Questões de Vestibular Comentadas (3001-3002-3003-3004-3005-3007-3008)
Cogumelo formado pela bomba atômica |
O QUE FOI A
GUERRA FRIA?
A Guerra Fria foi
um evento mundial que aconteceu no período pós-guerra e perdurou até o início
dos anos 90. Nela, não havia batalhas entre as forças bélicas, nem ataques
diretos; entretanto, o que aconteciam eram as famosas corridas, buscas pela
hegemonia mundial e se deu entre os Estados Unidos e União Soviética,
respectivamente, capitalismo e socialismo.
Os
dois regimes econômicos pelejavam, por um lado, o capitalismo com os Estados
Unidos e por outro, a União Soviética e os demais países comunistas. O sistema
econômico representado pelo país do Tio Sam visava o lucro. As propriedades
privadas são detentoras dos meios de produção e distribuição e trabalham com a
lei da oferta e procura. De acordo com os americanos, o capitalismo simbolizava
a liberdade, uma vez que cada indivíduo poderia ser dono do próprio negócio,
pagar seus funcionários e investir onde bem entendesse.
No
período posterior à Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), mais países adotaram
o socialismo ao invés de continuar com o capitalismo, que foram: a formada
União Soviética, a China, a Coreia do Norte, Cuba, Polônia, Iugoslávia e o
Vietnã. Os Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, os países da América do Sul e
da Europa Ocidental continuaram com o capitalismo.
Foi
no ano de 1947, que começou a disputa da hegemonia do mundo e o duelo entre as
duas grandes economias, o capitalismo e o socialismo. Ambos apresentavam
mudanças para a sociedade: de um lado, os Estados Unidos enfatizavam a respeito da liberdade e
democracia do capitalismo e, por outro ponto de vista, a União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS) mostrava o socialismo como solução dos problemas
da sociedade, tais como: o desemprego, a desigualdade social e afins.
A
União Soviética também dominava a Europa; porém, ocupava a parte do leste – o
continente era dividido em oriental e ocidental – e uma enorme faixa, na parte
norte, do território asiático. Nada comparado ao domínio norte americano, uma
vez que os locais ocupados pelo exército vermelho (URSS) eram de regiões
agrícolas, ou seja, não contavam com muitos recursos.Outro
ponto contra a URSS foi a questão de que o país recebeu algumas batalhas da
Segunda Guerra Mundial. A União Soviética teve perdas absurdas nesse período de
1939 a 1945. Foram mais de 20 milhões de mortos no país, uma perda inestimável
para eles. Enquanto que os americanos perderam cerca de meio milhão em
combates. A União Soviética já não se encontrava nas melhores condições. Os
soviéticos tiveram grande parte de sua estrutura abalada, devido aos resquícios
da Segunda Guerra Mundial.
EINSTEIN |
A paz era
impossível porque os interesses de capitalistas e de comunistas eram
inconciliáveis por natureza. E a guerra era improvável porque o poder de
destruição das superpotências era tão grande que um confronto generalizado
seria, com certeza, o último. Hoje, podemos ver isso claramente. Mas, na época,
a situação se caracterizava como o equilíbrio do terror.
Einstein e a bomba atômica
Paralelamente
à Guerra Fria, aconteceram muitos fatos marcantes da história. Entre eles, há a
Guerra da Coreia, o único confronto militar direto do período da guerra entre
os dois grandes blocos econômicos, não podemos
deixar de lembrar da Guerra do Vietnam . A Queda do Muro de Berlim, a Corrida
Espacial, o Fim da Guerra Fria e a Segunda Guerra Fria são outros
acontecimentos importantes do período.
GUERRA IDEOLÓGICA:
A
propaganda ideológica
Na Guerra Fria, os temas da
propaganda ideológica eram complexos porque envolviam ideais distintos de vida,
democracia e felicidade. No bloco soviético, por exemplo, esses ideais
refletiam o processo político desencadeado com a Revolução de 1917.
A União Soviética surgiu em 1922,
dentro dos planos da Revolução Russa liderada por Vladimir Lênin e Leon
Trotsky. Os bolcheviques idealizavam uma sociedade igualitária, com direitos e
deveres iguais para todos, sem a exploração do homem pelo homem. O Estado
passaria a proprietário das terras, da grande indústria e dos bancos. Uma
sociedade sem desigualdades e sem classes sociais.
Mas a Rússia de 1917 era um país
essencialmente rural. Era necessário realizar um salto tecnológico, como forma
de se criar empregos. Segundo Lênin, o sucesso do socialismo dependia do
sucesso do programa de industrialização do país. Essa imagem, associando
felicidade e produção industrial, perduraria por toda a existência da União
Soviética.
Nos primeiros anos da revolução,
a indústria do cinema soviético já aparecia como um veículo de reforço dos
ideais socialistas. Foram produzidos filmes como o clássico "O Encouraçado
Potemkin" e "O Fim de São Petersburgo".
Divisão da Alemanha após o pacto de Varsóvia |
A
CORRIDA ARMAMENTISTA...TORTURA PSICOLOGICA...
O filme "O
Planeta dos Macacos", que mostra as dificuldades do ser humano na
Terra no ano de 3.978, é um exemplo da preocupação do cinema norte-americano em
abordar o tema da devastação nuclear, tão comum no período da Guerra Fria.
Diversos filmes tratam do assunto, como "Síndrome da China" e "The Day After", na tentativa de fazer um alerta sobre
os perigos da guerra nuclear. O surgimento da bomba atômica teve sérias
implicações históricas, políticas e culturais. Durante o período da Guerra
Fria, o pesadelo da chamada "hecatombe nuclear" rondou a vida dos
habitantes do planeta. Acreditava-se que o ataque de um dos lados, num momento
qualquer, desencadearia uma guerra que poria fim à vida humana na Terra.
Nós
vamos ver de que modo a bomba atômica surgiu e se transformou num dos elementos
principais do jogo de poder entre Estados Unidos e União Soviética. Um jogo
macabro conhecido como "o equilíbrio do terror".
O início da corrida armamentista nuclear foi marcado
por um apelo de Albert Einstein ao presidente dos Estados Unidos, Franklin
Roosevelt, numa carta enviada em 1939. O físico alemão mostrava-se preocupado
com a possibilidade de Hitler ter acesso à tecnologia nuclear antes dos
americanos. Roosevelt decidiu ampliar os investimentos em pesquisas e
determinou, em 1942, o início do Projeto Manhattan, voltado ao desenvolvimento
da bomba atômica. Três anos depois, em julho de 45, a equipe de Robert
Oppenheimer fez o primeiro teste bem sucedido de explosão nuclear no deserto de
Alamo gordo, no estado americano do Novo México.
Na
mesma ocasião, realizou-se na Alemanha a Conferência de Potsdam. O presidente
dos Estados Unidos, Harry Truman,
negociou com Josef Stalin, da União
Soviética, e Winston Churchill, da
Grã-Bretanha, a nova divisão do mundo após a Segunda Guerra. Informado do
sucesso dos testes no Novo México, Truman endureceu sua posição na conferência
e tentou limitar a influência soviética na Europa.
Churchill ,Trumam e Stalin |
Para
muitos historiadores, o marco inicial da Guerra Fria foi o lançamento da bomba
atômica sobre Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, logo após o fim da Segunda
Guerra Mundial. Nessa perspectiva, a destruição das duas cidades nada teve a
ver com o Japão, já militarmente derrotado, e sim com a divisão geopolítica do
mundo. O propósito dos Estados Unidos, para esses historiadores, foi de
intimidar Moscou e conter o avanço do comunismo.
Em
fevereiro de 47, Truman fez no Congresso americano um discurso que mais tarde
ficaria conhecido como "Doutrina
Truman". O presidente prometia acabar com a chamada "ameaça
comunista" em qualquer parte do mundo onde ela surgisse. Era apenas o
início de uma longa temporada de tensões internacionais que caracterizariam a
Guerra Fria. A Europa se divide
Em
abril de 1949, diversos países ocidentais, sob a liderança dos Estados Unidos,
criaram a OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte. A aliança
consagrava, no aspecto militar, a divisão da Europa em dois blocos antagônicos.
Os primeiros países a integrar a OTAN foram Estados Unidos, França,
Grã-Bretanha, Canadá, Bélgica, Dinamarca, Islândia, Itália, Luxemburgo,
Holanda, Noruega e Portugal. Em 52, entraram a Grécia e a Turquia. Em 55, a
Alemanha, e em 82, a Espanha.
A
situação esquentaria ainda mais em agosto de 49, quando a União Soviética faria
seu primeiro teste nuclear bem sucedido.
O
antagonismo na Europa ficou mais evidenciado com a divisão da Alemanha em dois
países, ainda em 49. A área ocupada pelo Exército soviético tornou-se a
República Democrática da Alemanha e passou a integrar o bloco socialista. Sua
capital era a parte oriental da cidade de Berlim, também dividida em duas.
CRIAÇÃO DA OTAN
Em
abril de 49, antes mesmo do fim do bloqueio de Berlim, os Estados Unidos
criaram a OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte, com a participação
do Canadá, França, Grã-Bretanha, Bélgica, Dinamarca, Islândia, Itália,
Luxemburgo, Holanda, Noruega e Portugal. A Grécia e a Turquia ingressariam em
52, a Alemanha Ocidental em 55 e a Espanha em 82.
Uma
das principais resoluções da OTAN garantia a defesa em bloco no caso de um
ataque armado a qualquer país membro da organização. Os Estados Unidos queriam
assegurar a hegemonia militar na Europa capitalista, e também garantir um
ataque rápido e eficiente no caso de um confronto com a União Soviética.
No
momento de criação da OTAN, tropas soviéticas e americanas realizavam manobras
provocativas nas fronteiras da Alemanha. Eram tensas as relações entre
Washington e Moscou.
Em
março de 53, Stalin morria sem ter presenciado qualquer turbulência mais séria
num país sob influência soviética. O primeiro conflito aconteceria logo em
seguida, em junho, quando uma greve de operários de Berlim Oriental seria
reprimida com violência pelo exército da Alemanha socialista.
O Muro de Berlin foi construido em 24 horas |
Com
a morte de Stalin, teve início uma guerra surda na cúpula do Partido Comunista
soviético. Em setembro de 53, Nikita Khruschev foi eleito primeiro-secretário
do Partido. Mas o novo líder consolidaria seu poder somente em 1955. Para se
fortalecer no Partido e isolar os adversários, Khruschev adotou uma linha
reformista e rompeu com o stalinismo, denunciando os crimes de Stalin durante o
Vigésimo Congresso do Partido Comunista, em 1956. Na área da política externa,
o novo líder propôs o diálogo e a coexistência pacífica.
O mito das duas potências |
A
ESPIONAGEM ...007
Um
dos temas mais frequentes nas telas de cinema a partir da década de 60 é a
espionagem. Cineastas americanos e europeus produziram aventuras, dramas e
comédias com espiões dos mais diversos tipos. Quando o assunto é espionagem, a
primeira coisa que geralmente nos vem à cabeça é a figura do superespião James
Bond. "Moscou Contra 007" é o segundo filme da série baseada nos
livros de Ian Fleming, ele mesmo um ex-agente britânico em Moscou, nos anos 50.
Os
filmes de James Bond, feitos na Inglaterra, estão diretamente ligados ao
período de tensão entre as superpotências, e dão uma ideia da importância do
cinema no cenário da Guerra Fria. Mostram as aventuras de um sedutor espião
ocidental em luta contra vilões aparentemente a serviço da União Soviética. Por
mais que se fale em agentes americanos e soviéticos, curiosamente o espião mais
célebre do cinema é britânico e está a serviço de Sua Majestade.
É
verdade que, no mundo real, os serviços secretos europeus estiveram bem ativos
durante o período da Guerra Fria. Mas as duas grandes forças da comunidade de
informações eram mesmo a CIA e a KGB. E é sobre o mundo real da espionagem que
vamos falar hoje. Um mundo desprovido de conceitos como moral e ética, em que
para cada espião infiltrado num país estrangeiro existia um batalhão de
funcionários públicos anônimos, encarregados de coletar dados na imprensa e
tabular informações fornecidas por embaixadas e consulados. Uma rotina que
fazia parte de uma história ainda muito mal contada.
CONFERÊNCIA DE YALTA
Na
conferência de Yalta, realizada logo após o fim da Guerra ficou estabelecida a
divisão do mundo em áreas de influência, ou seja, cada parte do planeta ficaria
sob o controle de uma das superpotências e uma não deveria interferir na zona
de influência da outra. A década de 50 e 60 foi marcada por momentos de tensão
e intolerância, pois os dois sistemas (capitalista e socialista) eram vistos da
forma mais negativa possível. Os dois países possuíam armas nucleares; porém,
os dois lados estavam cientes que uma guerra naquele momento poderia destruir o
mundo.
Por
esta razão tentavam influenciar a humanidade tomando o máximo de cuidado para
não provocar uma Guerra Nuclear Internacional, como isso, a tensão diminuiu.
A Era de Mao Tse-tung
A
luta dos comunistas pela tomada do poder na China começou em 1921, com a
criação do Partido Comunista em Xangai. Mao Tsé-tung foi um dos fundadores. Até
1927, os partidos Comunista e Nacionalista agiam em frente única contra os
caudilhos militares que dominavam quase todo o país. Com o rompimento da frente
única, o Kuomintang assumiu o controle do país, enquanto os comunistas refluíam
para o campo. Teve início, nessa época, uma guerra civil que se estenderia por
10 anos.
Mao Tse-Tung |
A
luta entre Mao Tse-tung e Chiang Kai-shek foi interrompida em 1937, quando os
dois partidos uniram forças para combater o invasor japonês. A trégua durou até
a derrota dos japoneses e o fim da Segunda Guerra, em 45.
Acuados
pelas forças de Mao, os nacionalistas fugiram para a ilha de Taiwan, conhecida
também como Formosa. Lá, Chiang Kai-Shek continuou a encabeçar o governo da
República da China. Garantido pelo apoio norte-americano, Chiang tomou para si
o assento da China nas Nações Unidas e em seu Conselho de Segurança.
Em
outubro de 49, Mao Tse-tung chegava ao poder. Com uma área de 9 milhões e 600
mil quilômetros quadrados e 21 mil quilômetros de fronteiras com 14 países, a
China contava na época mais de 500 milhões de habitantes.
As manifestações organizadas pelos estudantes aconteceram entre os dias 15 de abril e 4 de junho de 1989, em plena Praça Tiananmen, que ficou conhecida como Praça da Paz Celestial.Um jovem parou os tanques de guerra na China !Aonde está esse estudante? Veja o filme até o fim e pense.....
Washington
passou a temer que a vitória comunista na China provocasse uma reação
revolucionária em cadeia em toda a Ásia do Pacífico. Para a Casa Branca, o
próprio Japão, com a economia devastada pela Guerra, era um forte candidato a
se tornar comunista. Os Estados Unidos, fiéis à doutrina Truman, estudavam uma
intervenção militar na região
O
TERCEIRO MUNDO: O ORIENTE MÉDIO
O
Oriente Médio é uma das regiões mais fascinantes do planeta. Habitado desde
tempos imemoriais, é uma área estratégica do ponto de vista econômico,
principalmente por causa do petróleo. É também um importante cenário geopolítico
e militar, porque serve de passagem entre a Europa e a Ásia.
Comparação do 1º mundo e o 3º mundo |
Em
1979, um fato novo desafiou Washington e Moscou. A revolução xiita do aiatolá
Khomeini, no Irã, deu uma demonstração do poder latente da religião islâmica,
com milhões e milhões de fiéis no mundo todo. Na verdade, a Guerra Fria no
Oriente Médio sempre esteve filtrada pela força do Islã. É o que vamos ver a
partir de agora.
ANOS
40: SURGE O ESTADO DE ISRAEL
Desgastados e impossibilitados de dar uma solução
satisfatória para os conflitos, os britânicos decidiram abandonar a Palestina,
passando o problema para a ONU. Em 1948, as Nações Unidas aprovaram a partilha
da Palestina entre os Estados árabe e judeu. Havia um clima internacional
favorável à criação de Israel, por causa do holocausto praticado pelos
nazistas. Mas havia também muitos interesses geopolíticos em jogo.
Criação do Estado de Israel |
Estava começando o período de tensão entre as
superpotências, que iria se estender até o fim dos anos 80. Dessa forma,
podemos dizer que os acontecimentos que conduziram à criação de Israel e
transformaram o Oriente Médio foram influenciados pela lógica da Guerra Fria.
"Durante os anos mais sombrios na Europa, há 60
anos, não havia um exército para defender o povo judeu. Hitler sabia disso e
aproveitou. Surgiu o Estado de Israel, que inseriu o judeu de novo no contexto
da sociedade, no contexto do mundo. Os princípios da justiça social, dos
direitos humanos, os princípios, valores e ideais dos fundadores do Estado de
Israel continuam. E são estes os ideais que servem como uma inspiração. Israel,
espero, vai voltar a ser uma luz para todos os povos, achando um modus-vivendi
pacífico, justo, com os palestinos. Somos todos iguais, somos todos filhos de
um único Deus. Portanto, devemos transcender os acordos de paz e transformá-los
em relações de paz."
Presidente
do rabinato da Congregação Israelita Paulista O dirigente soviético Josef
Stalin acreditava que Israel poderia se tornar um país simpático à União
Soviética, já que milhares dos imigrantes judeus de nacionalidade russa eram
socialistas. Por outro lado, a França, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos viam
em Israel um provável representante dos interesses ocidentais, numa região
estratégica.
Os palestinos e os Estados árabes não aceitaram a
criação do novo país. Eclodiu assim a primeira guerra árabe-israelense. Israel
venceu o conflito em 1949. O Estado árabe-palestino desapareceu, dividido entre
Israel, Jordânia, que ficou com a Cisjordânia, e o Egito, que ficou com a Faixa
de Gaza.
A crise
do Canal de Suez
Sete anos depois, em 1956, o Oriente Médio seria
palco de uma nova guerra. Dessa vez, pela posse do Canal de Suez.
O Egito era governado por Gamal Abdel Nasser, um
político carismático e nacionalista. Ele fazia parte de um grupo de militares
que derrubou a monarquia egípcia em 1952, instituindo um governo favorável a
unificação de todos os árabes numa única grande nação. Nasser nacionalizou o
Canal, desafiando abertamente britânicos e franceses. Além disso, proibiu o
tráfego de navios israelenses, estrangulando o fornecimento de petróleo ao
Estado judeu.
Divisão das terras entre judeus e palestinos e a formação da faixa de Gaza |
Em resposta, Israel, França e Grã-Bretanha
organizaram uma ação militar conjunta contra Nasser. O chefe de Estado egípcio
teria sido derrotado não fosse a intervenção americana e soviética no conflito.
Os soviéticos queriam evitar que o Egito fosse novamente controlado pelos
europeus aliados dos Estados Unidos. E Washington não estava disposto a brigar
com Moscou pelo Canal de Suez. A saída foi um acordo: franceses e britânicos
teriam de aceitar a nacionalização do Suez. E os egípcios, em compensação,
teriam de garantir a todos o direito de utilizar o Canal.
A Guerra do Suez é um exemplo de que não eram os
interesses nacionais que determinavam o curso dos acontecimentos, e sim a
lógica da Guerra Fria. No caso do Egito, prevaleceu o jogo de equilíbrio entre
Washington e Moscou.
A
Guerra da Coreia (1950 – 1953)
A
guerra iniciou-se em 25 de junho de 1950 e envolveu as forças armadas. De um
lado, Estados Unidos e o Reino Unido, em favor da Coreia do Sul, enquanto que,
do lado comunista, a China e a União Soviética, aliadas da Coreia do Norte. O
estopim da guerra se deu pela invasão das tropas norte-coreanas à Coreia do
Sul, após ataque surpresa.
No
dia seguinte, foi declarada a Guerra da Coreia. As tropas sul-coreanas
abandonaram a capital, Seul. Diante disso, os invasores do norte tomam conta do
território apoiado pelo eixo capitalista. As Nações Unidas não aceitaram e
pediram aos Estados Unidos que enviassem suas forças armadas, a fim de pelejar
e estabelecer, novamente, o domínio da Coreia do Sul sobre o território
invadido.
Os
norte-coreanos seguem com sua investida e capturam a cidade sul coreana de
Inchon, que fica próxima à capital, Seul – a Coreia do Norte já havia tentado,
por várias vezes, derrubar o governo capitalista do seu país vizinho.
Os invasores tinham um material humano que chegava a 70 mil combatentes, enquanto que os norte-americanos vinham com o dobro desse exército, somando 140 mil soldados. As tropas das Nações Unidas retiraram as tropas rivais da Coreia do Sul, num acontecimento que pode ter sido o mais brutal da história das Coreias.
A Guerra da Coreia acabou em 27 de julho de 1953. O conflito mais violento da história deixou muitas marcas. O acordo que foi assinado, em Panmunjon, em julho. A herança da guerra é a divisão da Coreia e, na época, cerca de 3,5 milhões de mortos. As tropas das Nações Unidas foram afastadas com ajuda da República da China.
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Os invasores tinham um material humano que chegava a 70 mil combatentes, enquanto que os norte-americanos vinham com o dobro desse exército, somando 140 mil soldados. As tropas das Nações Unidas retiraram as tropas rivais da Coreia do Sul, num acontecimento que pode ter sido o mais brutal da história das Coreias.
A Guerra da Coreia acabou em 27 de julho de 1953. O conflito mais violento da história deixou muitas marcas. O acordo que foi assinado, em Panmunjon, em julho. A herança da guerra é a divisão da Coreia e, na época, cerca de 3,5 milhões de mortos. As tropas das Nações Unidas foram afastadas com ajuda da República da China.
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A
Corrida Espacial (1957)
Os rápidos avanços da tecnologia se deram no
período da Guerra Fria. A Corrida Espacial aconteceu no final dos anos de 1950.
A União Soviética, como estratégia de defesa a possíveis ataques dos
americanos, decidiu investir em estudos mais avançados. Em 1957, eles dão
início à chamada Corrida Espacial.
Sputnik foi o primeiro satélite artificial lançado
no espaço. A tecnologia soviética serviu para progressos no campo científico, o
que abriu horizontes para as pesquisas espaciais. Uma esfera de meio metro,
aproximadamente, e com cerca de 80 kg subiu ao espaço. O satélite transmitia e
recebia sinais de rádio.
Em novembro de 1957, os soviéticos mandaram outro
artifício ao espaço. Agora, uma segunda versão do Sputnik. Estava a bordo do
Sputnik II, o primeiro ser vivo a entrar em órbita, a cadela Laika. A
estratégia dos soviéticos chamou a atenção dos americanos, que despertaram
criando sua primeira invenção no ano seguinte.
O Explorer I foi lançado no ano de 1958, inserindo
os norte-americanos na corrida. Porém, dessa vez, os soviéticos tomaram a
dianteira, pois já tinham outro projeto, o Vostok I, que tinha a bordo, nada
mais, nada menos que Yuri Gagarin, o primeiro homem a ir e voltar ao espaço a
salvo. A cadela Laika morreu queimada após um erro com o sistema de
refrigeração do Sputnik II.
O espaço não era o limite. O presidente americano,
John F. Kennedy, cobiçava a Lua como lugar a ser alcançado. E mais, queria
homens americanos pisando nela. Os soviéticos tentaram tal projeto, mas o máximo
que conseguiram foi enviar um artefato chamado de Zond 5 e Zond 6, em 1968. Os
americanos, com o Apollo 8.
Finalmente, o homem chega à Lua. O Apollo 11, com
Neil Armstrong e Edwin Aldrin, pisaram e caminharam, segundo os americanos, em
solo lunar. O presidente americano, Ronald Reagan, criou uma estratégia
anti-guerra, a qual denominou de “guerra nas estrelas”; todavia, os soviéticos
foram os únicos a colocar uma aeronave munida de armamentos nucleares no
espaço, a Polyus.
A Guerra do Vietnã (1964 – 1975)
Vietnã, assim como a Coreia, estava sendo
dividido entre os dois polos econômicos, o capitalismo e o socialismo. A parte
sul do país estava atuando em conjunto com os Estados Unidos, já a do norte com
o líder Ho Chi Minh. Ele queria transformar o Vietnã em um só país, sem
fragmentações.
Os
sulistas eram adeptos do capitalismo, em contrapartida, os vietnamitas do norte
ou vietcongues, eram comunistas. Os vietnamitas haviam sido libertos do poder
francês. Os norte-americanos começaram a enviar as tropas em 1965, para apoiar
o lado sul do Vietnã.
A batalha
contra os vietcongues era muito desigual. Os norte-americanos atacavam as bases
inimigas com armamentos pesados, que envolviam desde aviões guerrilheiros até
armas químicas, como o Agente Laranja. Ele possui substâncias cancerígenas e,
na Guerra do Vietnã, acarretou em deficiências nas pessoas que nasceram na
região.
Porém, os
Estados Unidos falharam em sua missão. As tropas americanas tiveram que se
retirar do Vietnã e esse evento é tido como vergonha nacional para os EUA. A
derrota dos norte-americanos influenciou na cultura americana, principalmente
no cinema. O filme Rambo fala sobre a Guerra do Vietnã, que acabou em 30 de
abril de 1975, com vitória dos vietcongues.
A Queda do Muro de Berlim: O Fim da Guerra Fria
(1961 – 1989)
Esse foi
um fato marcante da Guerra Fria. A Alemanha havia sido fragmentada em dois
blocos, o capitalista e o socialista. Ao final da Segunda Guerra Mundial, o
país foi, além da divisão dos dois regimes econômicos, administrado por quatro
potências mundiais: os Estados Unidos, a França, o Reino Unido e a União
Soviética.
Houve a
ajuda dos norte-americanos, através do Plano Marshall, que visava o empréstimo
a baixos juros, para a reconstrução pós-guerra. Além disso, os capitalistas
fizeram acordo para diminuir a inflação na destruída Alemanha. No entanto, Josef Stalin não quis
aderir a essa aliança. E, por isso, construiu um muro, fechando o acesso
terrestre à Alemanha Oriental.
O muro
separava as duas Alemanhas e rodeava a capital, Berlim. A parede era constituída
mais de 300 torres de observação. Nelas, havia guardas com autorização de abrir
fogo, para o caso de alguém tentar algo que envolvesse a fronteira entre os
dois blocos no país. Dessa forma, impedia que houvesse a emigração.
Depois de
vários acontecimentos, entre mortes, feridos e o discurso, em um tom de pressão
contra os soviéticos, conhecido como “Tear down this wall”, em português,
“Derrube este muro” do presidente americano, Ronald Reagan, ao líder soviético,
Mikhail Gorbatchev. Os populares alemães decidiram pelo fim da separação. O
muro já estava na Alemanha por 28 anos.
Então, em
novembro de 1989, aconteceu o histórico fato da queda do muro de Berlim.
Contudo, a derrubada dele não passou de uma falha de comunicação. O intuito do
governo da Alemanha Oriental era de acabar com os empecilhos de deslocamento de
Oeste para Leste. No entanto, a informação saiu mais cedo do que o esperado
pela liderança, o que acarretou em um mal entendido.
A mídia
noticiou a respeito da abertura do muro; com isso, movimentou enorme parcela da
população, que não deixou chance para os órgãos de fiscalização das fronteiras,
devido à quantidade de pessoas reivindicando a abertura dos portões.
Consequência disso: os militares se viram obrigados a liberar os portões. Em
outros lugares de Berlim tudo aconteceu da mesma forma.
Depois da
abertura das fronteiras e o encontro do povo, a alegria contagiou o ambiente e,
enfim, o muro de Berlim começou a ser destruído. A cortina de ferro havia se
desfeito. Acabava a divisão do país em dois blocos e comemorava-se a
reunificação da Alemanha, separada após a Segunda Guerra Mundial. Para alguns
historiadores, naquele momento, declarava-se o fim da Guerra Fria.
OBS: A bomba de Hiroshima é um fato pertencente ao fim da Segunda
Guerra Mundial, que é anterior a Guerra Fria. A bomba foi lançada pelos EUA
como teste em duas cidades do Japão
Sempre
que ouvimos falar em África, logo formamos imagens de guerras, fome, seca,
miséria. São quase 700 milhões de habitantes vivendo em 52 Estados, numa área
de 30 milhões de quilômetros quadrados. Em seu conjunto, a população africana
vive uma situação incomparável de tragédia humana.
Apesar da
extrema miséria, a África ocupou um lugar importante durante a Guerra Fria. A
luta pela independência, desenvolvida por grupos nacionalistas em diversos
países africanos, ganhou força na segunda metade do século XX. O apoio a esses
grupos, por parte de Washington e Moscou, contava pontos na disputa ideológica
entre as duas superpotências.
Vamos
relembrar um pouco da história da África e analisar o processo de
descolonização do continente dentro do contexto da Guerra Fria.
CUBA E O INÍCIO DA GUERRA FRIA NA AMÉRICA LATINA
No final
dos anos 50, a revolução cubana representou uma ameaça ao controle de
Washington sobre os países americanos. Os Estados Unidos não mediram esforços
para garantir esse controle, inaugurando a Guerra Fria na América. Nos
primeiros anos da Guerra Fria, a Casa Branca já havia demonstrado a disposição
de afastar qualquer vestígio de influência comunista na América.
Em 1954, na Guatemala, a CIA, o serviço secreto norte-americano,
articulou um golpe que depôs o presidente Jacobo Arbenz, eleito em 1950 com
apoio dos comunistas. Arbenz , que havia realizado a reforma agrária e
expropriado terras de empresas americanas, foi deposto pelo coronel Carlos
Castillo Armas, que implantaria uma sangrenta ditadura no país.
Cuba
seria o próximo país a sofrer profundas transformações, cinco anos após o golpe
na Guatemala. Os guerrilheiros liderados por Fidel Castro e Ernesto Che
Guevara, que até então não apresentavam posições esquerdistas, lutavam para
derrubar o ditador Fulgêncio Batista
Fidel e Che Guevara |
Pouco depois de assumir o governo, Fidel Castro iniciou um programa de
reforma agrária e de nacionalização das empresas americanas, além de levar a
julgamento os principais colaboradores de Fulgêncio Batista. As medidas
surpreenderam os Estados Unidos, que passaram a se preocupar com os rumos do
novo regime de Havana.
À medida
que Fidel Castro se aproximava da União Soviética, o governo americano adotava
medidas de represália, como a suspensão da compra de açúcar cubano. A ruptura
diplomática aconteceria em janeiro de 1961, inaugurando um período de relações
tensas entre Washington e Havana.
Em abril de 61, meses depois do rompimento diplomático, a CIA organizou
uma invasão de Cuba a partir da Baía dos Porcos. Recrutou cubanos exilados em
Miami, na maioria refugiados e cidadãos expulsos pelo governo de Fidel. A
invasão foi um fracasso. Uma série de desencontros, falhas de estratégia e má
coordenação permitiu que as forças armadas de Cuba realizassem um contra-ataque
fulminante.
Fidel e Nikita Khrushev |
Em outubro de 62, aviões de espionagem dos Estados Unidos detectaram
movimentos que indicavam a disposição soviética de instalar uma base de mísseis
nucleares em Cuba. Seguiram-se duas semanas de tensão, período em que o
presidente Kennedy advertiu Moscou de que usaria armas nucleares caso a União
Soviética insistisse na base de mísseis.
O
dirigente Nikita Khruschev recuou, mas conseguiu de Kennedy um compromisso de
não-intervenção americana em Cuba. Esse compromisso, no entanto, não impediu
que os Estados Unidos iniciassem um bloqueio econômico e naval do país, numa
tentativa de asfixiar a economia cubana. Washington também fez pressões para
que Cuba fosse expulsa da Organização dos Estados Americanos, a OEA. Na
prática, os Estados Unidos passaram a considerar Cuba como integrante do
"bloco do leste", o grupo de países do leste europeu aliado de
Moscou. Mas a Casa Branca jamais perdeu de vista a proximidade geográfica da
pequena ilha, e utilizou a revolução cubana como pretexto para uma grande
ofensiva anticomunista no continente americano.
EUA VOLTAM A ATENÇÃO PARA O BRASIL
Dentro da
estratégia de evitar o surgimento de "novas Cubas", os Estados Unidos
voltaram a atenção para o maior e mais importante país da América Latina, o Brasil.
João Goulart |
JANGO
A
construção de hidrelétricas, a instalação da indústria automobilística e a
criação de Brasília, durante o governo de Juscelino
Kubitschek, entre 1955 e 1959, haviam estimulado o surgimento de grandes
concentrações de trabalhadores urbanos, que se organizaram em sindicatos para
exigir seus direitos.
Dentro
desse contexto, a ascensão de um líder trabalhista como João Goulart parecia
significar uma ameaça aos interesses tradicionais dos grupos dominantes
brasileiros. Num primeiro momento, a crise foi contornada e Jango tomou posse.
Em 62, no entanto, as centrais sindicais convocaram greves gerais por melhores condições
de trabalho e para exigir do governo um ministério nacionalista e democrático.
Jânio Quadros -Dizia que iria varrer a corrupção... |
Jango na China |
João Goulart |
Os militares brasileiros tomaram o poder em 31 de março de 64. Vários
dispositivos legais impuseram a censura à imprensa, suspenderam as liberdades
democráticas e tornaram ilegais os partidos de oposição, os sindicatos e as
associações de classe. Agentes da polícia política, o Dops e o Doi-Codi, perseguiam e prendiam os opositores do regime
militar. Todas as operações eram descritas como "medidas de guerra"
contra o que os governantes chamavam de "comunismo internacional".
Muitos opositores foram torturados ou assassinados. Vários deles desapareceram
para sempre.
Vladmir Herzog |
Num mundo em transformação, medo
do comunismo
No início
dos anos 60, o país estava em processo de transformação, em todos os sentidos.
Brasília prometia a modernidade, as grandes cidades estavam mudadas e a arte
buscava novos caminhos. No dia a dia, a presença cultural norte-americana se
multiplicava por todos os lados: na grande indústria, nos arranha-céus, na
publicidade, nas roupas, no cinema.
Com a
grande concentração de operários nas cidades, surgiu o receio de movimentos
trabalhistas e sindicais. A Casa Branca passou a se preocupar com possíveis
levantes comunistas na América Latina, a exemplo do que ocorreu em Cuba em
1959. A mesma preocupação da burguesia e da classe média brasileiras.
O clima
de insegurança no Brasil aumentou com a renúncia do presidente Jânio Quadros,
em agosto de 1961, em circunstâncias nunca inteiramente esclarecidas. O
trabalhista João Goulart, o Jango, vice de Jânio, assumiu a presidência em
setembro de 61, em meio a ameaças de golpes e contragolpes de Estado. Os militares não queriam um governo
identificado com a estrutura sindical herdada de Getúlio Vargas. Se Jango
nada tinha a ver com o comunismo, o receio dos militares era de que o
trabalhismo aproveitasse a oportunidade para uma ofensiva.
Foi o que
aconteceu. As greves se multiplicaram. Em
62, a Confederação Nacional dos Trabalhadores e o Pacto de Unidade e Ação
convocaram uma greve geral, reivindicando um ministério progressista e
comprometido com os interesses nacionais. A influência das esquerdas sobre o
movimento causava ainda mais inquietação nas Forças Armadas.
No Rio de
Janeiro, grupos de mães, profissionais liberais e oposicionistas em geral do
governo organizaram um comício contra as reformas de base de Jango. Em São Paulo foi organizado um movimento
semelhante, a "Marcha da Família Com Deus Pela Liberdade". Era o
sinal que os militares aguardavam para o golpe de Estado.
PÓS GUERRA FRIA – GLOBALIZAÇÃO E
NEOLIBERALISMO – A NOVA ORDEM MUNDIAL
A partir
dos anos de 1980, o declínio do sistema socialista estava ficando cada vez mais
comum. Os comunistas passavam por uma série de problemas com o mercado e o
dinheiro. Na política, a população demonstrava desapontamentos por causa da
pouca participação exercida pelo povo. Deu-se, então, o desmembramento da União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS, agora, apenas Rússia.
O
Exército Vermelho começou a se enfraquecer, prova disso, o recuo das tropas
soviéticas do território afegão. A cova da URSS já estava quase pronta. Isso
começou na década de 70, com as reformas políticas executadas por Mikhail Gorbatchev,
o Glasnost e a Perestroika. A política de Karl Marx (socialismo) foi sendo
deixada de lado. A antiga China Comunista aderiu ao movimento capitalista –
apenas na economia, a política é comunista.
Com o
pós-Guerra Fria, houve o surgimento da expressão “Globalização” e os Estados
Unidos se transformaram numa potência, praticamente inalcançável. No decorrer
dos conflitos entre os capitalistas e socialistas, cerca de 60% da riqueza
mundial estava em poder dos norte-americanos; agora, pois, eles dominavam sobre
todos os outros.
As
ditaduras militares foram abolidas e a democracia começava a se instaurar nos
países. Os direitos humanos se sobressaem e é o fim dos regimes totalitários.
Poucas nações continuaram com o sistema de economia planificada, que foi o caso
de Coreia do Norte, Cuba e Mianmar. O restante “se libertou” e aderiu à
política capitalista.
Na
economia, não foi diferente. Estabeleceram-se de vez as relações comerciais
através dos blocos
econômicos, como, por exemplo, UE – União Europeia; Mercado Comum do
Sul – Mercosul, Tratado Norte Americano de Livre Comércio – Nafta; Cooperação
Econômica da Ásia e do Pacífico – APEC, a Comunidade dos Estados Independentes
– CE, União Africana e outros
QUESTÕES COMENTADAS SOBRE GUERRA FRIA
1. (Uel 2012) Leia os textos a seguir.
Se a bomba fugir ao controle, se não
aprendermos a conviver, para que a ciência venha a trabalhar para nós e não
contra nós, nosso futuro é certo. As cidades dos homens irão desaparecer da
face da terra.
(MORRISON, Philip. Se a bomba fugir
ao controle. 1946. In:
MARSTERS, Dexter; WAY, Katharine (Orgs.). Um mundo ou nenhum: um relatório ao
público sobre o pleno significado da bomba atômica. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 2008. p.37.)
É de se esperar que conflitos de
interesse entre as grandes potências venham a surgir no futuro da mesma forma
como surgiram no passado, e não existe no mundo uma autoridade com o poder de
adjudicar esses conflitos [...] As negociações têm lugar à sombra do poderio
militar que as grandes potências conseguem reunir; [....]. enquanto esse estado
de coisas vigorar, o perigo de guerra estará presente. Contra esse cenário, a
existência das bombas atômicas aumenta ainda mais o risco de guerras virem a
ocorrer. Se dois países – usemos como exemplo os dois mais poderosos, os Estados
Unidos e a Rússia – acumularem grandes estoques de bombas atômicas, é provável
que uma guerra venha a eclodir mesmo que nenhum deles deseje lutar.
(SZILARD, Leo. Seria possível evitar
uma corrida armamentista por meio de um sistema de inspeções? 1946. In:
MARSTERS, Dexter; WAY, Katharine (Orgs.). Um mundo ou nenhum: um relatório ao
público sobre o pleno significado da bomba atômica. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 2008. p.181-182.)
a) Com base nos textos e nos
conhecimentos sobre o tema, discorra sobre a chamada “Guerra Fria” ocorrida
após a Segunda Guerra Mundial.
b) A partir dos textos, analise as
relações entre desenvolvimento científico, tecnologia e poder no mundo
contemporâneo.
2. (Ufrj 2011) “No final de 1960, os Estados Unidos já
tinham cerca de vinte embaixadas na África. Eram em torno de quarenta os pontos
diplomáticos e consulares em diferentes partes do continente.
A União Soviética, por sua vez,
manteve acesa sua política africana, que variou em seus objetivos ao longo do
tempo”.
Fonte: adaptado de Sombra Saraiva,
José Flávio (org). Relações Internacionais, dois séculos de História: entre a
ordem bipolar e o policentrismo (de 1947 a nosso dias). Brasília: IBRI, 2001,
p. 53.
Cite duas razões para a crescente
presença dos EUA e da URSS no continente africano na década de 1960.
3. (Ueg 2010) Na década de 1960, as Américas foram
sacudidas por um verdadeiro furacão: a Revolução Cubana. Iniciada em 1959,
devastou as estruturas políticas até então existentes. Figuras como Fidel
Castro, Camilo Cienfuegos e Che Guevara tornaram-se ícones da juventude do
período e foram “imitados” por jovens de todo o mundo que buscavam contestar os
regimes políticos e o poder tradicional.
Tendo isso em conta,
a) cite duas causas que expliquem a
Revolução Cubana;
b) analise as relações entre o
governo de Jânio Quadros e os líderes cubanos no período.
4. (Ufc 2010) Ao descrever o processo de desenvolvimento
capitalista durante o século XIX, o historiador Eric Hobsbawm argumenta que o
mundo se dividiu em “dois setores”: o primeiro identificado por países de
economias avançadas e o segundo, em regiões onde o processo de desenvolvimento
econômico e político foi menos intenso. Desse modo, segundo Hobsbawm, “existia
claramente um modelo geral referencial das instituições e estruturas adequadas
a um país ‘avançado’, com algumas variações locais”.
a) Indique três características de um
país “avançado” no século XIX.
b) Que continente se destacou como
centro do processo de desenvolvimento capitalista durante o século XIX?
c) Identifique três países
considerados avançados durante este período.
5. (Pucrj 2010) Enquanto um povo se uniu em 1989 sobre as
ruínas de um muro que ia de Dresden a Berlim, outros muros são levantados na
atualidade para separar os homens, tornando-os estrangeiros, inimigos.
Observe as imagens e faça o que se
pede a seguir.
Construção do Muro de Berlim em 1961
Muro fronteiriço entre a cidade de Morales no México e os EUA
a) CARACTERIZE o contexto histórico em que foi construído o muro de Berlim.
b) IDENTIFIQUE dois aspectos
relativos às tensões vividas na fronteira entre Estados Unidos e México, na
atualidade.
6. (Ufc 2010) Um aspecto fundamental da Guerra Fria (com o
fim da Segunda Guerra Mundial em 1945) foi a reorganização das alianças
internacionais e o recrudescimento das relações entre nações que pouco tempo
antes estavam aliadas. De um lado estava a União Soviética, parte significativa
da Europa Oriental e a China (após 1949), e do outro lado, a Europa Ocidental
com o apoio explícito dos Estados Unidos, Canadá e os governos dos países da
America Latina. Assim, a Guerra Fria representou uma busca permanente pelo
equilíbrio de poder entre as duas potências globais. Mesmo que a disputa nunca
tenha resultado em um conflito bélico direto entre os Estados Unidos e a União
Soviética, em outros continentes como a África, a Ásia, a América Latina e no
Caribe, a Guerra Fria foi marcada por conflitos armados prolongados, passando a
se incorporar à geopolítica das lutas anticoloniais e de libertação nacional.
a) Identifique dois países asiáticos
com os quais os Estados Unidos estiveram envolvidos diretamente em conflitos
militares depois de 1945.
b) Cite três países africanos de
língua portuguesa que iniciaram processos de libertação nacional na década de
1960.
c) Explique as razões apresentadas
pelos Estados Unidos para a invasão da Baía dos Porcos (Cuba), em abril de
1961.
7. (Ueg 2010) Dois norte-americanos se tornaram célebres
por caminhar na lua: o comandante Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar no
solo lunar em 1969 e, metaforicamente, o ídolo pop Michael Jackson, que
eternizou o moonwalker, passo de dança que simula uma caminhada em gravidade
zero.
Sobre o contexto histórico-cultural
que envolveu essas duas personalidades marcantes do século XX, analise:
a) o contexto geopolítico
internacional que levou os norte-americanos a conquistar a Lua;
b) o fenômeno Michael Jackson como um
exemplo da globalização cultural.
8. (Unifesp 2009) A Guerra do Vietnã opôs o norte ao sul do
país e contou, entre 1961 e 1973, com participação direta dos Estados Unidos.
Relacione esta guerra com a:
a) Descolonização da Ásia.
b) Guerra Fria.
9. (Ufrrj 2007) Leia um trecho da entrevista de um guarda de
fronteira da antiga RDA concedida a dois repórteres alemães e responda ao que
se pede.
"Harold Jager comandava em 9 de
novembro o posto de fronteira na Rua Bornholmer (Berlim). No momento mais
crítico de sua vida de 28 anos como Guarda de Fronteira, ele fez exatamente
aquilo que contrariava em tudo o regulamento: ele interrompeu o controle e
abriu a fronteira.
Repórteres: 'E o que aconteceu?'
H. Jager: 'As barreiras abertas não eram
suficientes. Muitas pessoas começaram a pular o muro. Nós não entendíamos mais
o mundo'. "("Politische Zeitschrift", n0. 97, Março de 1999, p.
44.)
a) A queda do Muro de Berlim em 1989
simbolizou o fim da chamada Guerra Fria, um conflito entre sistemas rivais e
antagônicos que marcou o mundo por quarenta anos. Quais eram estes sistemas?
b) O Muro de Berlim foi construído em
1961, fechando a única fronteira aberta entre a Alemanha Oriental e a Alemanha
Ocidental. Mencione uma razão que explique o fechamento, com o Muro de Berlim,
dessa fronteira.
10. (Puc-rio 2007) "Uma sombra desceu sobre o cenário até
há pouco iluminado pelas vitórias aliadas. Ninguém sabe o que a Rússia
Soviética e sua organização internacional comunista pretende fazer no futuro
imediato, ou quais são os limites, se é que os há, para as suas tendências
expansionistas. De Stettin no Báltico, a Trieste, no Adriático, uma cortina de
ferro desceu sobre o continente. Quaisquer conclusões que possam ser tiradas
destes fatos, esta não é certamente a Europa libertada que lutamos para
construir. Também não é uma que contenha os ingredientes de uma paz
permanente."
Winston Churchill, ex-chanceler
britânico, em seu discurso em Missouri, EUA, em 5 de março de 1946, teceu
considerações sobre o contexto internacional da época caracterizando o início
das novas tensões e de uma nova época, posteriormente denominada de Guerra
Fria.
a) Cite três acontecimentos que
expressam o contexto de Guerra Fria, entre 1947 e 1962.
b) Apresente duas características da
Guerra Fria.
11. (Ufrj 2006) DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
(10.12.1948)
(...) A Assembleia Geral proclama:
A presente Declaração Universal dos
Direitos Humanos como o ideal a ser atingido por todos os povos e todas as
nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo
sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação,
por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de
medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu
reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos
dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua
jurisdição.
Artigo I - Todas as pessoas nascem
livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e
devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Artigo II - Toda pessoa tem
capacidade para gozar os direitos e liberdades estabelecidas nesta Declaração,
sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião,
opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza,
nascimento, ou qualquer outra condição.(...)."
A Declaração Universal dos Direitos
Humanos expressa preocupações características do período pós Segunda Guerra
Mundial. Entretanto, alguns de seus princípios revelam a influência de
documentos assemelhados, elaborados no século XVIII.
a) Relacione a proclamação da
Declaração Universal dos Direitos Humanos às experiências dos regimes
nazi-fascistas.
b) Identifique uma declaração fundada
em bases semelhantes, elaborada na Europa do século XVIII.
12. (Uff 2005) "É intolerável e estranho ao espírito do
marxismo-leninismo exaltar uma pessoa e dela fazer um super-homem dotado de
qualidades sobrenaturais, semelhantes às de um deus. Esse sentimento a respeito
de Stalin existiu durante muitos anos (...). Tudo ele decidia, sozinho, sem
consideração por qualquer um ou por quem quer que fosse". (Discurso de
Kruschev, no XX Congresso do Partido Comunista em 1956 in VVAA, L'époque
contemporaine, Paris, Bordas, 1971, p. 244.
Em janeiro de 1953 morreu Josef
Stalin. Logo depois, com a subida ao poder de Kruschev, a União Soviética deu
início a um período conhecido como a época do degelo, baseada em um intenso
processo de desestalinização.
a) Destaque duas características
políticas do mencionado processo.
b) Analise a política externa da Era
Kruschev, no contexto da Guerra Fria.
13. (Ufrj 2005) "Corações e Mentes [documentário
realizado pelo cineasta norte-americano Peter Davies, nos anos 70, sobre a
guerra do Vietnã] tem esse nome devido ao slogan do governo norte-americano na
época, de que nós tínhamos que ganhar os corações e mentes do povo vietnamita.
Pois estive no Iraque e os americanos estão utilizando a mesma frase. E lá vi
as mesmas atitudes, a mesma arrogância. Achei que o Vietnã tinha nos ensinado a
lição: não ir para a guerra com países que não estão nos ameaçando. É
assustador ver o quão rápido a lição foi esquecida."
Fonte: adaptado de entrevista de
Peter Davies ao jornal "O Globo" de 01 de outubro de 2004, segundo
caderno, p.2.
Apesar das diferenças no tempo e no
espaço, as guerras do Vietnã e do Iraque - a última iniciada em 2003 e ainda em
curso - têm em comum resultarem de intervenções militares norte-americanas ao
redor do planeta.
a) Identifique um elemento da
conjuntura internacional que contribuiu para a eclosão da Guerra do Vietnã.
b) Explique um dos princípios da
chamada Doutrina Bush, adotada pelo governo norte-americano após os atentados
de 11 de setembro de 2001, que tenha servido como justificativa para a invasão
do Iraque.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
"A Segunda Guerra Mundial mal
terminara quando a humanidade mergulhou no que se pode encarar, razoavelmente,
como uma Terceira Guerra Mundial, embora uma guerra muito peculiar. (...) A
peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia
perigo iminente de guerra mundial. Mais que isso: apesar da retórica
apocalíptica de ambos os lados, mas sobretudo do lado americano, os governos
das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da
Segunda Guerra Mundial (...). A URSS controlava uma parte do globo, ou sobre
ela exercia predominante influência - a zona ocupada pelo Exército Vermelho
e/ou outras Forças Armadas comunistas no término da guerra - e não tentava
ampliá-la com o uso da força militar. Os EUA exerciam controle e predominância
sobre o resto do mundo capitalista, além do hemisfério norte e oceanos (...).
Em troca, não intervinha na zona aceita de hegemonia soviética."(HOBSBAWM,
Eric. A Era dos Extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 224)
No texto acima, o historiador inglês
buscou resumir as principais características das relações internacionais no
período compreendido entre o final da Segunda Guerra Mundial e o fim da década
de 1980, genericamente denominado Guerra Fria.
14. (Ufrj 2003) Considerando o contexto da Guerra Fria, cite
dois movimentos políticos surgidos na África que questionavam a hegemonia
norte-americana no continente.
15. (Ufrj 2003) Explique o papel da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN) e do Pacto de Varsóvia naquela conjuntura.
16. (Uerj 2002) O DIA EM QUE A GUERRA FRIA CHEGOU
À LUA
Casa Branca, 21 de novembro de 1962.
Na sala de reunião, dez pessoas ouviam o então presidente dos Estados Unidos,
John F. Kennedy. Entre elas, o diretor-geral da Nasa - a agência espacial
americana. (...) O motivo da reunião: a corrida espacial. Kennedy queria da
Nasa mais empenho para que os americanos chegassem antes dos soviéticos à Lua.
Pela primeira vez, o governo dos EUA dizia abertamente que a ida à Lua não era
uma das prioridades do programa espacial, mas a prioridade. E mais, não era um
problema de ciência, mas de política. ("Jornal do Brasil", 25/08/2001.)
a) Caracterize a Guerra Fria.
b) Aponte um fato histórico ocorrido
na América, no início dos anos 60, que exemplifique a inclusão deste continente
no contexto da Guerra Fria.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Ao longo do século XIX é possível identificar algumas tentativas de
integração europeia, que não alcançaram grande repercussão. A ideia de uma
Europa unida estava ainda distante. Segundo Bismark, Chanceler da Prússia e
depois da Alemanha, "quem fala de Europa, se equivoca. Noção geográfica...
ficção insustentável."
Contudo, na segunda metade do século XX, se fortaleceu a proposta de uma
maior integração econômica e política do continente, com a assinatura do
Tratado de Roma e a constituição da comunidade Econômica Europeia (CEE).
17. (Ufrj 2002) Explique um fator que tenha contribuído para
a criação da CEE.
18. (Puc-rio 2001) "O fim do bloqueio a Berlim em
maio de 1949 não impediu que os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a França
mantivessem sua firme presença nos setores de ocupação ocidental da cidade. A
partir daí, as fronteiras da Guerra Fria ficaram congeladas na Europa por mais
de uma geração. (...) Relutantes em alterar o "status quo" europeu do
pós-guerra (...) em função do alto custo das mudanças para ambos os lados (...)
o campo de batalha da Guerra Fria foi deslocado para a Ásia e o Oriente
Médio." ( Adaptado de Robert O. Paxton, "Europe in the
20th Century", p. 557-8.)
Considerando o texto apresentado,
a) - cite 2 (dois) exemplos de
conflitos asiáticos que exemplifiquem o deslocamento das maiores tensões da
Guerra Fria para a Ásia e o Oriente Médio;
b) - explique de que forma ou a
partir de que mecanismo foram mantidas, no continente europeu, as respectivas
áreas de influência das duas principais potências durante a Guerra Fria.
19. (Uerj 2000) Tomando por base o comportamento do
eleitorado no último pleito e o número de sufrágios até agora obtidos pelos
srs. Juscelino e Jango, veremos que os dois pretendentes terão, no máximo, 33%
dos votos depositados nas urnas do dia 3, em todo o País. (...) Há, no entanto,
outra circunstância que compromete seriamente a situação eleitoral dos dois
candidatos - e é que eles só atingiram aquela porcentagem porque receberam os
votos proclamados, ostensivos, negociados do Partido Comunista. (...)
Parece-nos que o Estado-Maior considera o Partido Comunista uma organização
perigosa e subversiva ligada ao movimento internacional revolucionário dirigido
pela União Soviética.
(OLIVEIRA, Rafael Corrêa de. "O
Estado de São Paulo", 11/10/55.
Apud CARONE, Edgard. "A Quarta República" (1945-7964). São Paulo: Difei, 1980.)
Isso é o que não nos podem perdoar;
que aqui, sob seu nariz, façamos uma revolução socialista.
(Declaração de Fidel Castro em 16 de
abril de 1961. Apud THOMAS, H.
"Cuba, Ia lucha por Ia libertad". Barcelona: Edições Grijalbo, 1974.)
A década de 50 caracterizou-se, na
América Latina, pelo crescimento do anticomunismo entre os setores políticos
conservadores e entre parcela considerável dos militares, clima que se
aprofundou com a declaração de Fidel Castro citada acima. No Brasil, a posse de
Juscelino Kubitschek já fora contestado por um tipo de reação que muitas vezes
identificava posturas nacionalistas ou reformistas com o comunismo.
a) Relacione o cenário internacional
à conjuntura política brasileira na década de 1950, marcado pelos antagonismos
entre nacionalistas/reformistas e conservadores/ anticomunistas.
b) Identifique duas características
da estrutura econômica vigente em Cuba, antes da Revolução de 1959, combatidas
pelos revolucionários de Fidel Castro.
20. (Ufrj 1999) "O dinamismo da economia capitalista
derivou, assim, da interação de dois processos: de um lado, a inovação técnica
- a qual se traduz em elevação da produtividade e em redução da demanda de mão
de obra -, de outro, a expansão do mercado - que cresce junto com a massa dos
salários. O peso do primeiro desses fatores (a inovação técnica) depende da
ação dos empresários em seus esforços de maximização de lucros, ao passo que o
peso do segundo (a expansão do mercado) reflete a pressão das forças sociais
que lutam pela elevação de seus salários.
O processo atual de globalização a
que assistimos desarticula a ação sincrônica dessas forças que garantiram no
passado o dinamismo dos sistemas econômicos nacionais. Quanto mais as empresas
se globalizam, quanto mais escapam da ação reguladora do Estado, mais tendem a
se apoiar nos mercados externos para crescer. Ao mesmo tempo, as iniciativas
dos empresários tendem a fugir do controle das instâncias políticas. Voltamos
assim ao modelo do capitalismo original, cuja dinâmica se baseava nas
exportações e nos investimentos no estrangeiro. (...) Já não existe o
equilíbrio garantido no passado pela ação reguladora do poder público. Disso
resulta a baixa da participação dos assalariados na renda nacional de todos os
países, independentemente das taxas de crescimento.(Furtado, Celso. O
CAPITALISMO GLOBAL. São Paulo: Paz e Terra, 1998. P.29)
a) Em nosso século, a "ação
reguladora do poder público", a que se refere o autor, teve origem, no
entre-guerras (1919-1939), período marcado por graves problemas econômicos e
sociais que determinaram intensas mudanças no perfil dos Estados Liberais.
Cite duas medidas governamentais que,
nos Estados Unidos da América, visaram a minorar os efeitos da crise de 1929 no
campo das relações entre capital e trabalho.
b) Pode-se identificar o período que
se estende do final da Segunda Guerra Mundial até meados da década de 1970 como
os anos dourados do capitalismo mundial, época em que se atingiu o auge da
interação entre as inovações técnicas e a expansão do mercado a que se refere
Celso Furtado. Esta foi também a época do chamado Estado do Bem-Estar Social.
Relacione o Estado do Bem-Estar
Social ao contexto da Guerra Fria.
GABARITO:
Resposta da questão 1:
a) A “chamada Guerra Fria”. Esta questão pode
ser analisada sob diferentes óticas: uma delas, mais tradicional, na qual se
expõem as características do período: a divisão do mundo em áreas de
influência, comunista e capitalista, a corrida armamentista, a corrida espacial
e o terror nuclear. Estas questões, devem ser necessariamente tocadas; há
versões mais recentes que procuram “revisar” a ideia de “Guerra Fria” ou ao
menos relativizá-la, pois além de se considerar as nuances que, de certo modo,
contrariam aquela de um mundo em preto e branco (por exemplo nunca cessaram
relações comerciais entre EUA e URSS) também consideram-na uma perspectiva
etnocêntrica, pois considera apenas a ausência de “guerras quentes” entre os
países centrais, quando na periferia estas continuam a ocorrer inclusive sob a
influência das duas potências nucleares. Aqui o candidato pode optar por uma ou
outra visão, mas cuidando para manter a fundamentação e a coerência da
argumentação desenvolvida.
b) A resposta pode ser articulada em
torno da questão das relações entre revolução industrial – desenvolvimento
científico produzindo tecnologias. A distinção entre ciência (conhecimento) e a
tecnologia (produção de artefatos) é fundamental. No que toca à questão do
poder, a ascensão da burguesia como novo ator social no mundo contemporâneo,
mas também é fundamental destacar as transformações ocorridas no equilíbrio de
poder mundial a partir do desenvolvimento científico e técnico, no caso em
tela, e mesmo como, caso limite, o domínio do conhecimento sobre a energia
nuclear criou o mundo contemporâneo, diferente de tudo o que havia antes.
Resposta da questão 2:
O candidato deverá citar duas das seguintes
razões: os EUA e a URSS buscaram ampliar sua influência política na África
agregando novos aliados aos seus respectivos blocos de poder durante a Guerra
Fria; os novos Estados nacionais africanos, surgidos do movimento de
descolonização, ao buscar aliados políticos internacionais para viabilizar os
seus respectivos projetos nacionais aproximaram-se da URSS e dos EUA; o
continente africano foi alvo de intensas disputas político-militares entre EUA
e URSS durante a Guerra Fria em razão de interesses geopolíticos e econômicos.
Comentário:
As duas grandes potências que
emergiram do pós Segunda Guerra adotaram uma política imperialista e procuraram
cooptar as nações africanas que acabavam de conquistar a independência e
pretendiam se livrar por completo da influência de suas antigas metrópoles.
Resposta da questão 3:
a) Espera-se que o candidato discorra sobre
alguns dos seguintes tópicos:
- Interferência norte-americana nos assuntos internos de Cuba (“Emenda
Platt”);
- Ditadura de Fulgêncio Batista;
- Desigualdade social;
- Guerra Fria.
b) Espera-se que o candidato possa
assinalar a ambiguidade de um presidente eleito pela sigla direitista UDN e, ao
mesmo tempo, ter condecorado Che Guevara.
Comentários:
a) A Revolução Cubana foi o principal
acontecimento da “Guerra Fria na América Latina”, pois introduziu no país o
modelo soviético e transformou-se em modelo para outras nações da região, com
condições socioeconômicas similares. Apoiou-se inicialmente na luta contra a
ditadura de Fulgêncio Batista, apoiada até então pelos Estados Unidos. A
concentração fundiária no campo e de capitais nas atividades urbanas, com o
predomínio de empresas estadunidenses, foi responsável por grande pobreza e por
forte sentimento contrário aos Estados Unidos.
b) Apesar de Jânio ter sido eleito
por um partido conservador, anticomunista e claramente pró Estados Unidos, a
UDN, procurou adotar uma política externa pragmática, não influenciada pela
Guerra Fria e pelos interesses mais imediatos estadunidenses, numa tentativa de
reformar a soberania do país e de ampliar seu apoio junto ao povo a partir de
um discurso nacionalista.
Resposta da questão 4:
Identificam-se os países e as regiões
avançados durante o século XIX como aqueles que desenvolveram intensos processos
de expansão e crescimento econômico, acompanhados pelo fortalecimento das
instituições do Estado e sua relação com a cidadania. As características
básicas, segundo Hobsbawm são:
a) um Estado nacional homogêneo,
capaz de impulsionar o desenvolvimento econômico; a organização social e
política representativa, do tipo Liberal-Democrática; fortes noções de
cidadania que têm relação direta com as instituições do governo nacional; um
Estado soberano.
b) O mundo avançado se destacou por
altos índices de crescimento comercial, pela expansão industrial, pelo rápido
crescimento populacional e pelo desenvolvimento de grandes centros urbanos.
Este crescimento foi acompanhado pela democratização do acesso à educação
básica. O continente que se destacou como centro do processo de desenvolvimento
capitalista no século XIX foi a Europa.
c) Entre os países, se destacaram
como sendo pertencentes ao primeiro mundo: a Bélgica, a Grã- Bretanha, a
França, a Alemanha, a Holanda e a Suíça.
Resposta da questão 5:
a) O muro de Berlim foi construído no ano de
1961, no contexto da Guerra Fria, caracterizada pela bipolarização política,
ideológica e militar entre os blocos socialista e capitalista, liderados pela
URSS e pelos EUA respectivamente. Após um primeiro momento de tensão envolvendo
a Alemanha, em 1948, com o bloqueio terrestre imposto pelo governo soviético à
cidade de Berlim, foram instituídas no ano seguinte as duas Alemanhas, a
ocidental – República Federal da Alemanha – e a oriental – República Democrática
Alemã.
Em agosto de 1961, foi construído o
Muro de Berlim, que separou concretamente os dois lados da cidade (incrustada
na parte soviética) e se tornou símbolo da separação alemã e da Guerra Fria.
b) O candidato poderá identificar
dois entre os seguintes aspectos:
- atraídos pelas possibilidades de
trabalho e enriquecimento nos EUA, milhares de pessoas tentam cruzar a
fronteira dos EUA com o México (muitas fábricas norte-americanas, conhecidas
como “maquiladoras”, instalaram-se nos últimos anos na fronteira com o objetivo
de utilizar a mão de obra barata oferecida pelos mexicanos que se concentram no
norte do país); estes imigrantes ao cruzar a fronteira podem enfrentar inúmeros
problemas como prisões, conflitos com fazendeiros, fome ou afogamento.
- a população de imigrantes sem
documentação que mora e trabalha nos Estados Unidos vem crescendo,
regularmente, desde a Reforma de Imigração e o Ato de Controle (IRCA) de 1986;
esta legislação gerou um maior controle nas fronteiras e a imposição de penalidades
contra aqueles que empregam pessoas sem documentação.
- com o reforço da fronteira
californiana, a tensão maior encontra-se atualmente na fronteira do Arizona,
para onde os imigrantes mexicanos passaram a ir devido ao menor controle; na
falta de policiamento desta fronteira, os fazendeiros da região assumiram este
papel, provocando o aumento da violência e das tensões.
É ao longo desta fronteira que existe
um muro intercalado com trechos de arame farpado controlado pela guarda da
fronteira norte-americana e por sistemas eletrônicos, com o objetivo de impedir
a entrada de imigrantes ilegais nos EUA. Em 2006, foi aprovada a ampliação
desse muro, o que tem gerado protestos por parte de organizações não
governamentais e de defensores dos direitos humanos.
- a fronteira é também um lugar de
tensão devido ao tráfico de drogas e armas.
- As diferenças culturais e
linguísticas também provocam o aumento de tensões étnicas e culturais na
fronteira.
Resposta da questão 6:
Os dois países asiáticos com os quais os
Estados Unidos estavam diretamente envolvidos em conflito armado são a Coreia
do Norte (1950) e o Vietnam (1964). Em 1950, poucos meses depois da vitória de
Mao Tse Tung na China, os Estados Unidos (liderando uma força militar das
Nações Unidas) enviou tropas à Coreia do Sul depois que a Coreia do Norte
passou o paralelo que dividia os dois países. O conflito rapidamente se
expandiu para guerra envolvendo além dos Estados Unidos, as Nações Unidas, a
Coreia do Norte, a Coreia do Sul e a China. A Guerra da Coreia só terminou
quando os Estados Unidos e a Coreia do Norte assinaram um acordo de paz em
1953.
Depois de as tropas do Ho Chi Minh
derrotarem a França no Vietnam em 1954, paulatinamente os Estados Unidos
iniciaram sua intervenção naquele país, enviando cada vez maior número de
tropas. O conflito inspirou um massivo movimento pela paz nos Estados Unidos,
mas a guerra só terminou em abril de 1975 quando as tropas norte-vietnamitas
tomaram Saigon (antiga capital do Vietnam do Sul). Em ambos os casos, a razão
oferecida pelos Estados Unidos era a de deter o avanço do comunismo no mundo.
Os três países da África de língua portuguesa que iniciaram lutas de libertação
nacional na década de 1960 foram Angola (1961), Guiné Bissau (1963) e
Moçambique (1964). Todos lutaram contra a dominação colonial portuguesa e só
terminaram em 1974, com a Revolução dos Cravos em Portugal. A invasão da Baía
dos Porcos (Cuba) foi uma operação militar organizada pelo serviço secreto
norte-americano – CIA, em abril de 1961.
Armando refugiados cubanos, o governo
de John F. Kennedy tentou derrubar o governo de Fidel Castro, que rapidamente
se identificava com os países socialistas e com os movimentos de libertação
nacional na África e na América Latina. Mais uma vez a justificativa
apresentada pelos Estados Unidos para a ação foi a de deter o avanço do
comunismo.
Resposta da questão 7:
a) Espera-se que o candidato aborde:
- Competição entre EUA e URSS pelo domínio espacial;
- Guerra Fria.
b) Espera-se que o candidato aborde:
- Indústria Cultural;
- Cultura pop;
- Desenvolvimento dos meios de comunicação e de novas linguagens
midiáticas.
Comentário:
a) A “conquista do espaço” envolveu
uma disputa entre Estados Unidos e União Soviética no contexto da Guerra Fria,
como forma de demonstrar a superioridade tecnológica e como parte de um
programa de desenvolvimento da indústria bélica.
b) Michel Jackson pode ser visto como
fenômeno de globalização menos por sua música, tipicamente americana, mas
principalmente pelo alcance internacional de seu sucesso. Esse sucesso foi
possível em grande parte pela eliminação de barreiras e pelo desenvolvimento
dos meios de comunicação (possível a diversos artistas e não apenas à
Jackson).
Resposta da questão 8:
a) Durante a Segunda Guerra Mundial, com a
derrota da França na primeira fase da Guerra, o Vietnã que era um domínio
colonial francês foi ocupado pelo Japão. Quando a guerra terminou, a França
tentou restabelecer o controle, mas não conseguiu. Os franceses foram
derrotados pelo Viet Minh na Batalha de Dien Bien Phu, em 1954 na primeira
guerra da Indochina, mesmo com ajuda dos EUA. Na Conferência de Genebra o Vietnã
foi dividido em dois países separados, conhecidos como Vietnã do Norte e Vietnã
do Sul.
b) Durante a Guerra Fria, o norte
tinha o apoio da China e da União Soviética, enquanto o sul era
"apoiado" pelos EUA. Em 1965, os Estados Unidos enviaram tropas para
impedir o governo do Vietnã do Sul de entrar em colapso completo devido as ações do Vietcong (exército comunista no sul) apoiado pelo
norte para derrubar o governo do corrupto Ngo Dinh Diem. Os Estados Unidos
pretendiam evitar a invasão do Norte e a unificação do Vietnã sob o regime
comunista.
Resposta da questão 9:
a) O capitalismo de um lado e o socialismo de
outro.
b) As fugas e transferências da
população alemã oriental para a Alemanha Ocidental, por meio de Berlim (quase 3
milhões de pessoas até 1961), em função do autoritarismo, de privações
econômicas etc.
Resposta da questão 10:
a) Entre outros acontecimentos, o aluno pode
citar:
- A proclamação da Doutrina Truman e
a elaboração do Plano Marshall, em 1947;
- A divisão da Alemanha em dois
países, em 1949;
- A criação da OTAN, em 1949
- A Guerra da Coréia, entre
1950-1953;
- A Guerra do Suez, em 1956;
- A crise dos mísseis, em Cuba, em
1962.
b) Entre outras características, o
aluno pode apresentar:
- A bipolaridade das relações
internacionais, caracterizado pela divisa do mundo em dois blocos: áreas sob
influência da URSS e áreas sob influências dos EUA;
- A corrida armamentista, baseada
especialmente na aplicação da tecnologia nuclear na indústria bélica;
- A corrida espacial;
- A polarização ideológica expressa,
por um lado, em imagens e valores de depreciação da sociedade comunista ou da
sociedade capitalista; e por outro lado, na repressão política aos inimigos
internos.
Resposta da questão 11:
a) Relacionar a Declaração Universal de
Direitos Humanos às reações causadas pelas experiências vividas durante os
regimes nazi-fascistas (racismo; intolerância política; genocídio; campos de
concentração, etc.)
b) Identificar o exemplo histórico da
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão elaborada na França, em 1789, no
contexto da Revolução Francesa.
Resposta da questão 12:
a) Foram denunciados os crimes cometidos por
Stalin, os métodos de eliminação dos adversários e a amplitude da repressão
desde 1935. Nesse período, foi reduzido o poder da polícia, permitida a
reabilitação de inúmeros presos políticos e foram fechados vários campos de
trabalho forçado. Foi condenado também o culto à personalidade.
b) A tentativa de liberalizar o
regime soviético facilitou o contato com o Ocidente, quando Kruschev propôs aos
Estados Unidos uma política de coexistência pacífica, única saída capaz de
evitar um confronto entre as duas potências. Em 1959, Kruschev, atendendo ao
convite do presidente americano Eisenhower, visitou os Estados Unidos para
discutir a proposta de coexistência pacífica. Ao mesmo tempo, era marcada em
Paris uma conferência para discutir a política internacional de desarmamento.
No entanto, a queda de um avião norte-americano em missão de espionagem,
abatido no espaço aéreo da União Soviética, impediu qualquer acordo entre os
dois países, marcando o reinício das hostilidades entre as potências.
Resposta da questão 13:
a) Guerra Fria e/ou processos correlatos como
o elemento da conjuntura internacional que contribuiu para a Guerra do Vietnã.
b) Um dos seguintes princípios da
Doutrina Bush: o direito que os EUA se reservam de atacar preventivamente os
Estados que ameacem a sua segurança e/ou a de seus aliados; o direito de, ao
decidir realizar ataques preventivos, dispensar a consulta ou aprovação dos
organismos multilaterais (ONU, Comunidade Europeia, OEA etc); o combate
intermitente ao terrorismo, entendido como ameaça ao Estado norte-americano
e/ou aliados.
Resposta da questão 14:
Os movimentos de inspiração marxista MPLA
(Movimento pela Libertação de Angola) e Frelimo (Frente de Libertação de
Moçambique)
Resposta da questão 15:
Ambos os blocos se estruturavam em função da
manutenção de seus respectivos sistemas e ideários políticos, para o que
desenvolveram aparatos militares e geoestratégicos.
Resposta da questão 16:
a) A Guerra Fria foi um momento de tensão e
hostilidade fundamental e permanente entre a URSS e os EUA, que, através de uma
disputa ideológica, buscavam a liderança na nova ordem internacional,
estabelecida após a Segunda Guerra Mundial.
b) A fracassada invasão da Baía dos
Porcos, em Cuba, com o objetivo de derrubar o regime de Fidel Castro, em abril
de 1961 e a "Crise dos Misses" de 1962, envolvendo Cuba, Estados
Unidos e União Soviética, ilustram a inclusão do continente americano na Guerra
Fria e caracterizam a preocupação dos Estados Unidos com a propagação do
socialismo e a ameaça à sua hegemonia no continente.
Resposta da questão 17:
A reconstrução da Europa Ocidental após a
Segunda Guerra Mundial, ocorreu sob a influência da Guerra Fria que suplantava
as rivalidades anteriores através da bipolarização do mundo entre capitalismo e
socialismo. Assim sendo, tornava-se necessária a reconstrução que neutralizasse
eventuais rivalidades, levasse ao fortalecimento econômico das nações e
afastasse o fantasma do comunismo. Daí, a integração consagrada com a criação
da Comunidade Econômica Europeia (CEE) em 1957 com o apoio dos Estados Unidos
consolidando-se o capitalismo. Formava-se também o embrião da atual União Europeia,
cuja formação atende as novas necessidades criadas às nações europeias com o
advento da globalização a partir da década de 90 do século XX. Contudo, Não podemos esquecer que o processo de
integração iniciou-se antes. Em 1951, a ampliação da BENELUX teve como
resultado a criação da CECA (Comunidade europeia do carvão e do aço) e além da
influência da guerra fria havia uma preocupação em manter a produção
siderúrgica sobre controle, evitando as rivalidades franco-germânicas que
haviam levado o mundo às duas guerras.
Resposta da questão 18:
a) 1 - A Guerra da Coréia, 1950-53.
2 - O início da escalada americana no
Vietnã, 1960; com a guerra se estendendo até 1972.
b) Foram adotadas políticas de
cooperação econômica e alianças militares tais como:
- o Plano Marshall
- Conselho de Assistência Econômica
Mútua, COMECON.
- Comunidade Econômica Europeia, CEE.
- o Pacto de Varsóvia
- Organização do Tratado do Atlântico
Norte, OTAN.
Resposta da questão 19:
a) A bipolarização político-ideológica entre
EUA e URSS estabeleceu uma disputa entre as democracias liberais e o modelo
socialista soviético. No Brasil, este embate se evidenciou na discussão em
torno do monopólio estatal sobre o petróleo e da abertura econômica ao capital
estrangeiro na constante redefinição dos perfis partidários e na polarização em
face da ampliação ou não da política trabalhista.
b) Duas dentre as características:
. concentração da propriedade, seja
rural, seja urbana.
. dependência para com o capital
estrangeiro, principalmente norte-americano
. propriedade norte-americana da
maior parte das grandes usinas açucareiras cubanas
. propriedade estrangeira da maior
parte das atividades econômicas cubanas.
Resposta da questão 20:
a) São medidas; planificação regional em
grande escala, que se traduziu em realização de obras públicas, construção de
complexos industriais, obras de irrigação, medidas contra a erosão, todas elas
visando diminuir o desemprego; fixação de salário mínimo e de jornada de
trabalho máxima; reconhecimento do direito de greve e da liberdade de
organização e negociação dos trabalhadores.
b) A existência do bloco socialista
foi um dos fatores que motivou os governos dos países capitalistas avançados a
assumir como legítimos direitos sociais estranhos ao ideário liberal
(democratização dos sistemas de saúde e educação, da seguridade social,
preservação do poder aquisitivo das classes trabalhadoras, direitos
trabalhistas, etc.).
Bibliografia:
Como Começou a Guerra Fria-Autor: Knight, Amy-Editora: Record
Da Guerra Fria À Crise -Autor: Vizentini, Paulo G. Fagundes -Editora: Empório do Livro
Bibliografia:
Como Começou a Guerra Fria-Autor: Knight, Amy-Editora: Record
Da Guerra Fria À Crise -Autor: Vizentini, Paulo G. Fagundes -Editora: Empório do Livro
Rumo a uma Nova Guerra Fria - Política dos EUA , do
Vietnã a Reagan - Autor: Chomsky, Noam
Editora: Record
http://tachistoriaudla.wordpress.com/
http://www.prolog-berlin.com/pt/berlim-historia.htm
http://veja.abril.com.br/historia/crise-dos-misseis/especial-capa-eua-urss.shtml
http://www.une.org.br/2011/08/bibliografia/
D’ARAÚJO, Maria Celina, SOARES, Gláucio Ary Dillon e CASTRO, Celso (org.)-Os Anos de Chumbo: A Memória Militar sobre a Repressão-Rio de Janeiro, Relume-Dumará, 1994
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Editora: Record
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http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12822
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_907.html
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