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agosto 31, 2012

Geografia-Agentes formadores dos relevos-Relevo- 1003-1023-1027-1028-1040


Geografia-A Formação  rochosa da Terra:( turmas-1003-1023-1027-1028-1040

Introdução
O nosso planeta Terra está , sob uma cobertura de detritos, solo, vegetação, água e gelo, ocorrem materiais sólidos denominados rochas.  Rochedos, encostas de morros, cortes de estradas ou ilhas estéreis, constituem afloramentos de rochas, perfazendo 3% da superfície dos continentes.

 Rochas são definidas como quaisquer agregados naturais sólidos, compostos de um ou mais minerais, e constituem parte essencial da crosta terrestre.
As rochas são estudadas em diferentes níveis de observação (afloramentos, amostras de mão e diversos tipos de lâminas) e sob vários aspectos. Os trabalhos de campo visam determinar os tipos litológicos presentes, a forma dos corpos rochosos, as variações estruturais, texturais e mineralógicas que ocorrem no sentido horizontal e vertical. Algumas destas feições são  aprofundadas pelo estudo das amostras de mão, à partir das quais são feitas as lâminas estudadas ao microscópio com luz refletida ou transmitida. O exame microscópico é dedicado principalmente à correta identificação dos minerais constituintes das rocha, viabilizando a sua classificação e elucidando suas relações mútuas, permitindo determinar muitos aspectos evolutivos da rocha. Somam-se a isto os estudos químicos e mineralógicos, pela análise de seus elementos principais e traços, visando caracterizar grupos litológicos, as relações entre diversos grupos litológicos e aspectos genéticos.
Denomina-se estrutura o aspecto geral externo da rocha, que pode ser maciço, orientado, com cavidades, etc. Já a  textura, se revela por meio da observação mais detalhada do tamanho, forma e relacionamento entre os cristais ou grãos constituintes da rocha.

   Classificação genética

Baseando-se em critérios genéticos, ou seja, como é seu modo de formação na natureza, a maioria das rochas podem ser classificadas em 3 grandes grupos:
1)Rochas Magmáticas, Eruptivas ou Ígneas - São aquelas resultantes da consolidação do magma (material ígneo que está no interior do globo terrestre). Quando a consolidação do magma ocorre em subsuperfície formam-se rochas plutônicas. Ex.: Granito. Quando ocorre em superfície (lava vulcânica) formam-se rochas magmáticas extrusivas. Ex.: Basalto.

Para reconhecer uma rocha intrusiva ou extrusiva é necessário avaliar a sua textura. O resfriamento dos magmas intrusivos é lento, dando tempo para que os minerais em formação cresçam o suficiente para serem facilmente visíveis. Já nos magmas extrusivos, o resfriamento é muito mais rápido e não há tempo suficiente para os cristais crescerem muito.

As rochas ígneas escuras são mais ricas em minerais contendo magnésio e ferro (daí o nome máfico), enquanto que as rochas ígneas claras são mais ricas em silício e alumínio.

2)Rochas Sedimentares - Resultam da deposição de detritos de outras rochas (magmáticas ou metamórficas), ou do acúmulo de detritos orgânicos ou ainda, da precipitação química. Ex.: Arenito, Calcário, etc.

Quando a rocha sedimentar é constituída de partículas preexistentes, pode ser classificada como clástica. O processo geológico que une as partículas é denominado litificação ou diagênese, e compreende uma combinação entre os processos de compactação e cimentação.
As rochas sedimentares clásticas são classificadas de acordo com o tamanho de suas partículas, sendo facilmente reconhecidas pela sequência de camadas horizontais em espessuras variáveis.
3) Metamórficas - Resultam da transformação de outras rochas preexistentes, agora, sob novas condições de temperatura e pressão. Ex.: Mármore, Gnaisse, etc.
O metamorfismo regional ocorre em grandes extensões da superfície do globo terrestre, em consequência de eventos geológicos de grande porte como, por exemplo, na edificação de cadeias de montanhas.
Muitas rochas metamórficas são reconhecidas graças à sua estrutura (foliação), ou seja, orientação preferencial dos minerais placóides, bem como à sua estrutura de camadas dobradas, estas, devido a deformações que acompanham o metamorfismo regional.
O metamorfismo local restringe-se a domínios de terrenos que variam entre centímetros e dezenas de metros de extensão.
 

O Ciclo das Rochas

As rochas terrestres não constituem massas estáticas. Elas fazem parte de um planeta cheio de dinâmica (variações de temperatura e pressão, abalos sísmicos e movimentos tectônicos). Da mesma forma, as atividades de intemperismo causam constantes alterações sobre as rochas.
As rochas ígneas superficiais da Terra (A) sofrem constante intemperismo, e lentamente reduzem-se em fragmentos (B), incluindo tanto os detritos sólidos da rocha original como os novos minerais formados durante o intemperismo. Os agentes de transporte redistribuem o material fragmentado sobre a superfície, depositando-o como sedimentos, que se transformam em rochas sedimentares (C). Estas, por aumento de pressão e temperatura geram as rochas metamórficas (D). Aumentando a pressão e a temperatura até determinado ponto, ocorrerá fusão parcial e novamente a possibilidade de formação de uma nova rocha ígnea (E), dando-se início a um novo ciclo.

AGENTES  INTERNOS  E  EXTERNOS  FORMADORES  DO  RELEVO

1)Agentes internos


As falhas “Quando essas forças são exercidas verticalmente sobre as camadas de rochas resistentes e de pouca plasticidade, os blocos continentais podem fraturar-se, deslocar-se, sofrer levantamentos ou abaixamentos...

As falhas

“Quando essas forças são exercidas verticalmente sobre as camadas de rochas resistentes e de pouca plasticidade, os blocos continentais podem fraturar-se, deslocar-se, sofrer levantamentos ou abaixamentos constituindo as falhas, ou seja, as diversas rupturas e desnivelamentos das camadas do relevo. Esses movimento. verticais são chamados de epirogênicos”.


As dobras       

“Quando as pressões são exercidas de forma horizontal sobre as camadas de rochas mais elásticas, provocam o encurvamento das camadas rochosas, os dobramentos ou dobras, podendo formar montanhas e cordilheiras. Os movimentos horizontais são chamados de orogenéticos. Uma dobra é formada de duas partes: a côncava ou sinclinal e a convexa ou anticlinal”

a)Vulcanismo

“É o processo pelo qual o magma flui do ipedloucura da Terra até a crosta terrestre. Abrange os vulcões e as intrusões magmáticas (penetração do magma em rochas da crosta terrestre e sua solidificação em virtude das menores temperatura, na superfície da Terra): batólito, lacólito, dique, sill e neque”.


Ilhas oceânicas

“Os assoalhos oceânicos, especialmente as áreas ocupadas pelas dorsais submarinas, concentram a maior parte dos vulcões do globo. Milhares de ilhas oceânicas formaram-se a partir de atividade vulcânica. A principal região vulcânica da Terra é o anel de dobramentos que cerca o Oceano Pacífico, o Círculo de Fogo do Pacífico. Nesse anel, que inclui todo o ocidente da américa, de um lado, e os limites da Ásia Oriental (especialmente o Japão) e da Oceania, de outro, encontram-se perto de três quartos dos vulcões ativos do mundo”

Os vulcões são comuns em zonas de encontro das placas tectônicas. Existem , no planeta, duas áreas onde se concentram: uma é a região do Círculo de Fogo do Pacífico (da Cordilheira dos Andes às Filipinas); a outra, o Círculo de Fogo do Atlântico (da América Central, passando pelas Antilhas, até Açores e Cabo Verde).

Quando um vulcão entra em erupção, ele expele lavas, gases e material piroclástico. Lava é a massa de rocha fundida à temperatura média de 600 a 1000ºC. A emissão de gases é uma forma encontrada pela natureza para aliviar as fortes pressões internas. O material piroclástico compõem-se de fragmentos de rochas lançados a centenas de metros de altura. Principais tipos:

- Cinzas: de aspecto arenoso, podem permanecer suspensas na atmosfera por longo tempo. Ao depositarem-se sobre a superfície terrestre, tornam o solo muito fértil.

- Lapílis: fragmentos de lava que podem chegar à superfície na forma sólida ou pastosa.

- Bombas vulcânicas: grandes blocos de lava que solidificam no ar.


b)Abalos Sísmicos

São movimentos vibratórios provocados pelos desmoronamentos internos da crosta terrestre e propagam-se em todas as direções em forma de ondas sísmicas, que chegam à superfície e podem ser registradas pelos sismógrafos.

Nos últimos anos, os cientistas voltaram sua atenção para localidades assoladas por terremotos que causaram grandes danos materiais, além de numerosas vítimas. Terremotos ou sismos são catástrofes naturais ante as quais não se tem defesa ou proteção.

O ponto do interior da Terra onde se origina o terremoto denomina-se hipocentro ou foco, e o ponto na superfície terrestre onde ele alcança maior intensidade, epicentro.

Se o epicentro estiver no fundo do mar, forma-se um tsunami, nome japonês dado às ondas gigantescas (maremotos), que chegam a atingir 30 metros de altura, propagando-se a grandes velocidades e arrasando zonas litorâneas. Esses fenômenos são frequentes na costa asiática do Pacífico.

No decorrer de um ano, registram-se milhões de abalos sísmicos; aproximadamente 5.000 são percebidos pelo homem. Os efeitos dos tremores são variados: abrem fraturas no solo, desviam as correntezas dos rios, destroem parcial ou totalmente cidades, contorcem as vias férreas. No entanto, o efeito mais terrível é a perda de vidas humanas.

No Brasil os terremotos são raros em razão de o país estar localizado no centro de uma grande placa tectônica e os abalos ocorrerem nos limites das placas.

A intensidade de um terremoto é medida por uma escala numérica crescente. A mais utilizada é a escala de Richter, com graus de intensidade que variam de 1 a 9. Do ponto de vista científico, um ponto na escala Richter é imperceptível, não causando danos nem é sentido, entretanto a intensidade de 9 graus pode provocar uma catástrofe sem precedentes.

Foco e epicentro



O local abaixo da crosta onde o terremoto é produzido chama-se foco, e o ponto sobre a superfície, vertical ao foco, é o epicentro. Segundo Popp, “vibrações menores da superfície da Terra são ocasionadas por desmoronamento do teto de cavernas, especialmente nas regiões calcárias. Pequenas vibrações são sentidas também nas regiões situadas próximo de barragens que sofreram represamento recente das águas. A exploração da água subterrânea em regiões sedimentares também tem provocado novas acomodações superficiais, notadamente onde se processa um abaixamento do lençol freático”.

Causas:

Desmoronamentos internos.

Erupções vulcânicas.

Tectônicas: é nas bordas das placas tectônicas que ocorrem os maiores e mais violentos terremotos


c) Tectonismo


O movimento das placas tectônicas traz, em sua dinâmica, resultados que podem ser observados na superfície. Os terremotos, o vulcanismo, as rochas dobradas e falhadas são exemplos claros de que toda a crosta esteve submetida a tais esforços e que eles continuam atuando até os dias de hoje. Esses movimentos são denominados tectônicos e são classificados em dois tipos:

1. Orogênese – O movimento orogênicos é relativamente rápido e, quando se manifesta, geralmente deforma, dobrando e falhando as camadas rochosas. Os terremotos são os movimentos orogenéticos mais rápidos de que se tem conta. Associados ao vulcanismo, correspondem a sinais anteriores ou posteriores de um tectonismo orogenético mais amplo. A orogênese propriamente dita é a elevação de uma vasta área dando origem a grandes cadeias de montanhas. Assim, os terremotos e o vulcanismo andino são sinais posteriores ao levantamento da grande cadeia de montanhas que são os Andes. Ao contrário, o vulcanismo e os sismos da faixa que vai de Java ao Japão são sinais precursores de uma grande cadeia de montanhas que se elevará naquela área.

2. Epirogênese – Os movimentos epirogênicos caracterizam-se por serem lentos, abrangerem áreas continentais e não terem competência para deformar (não produzem falhas ou dobras) as estruturas rochosas. O movimento epirogenético não está associado nem ao vulcanismo, nem aos sismos. Ao contrário, é de ocorrência mais comum em áreas relativamente estáveis da crosta terrestre, sendo característicos das bacias sedimentares intracratônicas. A epirogênese atinge áreas de dimensões continentais formando arqueamentos, intumescências ou abaciamentos de grandes conjuntos montanhosos. Os arqueamentos podem ser maiores num ponto e menores noutros, como podem ser levantamentos num lugar e abaixamentos em outros. A lentidão desses movimentos dificulta o seu conhecimento, carecendo-se também de um ponto de referência fixo que possibilite a mensuração da extensão da epirogênese.


AGENTES EXTERNOS FORMADORES DO RELEVO

AGENTES EXTERNOS

O relevo terrestre encontra-se em permanente evolução, pois os agentes externos trabalham contínua e incessantemente esculturando ou modelando a paisagem terrestre.

Principais agentes externos:

A) Intemperismo – É o conjunto de processos químicos, físicos e biológicos (ação da água, do vento, do calor, do frio e dos seres vivos) que provoca o desgaste e a decomposição das rochas. Podem ser físicos e químicos.

B)Físico – A desintegração e a ruptura das rochas inicialmente em fendas, progredindo para partículas de ipedloucura menores, sem, no entanto, haver mudanças na composição química. Exemplos de processos físicos de meteorização:

a.1)Congelamento da água.

b.2) variação de temperatura.

c.3) Decomposição esferoidal.

d.4)  Esfoliação.

e.5) Destruição orgânica.

B)Químico – Realizam-se em presença da água e dependem da ação de decomposição da água juntamente com o CO2 dissolvido e, em alguns casos, ácidos orgânicos formados pela decomposição de resíduos de vegetais.

 C) Os rios – Em seu curso, os rios escavam leitos, formam vales, destroem e transportam rochas e sedimentos, depositando-os e formando novas feições de relevo, como, por exemplo, as planícies e os deltas.

 D) As geleiras – Chama-se erosão glacial ao trabalho das geleiras. Grandes blocos de gelo movem-se lentamente, por ação da gravidade, causando profundos desgastes nas rochas. Provocam a abertura de vales em forma de “U” ou de “V”, estes últimos conhecidos como fiordes.

 E) Os ventos – Conhecida como erosão eólica, pode tanto construir (acumulação eólica) como destruir uma forma de relevo. A atividade geológica do vento é preponderante, particularmente nas regiões áridas, como os desertos, onde a evaporação é superior às precipitações ou onde a vegetação não se dá por qualquer outro motivo. A erosão eólica processa-se por deflação e corrosão.

F)Deflação – Processo de rebaixamento do terreno, removendo e transportando partículas inconsolidadas.

G)Corrosão – É prouzida pelo impacto das partículas de areia transportadas pelos ventos contra as superfícies das rochas, polindo-as. Efeitos: é maior nas rochas sedimentares, principalmente arenosas e argilosas. Rochas heterogêneas ou irregulares podem sofrer erosão diferencial, o que dá origem a formas curiosas.


FORMAS DE RELEVO

Formas de relevo

As formas de relevo na superfície terrestre são muito variadas, no entanto destacamos quatro principais: planície, planalto, depressão e montanha.

a) Planície

Relevo plano, de poucos declive e altura, a planície corresponde a uma bacia de sedimentação que se acumulou no passado, e continua se acumulando pelos depósitos sedimentares deixados pelos rios, mares e ventos. Essa forma de relevo é encontrada ao longo dos rios, e próximo a lagos e mares, onde o trabalho de erosão é mais intenso. Sua altitude aproximada é de 0 a 200 m acima do nível domar. A planície é o tipo de relevo preferido pelo homem para viver - 96% da população da Terra habitam regiões planas.

b) Planalto

O planalto apresenta relevo de altitudes elevadas, superfície quase plana e altura variada, onde o processo de erosão supera o de sedimentação. Pode surgir entre cadeias montanhosas. Para essa forma de relevo, geralmente se considera um mínimo de 500 m de altitude. As bordas dos planaltos podem apresentar-se sob forma de paredões abruptos (escarpas) ou rampas suaves. No Brasil, os planaltos têm altura modesta.

Muitas culturas, como as dos incas e astecas, se desenvolveram em planaltos. Nas zonas tropicais e equatoriais, o homem busca esse tipo de relevo para sua moradia, pois ali encontra boas condições climáticas determinadas pela altura. São bons exemplos a Cidade do México, a 2.276m, e Quito (Equador), a 2.800m de altitude.

c) Montanha

É uma grande elevação da crosta terrestre. Semelhante a um cone. Montanhas em série formam cadeias ou cordilheiras. As maiores cordilheiras são as dos Andes e do Himalaia. Por sua formação geológica recente, apresentam alturas elevadas e cumes pontiagudos.

As montanhas sempre despertaram o espírito ousado e curioso do homem, que tentou conquistá-las, muitas vezes com esforços sobre humanos. A conquista do Everest, a mais alta montanha da cadeia do Himalaia, com 8.848m de altitude, foi conseguida, pela primeira vez, por Sir Edmund Hillary, 1953.

d) Depressão

Relevo situado abaixo do nível do mar ou de terras circundantes. As depressões podem ser relativas ou absolutas. Consideram-se depressões absolutas as áreas continentais abaixo do nível do mar. As relativas encontram-se acima do nível do mar, porém a uma altura inferior à da superfície vizinha.



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