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agosto 30, 2012

CURIOSIDADES SOBRE A REVOLUÇÃO FRANCESA:


CURIOSIDADES SOBRE A REVOLUÇAO
Wolfgang Amadeus Mozart é considerado por muitos como o melhor músico de todos os tempos. Ele foi revolucionário em muitos sentidos. Uma de suas conquistas mais importantes foi no terreno da ópera. Antes de Mozart, a ópera era considerada uma arte exclusiva das classes superiores. Mas não somente por quem assistia a sua representação, como também por seus dramatis personae - os personagens que saem à cena - e, em particular, pelos protagonistas. Com As bodas de Fígaro(Le Nozze di Fígaro, seu título original em italiano) tudo isto muda. Esta é a história de um criado que se rebela contra o seu patrão e que é mais esperto que o seu amo.
O próprio ponto de partida desta ópera é subversivo. O autor da obra, Beaumarchais, apresentava os aristocratas como tipos degenerados, cheios de luxúria e depravados, algo que, em seu tempo, era considerado perigosamente revolucionário. Com um de seus personagens centrais, o servo Fígaro, atreve-se a afirmar que ele é tão bom quanto o seu amo. Nos anos anteriores à Revolução Francesa, isto era algo completamente subversivo. Tão perigoso o era que Luís XVI foi o primeiro a tentar proibir a obra. Finalmente, foi posta em cena. Sua primeira representação em Paris provocou um tumulto em que três pessoas morreram pisoteadas pela multidão. Este pequeno incidente foi um sinal evidente da fermentação que se estava produzindo na sociedade francesa da época. Somente cinco anos depois a Bastilha foi assaltada. Muitos daqueles ricos patrocinadores das artes que riram e vaiaram, de acordo com suas preferências artísticas e políticas, acabaram na guilhotina. Este é o destino histórico de uma obra que Napoleão depois descreveu como "a revolução em ação".
É natural que sempre exista o perigo de se ler além do que foi escrito nas obras dos anos que levaram à Revolução Francesa ou a qualquer acontecimento semelhante. Mas as implicações são, com segurança, demasiadamente evidentes para serem produtos da simples casualidade. Um grande artista, mesmo quando ele ou ela pouco compreende de política, algumas vezes é capaz de perceber e de sentir um ambiente determinado que esteja se desenvolvendo na sociedade e de lhe dar uma expressão mais profunda e sincera até mesmo antes que os protagonistas do processo histórico o expressem conscientemente. Por seu lado, Mozart não era um revolucionário no sentido político. Mas era um filho de seu tempo, um produto da ilustração que foi capaz de refletir perfeitamente em sua arte o clima geral da época em que viveu. Caiu presa do espírito de rebeldia que se adaptava perfeitamente ao seu temperamento. Isto, por seu lado, não foi casualidade, mas emanava de sua experiência pessoal de vida que lhe deixou um profundo ódio à injustiça e simpatia pelos desvalidos, lutando por seus direitos, pela liberdade ou pela simples dignidade humana.
Mozart tinha tentado democratizar a ópera ao escrever, não em italiano, mas em alemão (Die Entfürung aus dem Serail). Mas a influência do italiano era tão grande (a ópera cômica italiana então estava na moda) que decidiu escrever sua nova ópera em italiano (o idioma original do libreto era em francês). A obra mestra de Beaumarchais, O Barbeiro de Sevilha, já tinha sido convertida em ópera (italiana) e fazia furor. Mozart decidiu continuar com a obra que bem poderia ter se chamado "Fígaro ataca novamente".

Mozart, A Flauta Mágica e Maçonaria

Por esses dias eu tive a ingrata surpresa de ler uma obra literária que classifico como, no mínimo, desconcertante: “A Flauta Mágica – Ópera Maçônica”, de Jacques Chailley (1910-1999). Ingrata sim, pois até então eu julgava que ouvir músicas clássicas era algo “neutro”… quase santificante! Isso serviu para comprovar que “Há um caminho ao homem parece direito, mas o fim são os caminhos da morte.” (Provérbios 14:12 e 16:25).
Jacques Chailley era compositor, regente de coro, musicólogo e teórico – nasceu em Paris, em 1910. Dedicando-se inicialmente à reconstituição e revalorização da música da Idade Média, sua atividade orientou-se progressivamente para o estudo da linguagem musical e de sua evolução, dando assim grande impulso a uma nova disciplina: a Filologia musical. Esta pesquisa teórica permitiu-lhe mostrar que a evolução musical obedece leis, e não ao acaso de certos arroubos individuais. (…) Chailley dedicou-se também a esclarecer a riqueza de significado de algumas obras essenciais da história da música como: “As Paixões” e os Corais para órgão de Bach, “Tristão e Isolda” de Wagner e “O Mandarim Maravilhoso” de Bartók. (…) Estudou o papel desempenhado pela franco-maçonaria em diversas obras capitais dos séculos XVII e XIX (“A Flauta Mágica” de Mozart, “Viagem de Inverno” de Schubert e “Parsifal” de Wagner) e chegou, neste domínio, a importantes descobertas[1].
Devo explicar que o autor da obra, senhor Jacques Chailley, ao que tudo indica, não era sequer protestante. Isso é algo significativo, pois impede que tal obra tenha sido escrito por um “fanático” religioso e, por isso, aumenta a credibilidade das informações ali encontradas. Por exemplo, se fosse eu a escrever tal obra, ela sequer existiria: além de nem entender de música, a poderiam me considerar um tendencioso.
Então, após essa breve introdução, creio que a melhor forma de abordar este assunto é transcrever os trechos da obra que me chamaram a atenção antes mesmo de apresentar quaisquer conclusões. A junção de pedaços e capítulos terminou por formar um texto extenso e de conteúdo bastante técnico, podendo chegar a ser muito cansativo, mas meu objetivo aqui é permitir àqueles que estiverem lendo a possibilidade de que cheguem às suas próprias conclusões… e somente então, após as citações da obra, apresentarei minha diminuta análise. O máximo que farei é destacar (negrito e sublinhado) alguns pontos aqui e acolá no texto…




 

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