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março 26, 2012

SOCIOLOGIA-

Sociologia : 1°ano-Ensino Médio-

Introdução à Sociologia



Disciplina que se distingue das demais ciências sociais pela abrangência de seu objeto, a sociologia busca conhecer, mediante métodos científicos, a totalidade da realidade social como tal, sem proposta de transformação.

Sociologia é a ciência que estuda a natureza, causas e efeitos das relações que se estabelecem entre os indivíduos organizados em sociedade. Assim, o objeto da sociologia são as relações sociais, as transformações por que passam essas relações, como também as estruturas, instituições e costumes que têm origem nelas. A abordagem sociológica das relações entre os indivíduos distingue-se da abordagem biológica, psicológica, econômica e política dessas relações.

Seu interesse focaliza-se no todo das interações sociais e não em apenas um de seus aspectos, cada um dos quais constitui o domínio de uma ciência social específica. As preocupações de ordem normativa são estranhas à sociologia e não lhe cabe a aplicação de soluções para problemas sociais ou a responsabilidade pelas reformas, planejamento ou adoção de medidas que visem à transformação das condições sociais.

Vários obstáculos impediram a constituição da sociologia como ciência, desde que ela surgiu, no século XIX. Entre os mais importantes citam-se a inexistência de terminologia clara e precisa; a tendência a subjetivar os fatos sociais; a multiplicidade de temas de seu interesse e aplicação; as afinidades partilhadas com outras ciências sociais; a dificuldade de experimentação, já que os elementos com que lida são seres humanos; e a proliferação de métodos, técnicas e escolas que tentaram elaborar uma teoria sociológica unificada como instrumento adequado de análise, descrição e interpretação dos fenômenos sociais.

Antecedentes. O interesse pelos fenômenos sociais já existia na Grécia antiga, onde foram estudados pelos sofistas. Os filósofos gregos, porém, não elaboraram uma ciência sociológica autônoma, já que subordinaram os fatos sociais a exigências éticas e didáticas. Assim, a contribuição grega à sociologia foi apenas indireta.

Um pensamento social existiu na Idade Média, mas sob uma forma não-sistemática de raciocínio e análise dos fenômenos sociais, pois se baseava na especulação e não na investigação objetiva dos fatos. Além disso, nesse período anulou-se a distinção entre as leis da natureza e as leis humanas e impôs-se a concepção da ordem natural e social como decorrência da vontade divina, que não seria passível de transformação. Assim, eivado de conotações ideológicas, éticas e religiosas, o pensamento social medieval pouco evoluiu.

As profundas modificações econômicas, sociais e políticas ocorridas na sociedade européia nos séculos XVIII e XIX, em decorrência da revolução industrial, permitiram o surgimento do capitalismo e libertaram pensamento dos dogmas medievais. Assim, as ciências naturais e humanas fizeram rápidos progressos.

Os principais antecedentes da sociologia são a filosofia política, a filosofia da história, as teorias biológicas da evolução e os movimentos pelas reformas sociais e políticas, que ensaiaram um levantamento das condições sociais vigentes na época. Nos primórdios da sociologia, foram mais influentes a filosofia da história e os movimentos reformistas.

Criança selvagem


Crianças selvagens são crianças que logo a partir dos primeiros anos de vida passaram a viver em completo isolamento da sociedade; são crianças que depois de pouco tempo de vida se perdem da sociedade, vivem como animais, não falam e não andam como pessoas normais. Tais histórias se originaram de relatos relativamente comuns no século XVIII, que descreviam crianças encontradas no campo tidas como sobrevivido por circunstâncias especiais, desde os primeiros anos de vida, criadas por animais sem contato com humanos e assim se tornando selvagens.

Uma das referência mais conhecidas provêm do filósofo e estadista franco-suiço Jean-Jacques Rousseau (1712 — 1778) publicada como nota em seu livro Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (Discours sur l'origine et les fondements de l'inégalité parmi les hommes), em 1754.

Nesse livro Rousseau ao referir-se à origem do homem e distinções deste primeiro homem e animais cita os relatos de quatro crianças: um de 1344, uma criança encontrada em Hesse na corte do príncipe Henrique; o de uma criança encontrada entre ursos nas florestas da Lituânia, em 1694 comentado por Condillac (1715 – 1780) que afirmava não que ela apresentava nenhum sinal de razão: ”caminhava com pés e mãos, não possuía nenhuma linguagem e formava sons que nada se assemelhavam aos do homem”; e finalmente o caso do “pequeno selvagem” de Hanôver estudado na Inglaterra; e os dois selvagens dos Pirenéus encontrados em 1719. Todos eles incapazes da postura bípede como comenta



AMALA E KAMALA: as meninas-lobo

Na Índia, onde os casos de meninos-lobo foram relativamente numerosos, descobriram-se em 1920, duas crianças, Amala e Kamala, vivendo no meio de uma família (?) de lobos. A primeira tinha um ano e meio e veio a morrer um ano mais tarde. Kamala, de oito anos de idade, viveu até 1929. Não tinham nada de humano e seu comportamento era exatamente semelhante àquele de seus irmãos lobos.

Elas caminhavam de quatro, apoiando-se sobre os joelhos e cotovelos para os pequenos trajetos e sobre as mãos e os pés para os trajetos longos e rápidos.

Eram incapazes de permanecer em pé. Só se alimentavam de carne crua ou podre. Comiam e bebiam como os animais, lançando a cabeça para a frente e lambendo os líquidos. Na instituição onde foram recolhidas, passavam o dia acabrunhadas e prostradas numa sombra. Eram ativa e ruidosas durante a noite, procurando fugir e uivando como lobos. Nunca choravam ou riam.

Kamala viveu oito anos na instituição que a acolheu, humanizando-se (?) lentamente. Necessitou de seis anos para aprender a andar e, pouco antes de morrer, tinha um vocabulário de apenas cinqüenta palavras. Atitudes afetivas foram aparecendo aos poucos. Chorou pela primeira vez por ocasião da morte de Amala e se apegou lentamente às pessoas que cuidaram dela bem como às outra com as quais conviveu. Sua inteligência permitiu-lhe comunicar-se por gestos, inicialmente, e depois por palavras de um vocabulário rudimentar, aprendendo a executar ordens simples”.

LEYMOND, B. Le development social de l’enfant et del’adolescent. Bruxelles: Dessart, 1965. p 12-14.

 

Meninos selvagens

Não sei se conhecem a história do “menino selvagem de Aveyron”. È uma história frequentemente contada aos meus alunos quando falo sobre a questão epistemológica entre o inato e o adquirido, que dominou o panorama cientifico dos anos 50 no século XX. O “menino selvagem”, segundo nos conta Giddens, apareceu a 9 de Janeiro de 1800, a partir de uns bosques franceses, mais precisamente localizados junto da vila de Saint-Serin, situada no Sul de França. Ninguém declarou ser seu pai, ninguém reclamou ser sua mãe.

O menino andava ereto mas estava despido; exprimindo-se por guinchos, não tinha hábitos de higiene e satisfazia as suas necessidades em qualquer lado. No entanto, era um ser humano entre os onze e os doze anos de idade e após ter sido levado á policia , foi encaminhado para um orfanato. Aí tentou várias vezes a fuga sendo dificilmente capturado. O seu comportamento agressivo fazia em pedaços as roupas que lhe vestiam.
Após esta etapa da sua vida, o menino foi levado para Paris, onde sistematicamente e através de várias tentativas foi “educado” de forma a passar de um estado animal para um estado humano. Esta tarefa só foi parcialmente bem sucedida porque se o menino aprendeu a usar roupas, a vestir-se sozinho e a acatar normas de higiene pessoal, nunca se interessou por brincadeiras ou jogos e nunca falou verbalmente mais do que umas poucas palavras.
As razões para tal comportamento não residiram no fato de o rapaz ser caracterizado por um qualquer atraso mental: apenas não ligava nenhuma á linguagem humana ou mostrava uma incapacidade para dominar o discurso verbal humano, (Giddens: 1997). Após ter feito poucos progressos, o menino feito homem faleceu com cerca de 40 anos de idade em 1828. A sua exposição pública como ilustrativo de uma quimera poderá  tê-lo levado á exaustão.
Infelizmente, ao menino selvagem de Aveyron, não foram aplicados os atuais testes afim de conhecermos se a criança era efetivamente caracterizada por um qualquer problema mental. Contudo, e a par de outros casos de crianças negligenciadas ou maltratadas, pensa-se que existirá um “período crítico” para a aprendizagem da língua e de outras funções complexas humanas. Depois desse período critico, já é difícil a um ser humano dominar completamente essas funções. Por outro lado, a experiência e a falta de estabelecimento de laços sociais e culturais com outros seres humanos ,a que o menino selvagem de Aveyron foi sujeito, provocaram-lhe um dano psicológico que o impediu de dominar situações e comportamentos que a maior parte das crianças efetuam muito cedo.
O caso do “menino selvagem de Aveyron” parece indicar que a falta de um longo período de socialização primária limita as faculdades humanas. A socialização é assim um processo, em que a criança pelo seu contacto com outros seres humanos, em sociedade, aprende a viver numa determinada cultura, portadora de regras e de conhecimentos que são transmitidos geracionalmente.
O “menino selvagem de Aveyron” é assim o estereotipo de inúmeras histórias contadas por mitos ou por narrativas romanceadas. Crianças criadas por lobos ou por cabras em que estes animais criam aqueles seres inacabados, proporcionando-lhes uma vida. Basta-nos recordar o mito fundador de Roma, dos gémeos Rómulo e Remo, que segundo a lenda foram amamentados por uma loba, acariciadora dos filhos do Deus Marte e de Reia Sílvia, uma vestal que teria rompido com os seus votos de castidade por amor ao deus romano da Guerra.
O “menino selvagem de Aveyron” reporta-nos ao “mito do bom selvagem”. Este mito mostra-nos como o ser humano nascido intrinsecamente bondoso é depois corrompido pela sociedade. Assim sendo, o modelo do homem natural serviu a Rosseau na sua obra “Émile” (1762) para delinear o ideal da educação espontânea e livre. Natureza/Cultura, duas palavras – chave dicotômicas e que abrem uma reflexão mais profunda sobre a nossa humanidade.

O “menino selvagem” de Aveyron

....Outubro 1, 2008 às 12:19 am
.....A 9 de Janeiro de 1800, uma criatura estranha surgiu dos bosques perto da aldeia de Saint-Serin, no sul de França. Apesar do seu andar erecto, parecia mais um animal do que um ser humano, embora tenha sido de pronto identificado como um rapaz de onze ou doze anos. Expressava-se por guinchos, emitindo gritos agudos. Aparentemente, o rapaz não sabia o que era higiene pessoal e aliviava-se quando e onde era sua vontade. Foi entregue às auto­ridades locais e transportado para um orfanato das redondezas. No início, tentava fugir cons­tantemente, sendo capturado com alguma dificuldade. Recusava-se a usar roupas, que rasgava mal o obrigavam a vestir. Nunca ninguém apareceu a reclamar a sua paternidade.
A criança foi sujeita a um completo exame médico, que concluiu não existirem defi­ciências de maior. Quando lhe foi mostrado a sua imagem reflectida num espelho, apesar de visualizar uma imagem, não se reconheceu nela. Certa vez, tentou agarrar uma batata que viu reflectida no espelho (quando na realidade a batata estava a ser segura por trás da sua cabeça). Depois de várias tentativas, sem que tivesse virado a cabeça, apanhou a batata alcançando-a por trás do ombro. Um padre, que observou o rapaz diariamente, descreveu o incidente da batata do seguinte modo:
Todos estes pequenos detalhes, e muitos outros que poderíamos acrescentar, provam que esta criança não é totalmente desprovida de inteligência, reflexão e poder de raciocínio. Porém. somos obrigados a admitir que, em todos os aspectos que não dizem respeito às suas necessidades naturais ou de satisfação do seu apetite, apenas se observa nele um comportamento animal. Se tem sensações, estas não originam nenhuma ideia. Ele nem sequer as consegue relacionar. Poderia dizer-se que não há qualquer relação entre a sua alma ou mente e o seu corpo (Shattuk. 1980. p. 69: ver também Lane, 1976).
Mais tarde o rapaz seria levado para Paris e foram feitas tentativas sistemáticas de o transformar “de animal em humano”. O esforço só em parte foi um sucesso. Ensinaram-lhe a usar a casa-de-banho, passou a aceitar usar roupas e aprendeu a vestir-se. Continuava, contudo, com um grande desinteresse por brinquedos e jogos, e nunca foi capaz de dominar mais do que algumas poucas palavras. Pelo que podemos saber, com base na descrição deta­lhada do seu comportamento e reacções, isto não acontecia por ele ser mentalmente desfavo­recido. Parecia incapaz ou sem vontade de dominar o discurso humano. Poucos mais progressos fez e acabou por morrer em 1828, com cerca de quarenta anos de idade.
Naturalmente, temos de ser cuidadosos na interpretação de casos deste género. É possí­vel que se tenha dado o caso de se tratar de uma deficiência mental não diagnosticada. Por outro lado, é possível que as experiências a que esta criança foi sujeita lhe tenham infligido danos psicológicos impeditivos de dominar práticas que a maioria das crianças adquire em tenra idade. Há, no entanto, semelhanças suficientes entre este caso histórico e outros que foram registados para que possamos sugerir o quão limitadas seriam as nossas faculdades na ausência de um longo período de socialização primária.


O homem necessita de um grupo para sobreviver, ter paz, ter alegria, ter trabalho, ter família, entre outros itens. É inegável a importância de se viver em grupo, por isso temos que saber nos portar muito bem diante dos grupos aos quais pertencemos.
Quando se trabalha em grupo, deve-se saber que você nunca está sozinho, pois deve existir por menor que seja, uma confiança entre os membros do grupo; mas também deve-se saber que nem sempre o grupo te apoiará em alguma tarefa, pois a confiança possui as suas limitações lógicas.
Quando se trabalha em prol do grupo, tem que se haver uma entrega eficaz do membro participante deste grupo, para que assim as atividades daquele grupo sejam efetuadas da melhor forma possível, e sem que um dos membros tenha que se sobrecarregar. Sempre se deve visar o bem estar coletivo, e não somente o individual, pois este está contido no coletivo, sendo que um estando bem, o outro conseqüentemente estará.
Quando se trabalha pelo grupo, é importante saber que não se tem um "dono" do grupo, mas sim vários, onde cada membro é "dono" de uma parcela daquele grupo. Tanto é que nenhum membro do grupo poderá trabalhar pelo grupo pensando que se sobressairá mais do que o outro membro pelo simples fato de se ter executado atividade mais complexa ou considerada mais relevante.
Trabalhar em grupo não é fácil, mas é a melhor forma do Homem, enquanto ser pensante, poder viver melhor, tendo uma certa segurança de um grupo e com este caminhar para o mesmo objetivo.




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