado de dom Pedro I. As revoltas e sublevações das Províncias e a oposição ao centralismo imperial levam os governos locais a não enviar os impostos arrecadados ao Rio de Janeiro. O imposto territorial, que poderia ser uma grande fonte de recursos, normalmente não é cobrado para não contrariar os grandes proprietários. Para agravar o quadro, o governo tem gastos elevados com as guerras da independência e repressão às rebeliões internas.

g)Sociedade no Primeiro Reinado

A diversificação econômica na fase final da colônia e início do Império produz uma maior estratificação social. A estrutura social permanece patriarcal, dominada pelos grandes fazendeiros do centro-sul e senhores de engenho no Nordeste, sem mecanismos de mobilidade e ascensão social. A elite agrária controla a economia e a política. O clientelismo e a prática do apadrinhamento começam na unidade rural e se estendem aos núcleos urbanos, criando uma rede de fidelidade e dependência entre diferentes extratos da população com as elites.

V-Cultura no Primeiro Reinado

A Academia Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, antiga Academia Imperial, inaugurada em 5 de novembro de 1826, introduz nas artes plásticas do país a tendência de reprodução dos padrões neoclássicos europeus. O compositor paulista Carlos Gomes, influenciado pelos italianos, faz sucesso com as óperas O Guarani, O escravo e Moema. No teatro, surge Martins Pena, considerado o primeiro teatrólogo original do Brasil. Suas peças marcam o início de um teatro de autor baseado em temáticas brasileiras. Entre as mais conhecidas, destacam-se: O juiz de paz na roça, O caixeiro viajante, Quem casa quer casa, Os meirinhos e As desgraças de uma criança.

VI-Crise do Primeiro Reinado

A crise da economia agrário-exportadora que explode durante o primeiro Império, a violenta repressão à Confederação do Equador, em 1824, e a perda da Província Cisplatina diminuem o prestígio do imperador. Na Câmara dos Deputados surge uma oposição aberta a dom Pedro, representada pelos liberais moderados. Eles defendem um Legislativo mais forte em detrimento do poder do imperador, mas querem manter a centralização político-administrativa do Império. Os liberais federalistas, também conhecidos como democratas, reúnem muitos profissionais liberais e comerciantes. Reivindicam uma participação política mais ampla e um equilíbrio de poderes entre o governo central e as Províncias. Alguns defendem idéias republicanas.

VII- Política na imprensa

A ebulição política anima a criação de vários jornais de oposição. Apesar da cerrada censura do governo imperial, pela primeira vez no país o debate político chega à imprensa, com posições de diferentes matizes. Vários jornais começam a circular no Rio de Janeiro e em outras Províncias. O Aurora Fluminense, dirigido por Evaristo da Veiga, combate dom Pedro e os partidários do federalismo. Estes, por sua vez, editam O Republicano e A Nova Luz Brasileira. Dom Pedro é apoiado pelo jornal A Gazeta do Brasil, dirigido por José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu. Em Pernambuco, o veterano jornalista Cipriano Barata edita o jornal Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco. Em São Paulo, Libero Badaró dirige O Observador Constitucional, com críticas radicais ao imperador. O jornal circula até 1830, quando Libero Badaró é assassinado, no dia 20 de novembro.

●João Batista Libero Badaró (1798-1830)

Jornalista, político e médico, é considerado um mártir da liberdade de imprensa. Nasce em Laigneglia, Itália, e estuda nas universidades de Turim e Pávia. Radicado no Brasil, destaca-se pela defesa e propaganda dos princípios liberais na imprensa paulista durante o reinado de dom Pedro I. Em 1829, funda o jornal O Observador Constitucional, onde faz críticas ao autoritarismo de dom Pedro I. Na noite de 20 de novembro de 1830, os estudantes do Curso Jurídico de São Paulo promovem uma passeata para comemorar a revolução liberal que, na França, depusera o rei Carlos X. Durante a manifestação, Libero Badaró é assassinado por desconhecidos. Pouco antes de morrer, teria dito: "Morre um liberal, mas não morre a liberdade". Sua morte acelera a crise política do primeiro reinado: mais de 5 mil pessoas comparecem ao enterro e multiplicam-se as manifestações pela renúncia do imperador.

●Cipriano José Barata de Almeida (1764-1838)

É um dos mais combativos jornalistas brasileiros do período imperial. Nasce em Salvador, Bahia, e forma-se em filosofia e cirurgia pela Universidade de Coimbra. Liberal-democrata radical, participa da Conjuração Baiana, em 1798, e da Revolução Pernambucana de 1817. Em 1821, deputado pela Bahia nas Cortes Constitucionais, em Lisboa, assume posições separatistas. Volta ao Brasil em 1822 e estréia na imprensa na Gazeta de Pernambuco. Em 1823, cria o jornal Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco, onde denuncia as tendências absolutistas de dom Pedro I. Eleito para a Assembléia Constituinte, prefere ficar em seu "posto de combate": a redação do Sentinela, em Pernambuco. Preso nas turbulências que precedem a dissolução da Constituinte, em novembro, inaugura nova série de seu jornal, agora clandestino: A Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco Atacada e Presa na Fortaleza do Brum por Ordem da Força Armada e Reunida. Sua ousadia é punida com sucessivas transferências de prisão. Em quase todas consegue reeditar o jornal, apenas adaptando o título. Sai da prisão em 1830. Com 64 anos e a saúde abalada, volta para a Bahia e publica A sentinela da Liberdade, Hoje na Guarita do Quartel-general de Pirajá. Defende o federalismo e idéias republicanas. Volta a ser preso várias vezes e continua na ativa até sua morte.

VIII-Abdicação de Dom Pedro I

Em 1831 os confrontos entre as diferentes facções políticas de oposição ao imperador se intensificam. Os partidários de dom Pedro ganham a adesão dos portugueses residentes no Brasil e estouram distúrbios em várias Províncias. O mais sério ocorre no Rio de Janeiro e fica conhecido como a Noite das Garrafadas. Em 12 de março de 1831 portugueses e brasileiros atracam-se nas ruas durante um ato de desagravo a dom Pedro, com muitos feridos para os dois lados. Protestos e novos conflitos se reproduzem nas semanas seguintes.

Renúncia de dom Pedro

Pressionado e sem apoio, dom Pedro abdica do trono em 7 de abril de 1831 em favor de seu filho Pedro. Seu ato tem apoio na Constituição: em caso de vacância, o trono deve ser ocupado pelo parente mais próximo do soberano. Como o príncipe Pedro tem apenas 5 anos, é formada uma regência tríplice provisória para administrar o país
AS REGÊNCIAS DO IMPÉRIO
A)●O Período Regencial (1831-40) foi o mais conturbado do Império. Durante as Regências Trinas, Provisória e N a disputa pelo poder , caracterizou um “Avanço Liberal”. O Partido Português tornou-se o grupo restaurador “Caramuru” defendendo a volta de Pedro I; o Partido Brasileiro dividiu-se nos grupos Exaltado (“Farroupilha”) e Moderado (“Chimango”), respectivamente a favor e contra uma maior

Regência Trina Provisória – Devido à minoridade do herdeiro do trono para governar o Brasil foram eleitos, provisoriamente, Francisco de Lima e Silva, José Joaquim Carneiro de Campos e Nicolau Campos Vergueiro. Essa regência durou de abril a julho de 1831.
Regência Trina Permanente – Governou mais de 4 anos. Membros: Francisco de Lima e Silva, João Braúlio Muniz e José Costa Carvalho. Foi a regência do período mais violento. O Padre Diogo Feijó se projetou como defensor da ordem pública através da criação da Guarda Nacional. José Bonifácio, tutor de D. Pedro II, foi substituído pelo Marquês de Itanhaém. O Ato Adicional de 1834 alterou a Constituição de 1824, pois transformou os Conselhos Gerais das Províncias em Assembléias Provinciais, crio o Distrito Federal, aboliu o Conselho de Estado e transformou a Regência Trina em Una.
Regência Una de Feijó (1835-1837) – Era regente Diogo Antônio Feijó, padre. Foi prejudicada pela forte disposição parlamentar.
Regência Una de Araújo de Lima (1837-1840) – Feijó renunciou em favor de Araújo de Lima. Essa regência terminou devido à antecipação da maioridade de Dom Pedro que, com 14 anos de idade, foi coroado imperador do Brasil e passou a usar o título de D. Pedro II.
B)●A Regência Trina Permanente criou, em 1831, a Guarda Nacional, através do Ministro da Justiça Padre Diogo Feijó. A nova arma servia à repressão interna e deu origem aos “coronéis” das elites agrárias. A Constituição foi reformada através do Ato Adicional de 1834. Foram criadas as Assembléias Legislativas Provinciais, abolido o Conselho de Estado e substituída a Regência Trina pela Una.
Estas parcas vitórias liberais produziram, então, o Regresso Conservador. Os regentes Feijó, do Partido Progressista, e Araújo Lima, do Regressista, enfrentaram a radicalização das Rebeliões Regenciais: Cabanagem (PA), Sabinada (BA), Balaiada (MA) e a Guerra dos Farrapos (RS/SC) foram as principais. Todas de caráter federativo, embora tão distintas. E a principal conseqüência foi o Golpe da Maioridade, em 1840.
DE 1840 A 1889
B) O IMPÉRIO DO CAFÉ
O café foi introduzido no Brasil em princípios do século XVIII. Sua rápida ascensão o pôs na ponta da economia entre as décadas de trinta dos séculos XIX e XX. A independência e a re-volta dos escravos no Haiti, principal produtor, abriu espaço para o Brasil no mercado mundial.
O café pôde aproveitar a infra-estrutura econômica já instalada no Sudeste, os solos adequados da região (sobretudo a terra roxa) e não precisou de mão-de-obra qualificada na instalação das primeiras lavouras. Assim, o investimento inicial de capital foi relativamente baixo.
As consequências imediatas mostraram-se na modernização das relações de produção. O café foi gradativamente substituindo os escravos pelos assalariados, sobretudo imigrantes europeus. Para tanto, contribuíram as pressões inglesas pelo fim do tráfico negreiro.
Em 1844, foi aprovada a Lei Alves Branco, que extinguiu taxas alfandegárias favoráveis aos ingleses, vigentes desde 1810. Invocando os mesmos tratados daquele ano, foi promulgado o Bill Aberdeen, em 1845. Esta lei, juntamente com a Lei Eusébio de Queirós de 1850, extinguiram o tráfico e levantaram a questão abolicionista.
Eram os primeiros passos capitalistas de um país, ainda in-capaz de aceitar a industrialização sonhada pelo Barão de Mauá.
SEGUNDO REINADO -A GLÓRIA DE PEDRO II
A)D. Pedro II -Em 1847, o jovem imperador prematuramente entronado em 1840, completou vinte anos. Foi instaurado o sistema parlamentarista de governo e o café ganhou os mercados do mundo. A última guerra civil do Império sangrou Pernambuco na Revolução Praieira de 1848. A monarquia mostrava-se mais uma vez surda às reivindicações “radicais” dos liberais.
A estabilidade política revelou a contradição entre as aparências democráticas e a essência autoritária do regime. As eleições eram censitárias e fraudulentas, apelidadas de “Eleições do Cacete”. Os Partidos Liberal e Conservador eram elitistas, sem diferenças ideológicas significativas. E o parlamentarismo às avessas permitia ao Poder Moderador do rei manipular tanto o 1º Ministro como o Parlamento.
Entre 1851 e 1870, o Império enfrentou as Guerras Externas no Prata. Foram conflitos sangrentos causados pelo caudilhismo expansionista, pelo controle da navegação nos rios da Bacia Platina e influenciados pelos interesses ingleses na região.
Guerra do Paraguai -Principalmente a Guerra contra Solano Lopes (Paraguai) trouxe drásticos aumentos na dívida externa e influências políticas sobre os militares, atuantes de ora em diante no movimento republicano.
B) . O MOVIMENTO REPUBLICANO E O 13 DE MAIO
Os partidos e grupos agrários revezavam-se no poder numa gangorra viciada e alheia aos reclamos da sociedade em mutação. O trabalho assalariado imigrante e a semi-servidão sufocavam a escravidão. E Pedro II observava estrelas.
Em 1870, através do jornal A República, o Manifesto Republicano de Quintino Bocaiúva lançou a proposta do Partido Republicano à sociedade. Mas só três anos depois, com a fundação do Partido Republicano Paulista na Convenção de Itu, surgiu o grupo dos “Republicanos Históricos”
Os “Republicanos Idealistas” organizaram-se em torno do Exército, que fundou o Clube Militar. Dessa forma, os cafeicultores e as emergentes classes médias urbanas encontravam seus interlocutores. A Campanha Abolicionista tomou espaço com a Lei do Ventre-Livre de 1871, mesmo ano da Questão Religiosa, entre o governo e a cúpula católica.
A Lei Saraiva-Cotegipe libertou os sexagenários em meio à Questão Militar. A 13 de Maio de 1888 a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, extinguindo a escravidão no Brasil. Foi a gota d’água. A monarquia desabou no dia 15 de novembro de 1889. O Marechal Deodoro da Fonseca expulsou a família Bragança do Brasil e instaurou a República.
C)A Política Externa e as Campanhas Militares
Consolidaram-se, também, os dois partidos políticos, Liberal e Conservador, ambos representantes dos proprietários rurais. Nossa política externa passou a ter prioridade, orientando-se no sentido de evitar o fortalecimento da Argentina, Uruguai e Paraguai, mantendo-se o equilíbrio sul-americano.
 C.1-As Campanhas Platinas M(3)
A região platina é formada pela Argentina, Paraguai e Uruguai. O rios que banham estes territórios constituía o melhor caminho para atingir certas regiões de nosso interior, especialmente o Mato Grosso. Preocupado com a livre navegação no Rio da Prata, D. Pedro II enviou para a região um contingente  militar, sob o comando de Caxias, vencendo a forças uruguaias.
Batalha do Riachuelo- Vitor Meireles - Museu Histórico Ncional-RJ
 C.2-A Guerra do Paraguai
Se estendeu de 1865 a 1870. Nessa época, sob o governo de Francisco Solano López, o Paraguai era um país praticamente auto-suficiente – produzia tudo aquilo que precisava – mas não tinha saída para o mar; para chegar ao mar passava pelo rio da Prata, nas fronteiras com o Brasil, a Argentina e o Uruguai, e tinha, por isso mesmo, interesse em aumentar seu território.
O Brasil tinha interesse em controlar a navegação por esses rios, que era o caminho mais fácil para o Mato Grosso. A Argentina pretendia que o Paraguai voltasse a fazer parte do seu território. A Inglaterra via na Guerra uma oportunidade de abrir o mercado paraguaio aos seus produtos. Juntando-se aos interesses, a Inglaterra emprestou dinheiro, a juros altos, e o Brasil, a Argentina e Uruguai entraram com soldados.
No fim de 5 anos de combates, a Inglaterra só ganhou – com o retorno do dinheiro emprestado e dos juros e com a abertura do mercado paraguaio ao seus produtos; o Brasil e a Argentina ganharam – terras paraguaias – e perderam – milhares de mortos e a destruição de suas economias; o Paraguai só perdeu – com a sua destruição, forma mortos três em cada quatro paraguaios, sua população passou de 800 000 para 194 000 pessoa.
Terminada a Guerra, o Império brasileiro estava com sua economia fortemente abalada e o exército passou a assumir posições contrárias à sociedade escravista.
D)-A Economia do Café
O café foi introduzido no Brasil no ano de 1717, porém a sua produção só veio adquirir importância no início do século XIX tendo como causa principal a decadência da produção do ouro, para onde estavam voltadas as atenções da economia da colônia. O café foi o fator de recuperação econômico-financeira do país: ele reintegrou a economia brasileira, essencialmente agrícola, nos setores em expansão do mercado mundial.
Além dos mercados europeus, o café brasileiro começa a invadir o mercado norte-americano, tornado, ainda neste século, o principal consumidor do Brasil. Por volta de 1870, o café representa 56% da pauta de exportações, atingindo 61% na década de 1880.
A organização das fazendas de café no vale da Paraíba e em Minas Gerais defrontou-se com a falta de mão-de-obra. A ampliação dos cafezais aumentou a necessidade de trabalhadores de tal forma, que foi preciso comprar escravos do exterior, embora os ingleses, de quem dependíamos economicamente, fizessem pressões para eliminar o tráfico negreiro.
Diante de tantas promessas não cumpridas em relação a extinção do tráfico, os ingleses decretaram o Bill Aberdeen, decreto através do qual a Inglaterra tinha o direito de aprisionar qualquer navio negreiro e julgar os traficantes. Esse decreto, além de não diminuí o comércio escravo, aumentou sensivelmente seu preço.
Finalmente, em 1850, cedeu-se às pressões inglesas e promulgou-se a Lei Eusébio de Queiroz, extinguindo-se definitivamente o tráfico. A solução para falta de mão-de-obra na lavoura cafeeira apoiou-se no incentivo à imigração.
As divisas provenientes do café, principal produto da economia, possibilitaram o pagamento dos financiamentos das obras do governo e posteriormente no setor industrial. A partir de 1850, alcança o Império, o equilíbrio orçamentário e a estabilidade cambial. Acumula-se capitais, efetuando-se obras administrativas de grande porte.
Em pouco tempo as dívidas forçavam o imigrante a sujeitar-se a um regime de semi-escravidão. Em 1857, os colonos de Ibicaba se revoltaram levando as autoridades germânicas a proibir a imigração para o Brasil. Fracassando o sistema de parceria, os fazendeiros passaram a pagar ou um preço fixo por alqueire trabalhado, ou uma remuneração fixa mensal: introduzia-se no país o trabalho assalariado.
Com a implantação da economia cafeeira em bases capitalistas, surge uma nova classe dominante: a burguesia cafeeira. O proprietários ligados ao café comandavam todos os setores da economia, coisa que não acontecia no engenhos de açúcar, onde os proprietários apenas cuidava da produção, ficando a comercialização e o setor financeiro a cargo de outros setores.
 E)O que D. Pedro II fez de bom para o Brasil?
ØD. Pedro II, além de carismático estadista, revelou-se um mecenas da produção artística e literária no Brasil. O bolsinho do imperador patrocinou diversos literatos, artistas e profissionais de vários ramos da ciência, no intuito de favorecer uma fundamentação e autonomia cultural necessária à elite local, ansiosa em definir sua própria identidade. Para o jovem monarca, a unificação territorial do império podia ser insuflada pela unicidade cultural, já que a carência de uma identidade verdadeiramente nacional poderia resultar, a médio ou longo prazo, em agente de divisão interna ou de enfraquecimento das instituições do governo; o que repercutiu na necessidade de se adotar uma produção artística de temática autóctone, que realçasse as potencialidades naturais do país, o índio como habitante genuíno e elemento da brasilidade, e os temas históricos nacionais.
ØD. Pedro II tomou conhecimento da invenção de Graham Bell em 1876, em uma exposição na Filadélfia, em que se comemorava o centenário da independência dos Estados Unidos. Interessado no trabalho do físico escocês (sim, Graham Bell era físico e era escocês!), D. Pedro quis experimentá-lo. Ao segurar o telefone, pôde escutar Bell declamando Shakespeare e ficou espantado. Daí surgiu a famosa frase: “Meu Deus, isto fala!”, proferida pelo imperador do Brasil na ocasião.
O primeiro telefone chegou ao Brasil em 1877, um ano após a Exposição do Centenário dos Estados Unidos. Segundo o Museu do Telefone da Telesp, há dúvidas sobre onde foi instalado o primeiro aparelho: uma versão afirma que foi na casa comercial “O Grande Mágico”, na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro, ligando a loja ao quartel do Corpo de Bombeiros; outra versão diz que o primeiro aparelho foi um presente que D. Pedro II teria recebido de Graham Bell, com uma linha do Palácio de São Cristóvão até o centro da cidade.
ØA fotografia chegou no Brasil no dia 16 de janeiro de 1840, pelas mãos do abade LOUIS COMPTE, capelão de um navio-escola francês que aportou de passagem pelo Rio de Janeiro. Ele foi o autor das três primeiras fotos tomadas em solo brasileiro: do Paço Imperial, do chafariz de mestre Valentim e da praia do Peixe, no Rio de Janeiro e foi responsável por apresentar o grande invento ao imperador D. Pedro II.
Não foi difícil iluminar os olhos do jovem imperador que em um piscar tornou-se o primeiro fotógrafo brasileiro com apenas 15 anos de idade. Para isto encomendou o seu próprio daguerreótipo em Paris, comprando-o por 250 mil réis.
ØApós 15 de novembro o Imperador foi banido com a família real, pelo regime republicano. A biblioteca, como outros bens aqui deixados, foi confiscada pelo governo republicano. Após tensas negociações o monarca, antes que todo seu acervo fosse desfeito ou perdido, decidiu doar o acervo constituído por livros, publicações periódicas, mapas, partituras, desenhos, estampas, fotografias e outros documentos, à Biblioteca Nacional, ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e ao Museu Nacional.
A única exigência de D. Pedro II foi que as partes doadas às duas primeiras instituições mantivessem as suas respectivas unidades sob o nome da Imperatriz, "Coleção D. Thereza Christina Maria" e que a terceira parte, doada ao Museu Nacional, recebesse o nome de sua mãe, "Coleção Imperatriz D. Leopoldina". Coube à Biblioteca Nacional a maior parte desse acervo particular de D. Pedro II, inclusive quase trinta mil fotografias, constituindo-se assim na maior doação de toda a sua história. Estava incluída nele a parte mais considerável de suas fotografias.
ØO estudo pelo antigo Egito foi objeto de fascínio dos dois imperadores brasileiros. Motivado pelo interesse pessoal e pelos objetos deixados pelo pai, que até adquiriu uma múmia rara da região de Tebas, D. Pedro II, um poliglota e estudioso, foi o primeiro governante brasileiro a viajar ao Egito na época de 1870.
Em seu acervo constavam três múmias femininas e uma delas, a sacerdotisa Sha-Amon-em-su, ( a cantora sagrada de Amon) é uma das oito do mundo que encontra-se com os braços enrolados separados do corpo e seu sarcófago ainda está lacrado. Graças a um exame de tomografia foi constatado que a múmia possui todos os amuletos de ouro, incluindo o escaravelho azul. 
A imperatriz Teresa Cristina trouxe como dote mais de 700 itens distribuídos entre vasos de cerâmica, lamparinas e estatuetas de terracota, objetos de bronze, esculturas em pedra, frascos de vidro e outros, a coleção Grego-romana. 
ØApreciador da literatura e das artes, incentivou a criação das Escolas Normais, dos Liceus de Artes e Ofícios, dos Conservatórios Dramático Brasileiro e Imperial de Música. Criou e coordenou o Instituto Histórico Brasileiro e apoiou os estudos de Artes Plásticas com doações de bolsas e prêmios, financiados pelo próprio soberano, de viagem à Europa para os alunos da Academia Imperial de Belas Artes
ØO ECOLOGISTA- Em 1862, ordenou o replantio de toda a vegetação nativa onde hoje é a Floresta da Tijuca no Rio de Janeiro a maior floresta urbana do mundo. Totalmente devastada em função do plantio de café, comprometeu as nascentes dos rios e alterou o equilíbrio climático da época.
 Ø O ASTRÔNOMO - Em seu diário escreveria D. Pedro II: “Se não fosse imperador do Brasil quisera ser professor". O imperador  mantinha contato estreito com muitos nomes ilustres da época, como Camille Flamarion e Victor Hugo, com os quais dividia a paixão pela Astronomia. Fundou bibliotecas, museus, observatórios astronômicos e meteorológicos em várias partes do país, algumas vezes mantendo-os com recursos pessoais.  

E)O Declínio do Segundo Reinado
●A crise do Império foi resultado das transformações processadas na economia e na sociedade, a partir do século XIX., somando-se conduziram importantes setores da sociedade a uma conclusão: a Monarquia precisava ser superada para dar lugar a um outro regime político mais adaptado aos problemas da época.
A crise do Império foi marcada por uma série de questões que desembocaram na Proclamação da República.
CAUSAS:
●Abolição sem pagamento aos fazendeiros: Existia um descontentamento com o Império, por causa da Abolição. A Princesa Isabel havia assinado a Lei Áurea sem conceder indenização aos senhores de escravos, e eles sentiam-se "roubados" por perderem as suas "propriedades" (para eles, os escravos não eram gente, eram coisas!!!).
É por isso que o Partido Republicano cresceu tanto - um dia depois da Abolição. Todos os escravistas viraram republicanos... a esperança era conseguirem na República a indenização que o Império negou.
Só que depois do Golpe Militar, depois de tomarem o poder, o ministro das finanças da República, Rui Barbosa, QUEIMOU todos os registros de compra e venda de escravos, para não pagar nada aos fazendeiros. Com isso, os libertos ficaram sem saber de onde vieram seus antepassados... hoje em dia, poucos negros sabem quem foram seus bisavós, trisavós... só sabem que vieram da África e mais nada... espertinho esse Rui Barbosa, não é?
Outras causas:
QUESTÃO MILITAR: os militares voltaram da Guerra do Paraguai achando que o Brasil lhes devia alguma obrigação e que eles podiam interferir em questões do governo. Passaram a fazer muitas exigências e estavam sempre descontentes. Começaram a se deixar influenciar pela doutrina positivista. Até que um pequeno grupo de militares insubordinados resolveu derrubar o governo, e foram induzidos pelos republicanos a derrubar não apenas o governo, mas a própria Monarquia!
QUESTÃO RELIGIOSA-: muito difícil ter influenciado alguma coisa... mas é bastante citada. Foi o seguinte: As leis do Papa não valiam nada no Brasil se o Imperador não aprovasse. O Papa mandou a ordem de expulsar os maçons das Igrejas e o Imperador disse que isso não valia no Brasil. Alguns bispos se revoltaram e foram presos. Mas a Princesa Isabel interferiu e ajudou os bispos, então isso não pode ser considerado causa da queda da Monarquia.
● Interesses americanos: os Estados Unidos queriam implantar uma Área de Livre Comércio em toda a América, e o Império do Brasil era contra, porque seria uma nova forma de colonização... o Brasil ficaria dependente dos Estados Unidos. Então, os americanos apoiaram o golpe militar que derrubou o Império... e o governo republicano aceitou as imposições econômicas americanas. "Somos da América e queremos ser Americanos" diziam os republicanos... viramos macaquitos.
●QUESTÃO ABOLICIONISTA:
Os senhores de escravos não se conformaram com a abolição da escravidão e com o fato de não terem sidos indenizados. Sentindo-se abandonados pela Monarquia passaram a apoiar a causa republicana, surgindo os chamados Republicanos de 13 de Maio (chamada assim por causa da data em que a Lei Áurea foi assinada). As principais leis que contribuíram para o fim da escravidão no Brasil foram: 1850, Lei Eusébio de Queiroz (extinguia o tráfico negreiro); 1871, Lei do Ventre Livre (os filhos de escravos seriam considerados livres, devendo aos proprietários criá-los até os oito anos); 1885, Lei dos Sexagenários (quando o escravo completasse 65 anos eles estariam libertos); e 13 de Maio de 1888, Lei Áurea (abolição total da escravidão, assinada pela princesa Isabel, que substituía provisoriamente o Imperador).
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
O Governo Imperial, percebendo, embora tardiamente, a difícil situação em que se encontrava com o isolamento da Monarquia, apresentou à Câmara dos Deputados um programa de reformas políticas, do qual constavam: liberdade de fé religiosa; liberdade de ensino e seu aperfeiçoamento; autonomia das Províncias; mandato temporário dos senadores.
Entretanto, as reformas chegaram tarde demais. No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu o comando das tropas revoltadas, ocupando o Quartel General do Rio de Janeiro. Na noite de do dia 15, constituiu-se o Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil. D. Pedro II, que estava em Petrópolis durante esses acontecimentos, recebeu, no dia seguinte, um respeitoso documento do novo Governo, solicitando que ele se retirasse do País, juntamente com sua família.
Proclamada a República, no mesmo dia 15 de novembro de 1889, forma-se um governo provisório, sendo o chefe do governo Marechal Deodoro da Fonseca.

M(1) A CONSTITUIÇÃO DA MANDIOCA -Após a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, foi convocada uma Assembléia Constituinte, a partir do dia 3 de maio de 1823, a fim de elaborar a primeira constituição da nova nação independente. Com um total de 90 membros eleitos por 14 províncias, destacavam-se na Constituinte proprietários rurais, bacharéis em leis, além de militares, médicos e funcionários públicos. Para elaborar um anteprojeto constitucional, foi designada uma comissão composta por seis deputados sob liderança de Antônio Carlos de Andrada, irmão de José Bonifácio de Andrada e Silva....O anteprojeto continha 272 artigos influenciados pela ilustração, no tocante à soberania nacional e ao liberalismo econômico.  O Projeto de Constituição elaborado pela Assembléia Constituinte em 1823 possuía três características:  
èAnticolonialismo: firme oposição aos portugueses (comerciantes e militares) que ainda ameaçavam a independência brasileira e de­sejavam a recolonizarão do país.  
èAntiabsolutismo: preocupação de limitar e re­duzir os poderes do imperador e valorizar e ampliar os poderes do Legislativo.
èClassismo: intenção de reservar o poder Político praticamente para a classe dos grandes proprietários rurais. A maioria do povo não era considerado cidadão e não tinha o direito de votar nem de ser votado. O projeto estabelecia que o eleitor precisava ter renda mínima por ano equivalente a 150 alqueires de farinha de mandioca.
èPor isso, o projeto ficou conhecido, popularmente, como Constituição da Mandioca.
M(2) A Noite das Garrafadas foi um episódio da história do Brasil Império.
 No dia 20 de novembro de 1830, o jornalista Líbero Badaró, que denunciava o autoritarismo do imperador D. Pedro I, é assassinado - e supõe-se que foi a mando do próprio governante.Em fevereiro de 1831, D. Pedro I viaja para Minas Gerais, sendo hostilizado pelo povo mineiro. No dia 11 de março ele retorna ao Rio de Janeiro, onde volta a encontrar oposição aberta nas ruas da cidade. O conflito culminou na noite do dia 13, quando os portugueses organizavam uma grande festa para recepcionar o governante, mas os brasileiros revoltosos atacaram com pedras e garrafas. Foi, na verdade, uma disputa entre os aliados do partido português - favoráveis ao imperador - e os liberais do partido brasileiro - opositores ao mesmo. Esse episódio teve importância primordial na crise política que resultaria na abdicação de D. Pedro I em 7 de abril.Os brasileiros deram Garrafadas para todos os  lados.. rsrsr


M(3)A Guerra do Prata, também conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas,[3] foi um episódio numa longa disputa entre Argentina e Brasil pela influência no Uruguai e hegemonia na região do Rio da Prata. A guerra foi travada no Uruguai, Rio da Prata e nordeste argentino de agosto de 1851 a fevereiro de 1852, entre as forças da Confederação Argentina e as forças da aliança formada pelo Império do Brasil, Uruguai e províncias rebeldes argentinas de Entre Rios e Corrientes.
A ascensão de Juan Manuel de Rosas como ditador argentino e a guerra civil no Uruguai após sua independência do Brasil geraram instabilidade na região do Prata, devido ao desejo argentino de ter Uruguai e Paraguai em sua esfera de influência, e posteriormente recriar o antigo Vice-reinado do Prata. Estes objetivos eram contrários à soberania brasileira, uma vez que o antigo vice-reinado era formado por terras pertencentes à província do Rio Grande do Sul, e aos interesses brasileiros de influência na região, que já haviam gerado a Guerra da Cisplatina e instigariam ainda outras duas guerras.
A Guerra do Prata terminou com a vitória aliada na Batalha de Monte Caseros em 1852, estabelecendo a hegemonia brasileira na região do Prata e gerando estabilidade política e econômica ao Império do Brasil. Porém, a instabilidade nos outros países da região permaneceria, com as disputas internas entre partidos no Uruguai e uma guerra civil na Argentina pós-Rosas. Este conflito faz parte das chamadas Questões Platinas na História das Relações Internacionais do Brasil e como parte integrante da Guerra Grande nos países hispanófonos

Imagens de pinturas retratando a Guerra do Paraguai

Escravos que foram lutar na Guerra do Paraguai

Solano Lopez


Cisplatina

A falta de recursos da guerra



Batalha do Avai _Américo








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