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março 25, 2012

1º ano-Ensino Médio- FILOSOFIA – Turmas 1001; 1003

1º ano-Ensino Médio- FILOSOFIA – Turmas 1001; 1003

Filosofia e Mito....Vamos pensar...

ðComo surgiu a filosofia ? surgiu há muitos séculos atrás...

-Na história do pensamento ocidental, a filosofia nasce na Grécia por volta do século VI (ou VII) a.C. Por meio de longo processo histórico, surge promovendo a passagem do saber mítico ao pensamento racional, sem, entretanto, romper bruscamente como todos os conhecimentos daquela época. Durante muito tempo, os primeiros filósofos gregos compartilhavam de diversas crenças míticas, enquanto desenvolviam o conhecimento racional que caracterizaria a filosofia....

Como compreender o que faz a filosofia?

-Os mitos gregos são intrigantes e importantes no estudo da filosofia. Nesse ponto,com a Filosofia grega, desafia os tempos com sua força intempestiva.... Mas como entender a diferença entre esses dois tipos de discurso?

“A Filosofia sempre teve uma relação ambivalente com o mito. Haveria, então, algo de filosófico no mito ou algo de mítico na Filosofia? É exatamente do que vamos falar”

O  Mito e Filosofia na Grécia antiga, buscavam  encontrar pontos relevantes em que os dois se aproximavam-se e/ou se afastam-se.(ver: ambivalente e mito)


Filosofia:   philos= amor, amizade + sophia = sabedoria



O nascimento da Filosofia

Os historiadores da Filosofia dizem que ela possui data e local de nascimento: final do século VII e início do século VI antes de Cristo, nas colônias gregas da Ásia Menor (particularmente as que formavam uma região denominada Jônia), na cidade de Mileto. E o primeiro filósofo foi Tales de Mileto....Seu primeiro autor, a Filosofia também possui um conteúdo preciso ao nascer: é uma cosmologia. A palavra cosmologia é composta de duas outras: cosmos, que significa mundo ordenado e organizado, e loggia, que vem da palavra logos, que significa pensamento racional, discurso racional, conhecimento. Assim, a Filosofia nasce como conhecimento racional da ordem do mundo ou da Natureza, a própria, cosmologia.

Durante muito tempo, considerou-se que a Filosofia nascera por transformações que os gregos operaram na sabedoria oriental (egípcia, persa, caldéia e babilônica). Assim, filósofos como Platão e Aristóteles afirmavam a origem oriental da Filosofia. Os gregos, diziam eles, povo comerciante e navegante, descobriram, através das viagens, a agrimensura dos egípcios (usada para medir as terras, após as cheias do Nilo), a astrologia dos caldeus e dos babilônios (usada para prever grandes guerras, subida e queda de reis, catástrofes como peste, fome, furacões), as genealogias dos persas (usadas para dar continuidade às linhagens e dinastias dos governantes), os mistérios religiosos orientais referentes aos rituais de purificação da alma (para livrá-la da reencarnação contínua e garantir-lhe o descanso eterno), etc. A Filosofia teria nascido pelas transformações que os gregos impuseram a esses conhecimentos.

Por que defendiam a origem oriental da Filosofia grega? Pelo seguinte motivo: a Filosofia grega tornara-se, em toda a Antigüidade clássica, e para os poderosos da época, os romanos, a forma superior ou mais elevada do pensamento e da moral.

Mito e Filosofia

Resolvido esse problema, agora temos um outro que também tem ocupado muito os estudiosos. O novo problema pode ser assim formulado: a Filosofia nasceu realizando uma transformação gradual sobre os mitos gregos ou nasceu por uma ruptura radical com os mitos?

O que é um mito?

Um mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (origem dos astros, da Terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem e do mal, da saúde e da doença, da morte, dos instrumentos de trabalho, das raças, das guerras, do poder, etc.).

A palavra mito vem do grego, mythos, e deriva de dois verbos: do verbo mytheyo (contar, narrar, falar alguma coisa para outros) e do verbo mytheo (conversar, contar, anunciar, nomear, designar). Para os gregos, mito era um discurso pronunciado ou proferido para ouvintes que recebessem como verdadeira a narrativa, porque confiavam naquele que narrava ; Quem narra o mito? O poeta-rapsodo. Quem é ele? Por que tem autoridade? Acreditava-se que o poeta era um escolhido dos deuses, que lhe mostraram os acontecimentos passados e permitiram que ele visse a origem de todos os seres e de todas as coisas, para que pudessem transmiti-la aos ouvintes. Sua palavra - o mito - era sagrada porque venha de uma revelação divina. O mito era, pois, incontestável e inquestionável.

                      De três maneiras principais:

1. Encontrando o pai e a mãe das coisas e dos seres, isto é, tudo o que existisse no mundo decorre de relações sexuais entre forças divinas pessoais.( Os Deuses naquela época possuíam atributos humanos, como amor, ódio, vingança e muito mais, eram semi-deuses). Essas relações geraram  os demais deuses: os titãs (seres semidivinos), os heróis (filhos de um deus com uma humana ou de uma deusa com um humano), os humanos, os metais, as plantas, os animais, as qualidades, como quente-frio, seco-úmido, claro-escuro, bom-mau, justo-injusto, belo-feio, certo-errado, etc.

A narração da origem é, assim, uma genealogia, isto é, narrativa da geração dos seres, das coisas, das qualidades, por outros seres, que eram seus pais ou antepassados.

Tomemos um exemplo da narrativa mítica :

Conta um certo mito...”Houve uma grande festa entre os deuses. Todos foram convidados, menos a deusa Penúria, sempre miserável e faminta. Quando a festa acabou, Penúria veio, comeu os restos e dormiu com o deus Poros (o astuto engenhoso). Dessa relação sexual, nasceu Eros (ou Cupido), que, como sua mãe, está sempre faminto, sedento e miserável, mas, como seu pai, tem mil astúcias para se satisfazer e se fazer amado. Por isso, quando Eros fere alguém com sua flecha, esse alguém se apaixona e logo se sente faminto e sedento de amor, inventa astúcias para ser amado e satisfeito, ficando ora maltrapilho e semimorto, ora rico e cheio de vida “.

Encontrando uma rivalidade ou uma aliança entre os deuses que fez surgir alguma coisa no mundo. Nesse caso, o mito narra ou uma guerra entre as forças divinas, ou uma aliança entre elas para provocar alguma coisa no mundo dos homens.

O poeta Homero, na Ilíada, que narra a guerra de Tróia, explica por que, em certas batalhas, os troianos eram vitoriosos e, em outras, a vitória cabia aos gregos. Os deuses estavam divididos, alguns a favor de um lado e outros a favor do outro. A cada vez, o rei dos deuses, Zeus, ficava com um dos partidos, aliava-se com um grupo e fazia um dos lados - ou os troianos ou os gregos - vencer uma batalha....A causa da guerra, aliás, foi uma rivalidade entre as deusas. Elas apareceram em sonho para o príncipe troiano Paris, oferecendo a ele seus dons e ele escolheu a deusa do amor, Afrodite. As outras deusas, enciumadas, o fizeram raptar a grega Helena, mulher do general grego Menelau, e isso deu início à guerra entre os humanos.

O terceiro narra os castigos e recompensas : que os deuses dão a quem os desobedece ou a quem os obedece.

Como o mito narra, por exemplo, o uso do fogo pelos homens? Na mitologia se conta que “um dos  titãs, Prometeu, mais amigo dos homens do que dos deuses, roubou uma centelha de fogo de Zeus, e a trouxe de presente para os humanos. Prometeu foi castigado (amarrado

num rochedo para que as aves de rapina, eternamente, devorassem seu fígado) e os homens também. Qual foi o castigo dos homens?... “Os deuses fizeram uma mulher encantadora, Pandora, a quem foi entregue uma caixa que conteria coisas maravilhosas, mas nunca deveria ser aberta”. Pandora ( como é uma característica feminina, a curiosidade)foi enviada aos humanos e, cheia de curiosidade e querendo dar a eles as maravilhas, abriu a caixa. “Dela saíram todas as desgraças, doenças, pestes, guerras e, sobretudo, a morte”. Explica-se, assim, a origem dos males no mundo.



ATENÇÃO :Quais são as diferenças entre Filosofia e mito? Podemos apontar três como as mais importantes:

1. O mito pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se para o que era antes que tudo existisse tal como existe no presente. A Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro (isto é, na totalidade do tempo), as coisas são como são;

2. O mito narrava a origem através de genealogias e rivalidades ou alianças entre forças divinas sobrenaturais e personalizadas, enquanto a Filosofia, ao contrário, explica a produção natural das coisas por elementos e causas naturais e impessoais.....UM POUCO DE MITOLOGIA PARA VOCÊS:...’’No início tudo era um CAUS...O mito falava em Urano, Ponto e Gaia; a Filosofia fala em céu, mar e terra. O mito narra a origem dos seres celestes (os astros), terrestres (plantas, animais, homens) e marinhos pelos casamentos de Gaia com Urano e Ponto.” A Filosofia explica o surgimento desses seres por composição, combinação e separação dos quatro elementos - úmido, seco, quente e frio, ou água, terra, fogo e ar.

3-O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque esses eram traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a crença no mito vinham da autoridade religiosa do narrador.... A Filosofia, ao contrário, não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, lógica e racional; além disso, a autoridade da explicação vem da razão, que é a mesma em todos os seres humanos.

Condições históricas para o surgimento da Filosofia:

as viagens marítimas, que permitiram aos gregos descobrir que os locais que os mitos diziam habitados por deuses, titãs e heróis eram, na verdade, habitados por outros seres humanos;

a invenção do calendário, que é uma forma de calcular o tempo;

o surgimento da vida urbana, com predomínio do comércio e do artesanato, dando desenvolvimento a técnicas de fabricação e de troca;

a invenção da escrita alfabética, que, como a do calendário e a da moeda, revela o crescimento da capacidade de abstração;

a invenção da política, que introduz três aspectos novos e decisivos para o nascimento da Filosofia;

-Platão conta em "A República" uma história que me parece muito significativa para que se compreenda algo da condição humana e, talvez, determinados fenômenos da política. Refiro-me à narrativa que envolve o mito do camponês Giges. Certo dia, pastoreando suas ovelhas, Giges encontra uma cratera aberta por efeito de uma tormenta. Dentro dela, o camponês vislumbra um enorme cavalo de bronze com aberturas laterais. Giges desce pelo buraco e penetra no cavalo onde descobre o cadáver de um homem com um anel no dedo. Giges pega, então, o anel e o coloca no próprio dedo. Para sua surpresa, descobre logo a seguir que quando virava o anel para a palma da mão ficava invisível. Quando colocava o anel de volta à posição original, Giges tornava-se visível novamente. A história mostra como, com base no poder que o anel lhe conferia, Giges passa a cometer várias ações maldosas e perversas. Primeiro, seduziu a rainha e, depois, matou o soberano e usurpou o Poder.

-O que o mito permite vislumbrar é que os seres humanos, via de regra, são tentados a praticar ações condenáveis quando tomados pela convicção de que elas não serão conhecidas. Quando agimos na esfera pública e sabemos que nossas atitudes serão do conhecimento geral, agimos tendencialmente em direção ao bem. Essa é a razão, inclusive, pela qual o mal emerge com tanta força no interior das chamadas "instituições totais" - presídios, manicômios, asilos, etc. Como se sabe, essas instituições são obscuras; vale dizer: a luz pública ali não penetra. Como decorrência, grande parte dos procedimentos adotados não são conhecidos o que, por si só, estimula uma sucessão de atos moralmente de

-Modernamente é uma disciplina, ou uma área de estudos, que envolve:

investigação, análise, discussão, formação e reflexão de idéias (ou visões de mundo) de uma forma abstrata.

Teve sua origem nas inquietações  geradas pela curiosidade humana: “ De onde vim? Para onde vou? Quem sou eu?O que faço aqui? Porque tenho que passar por isso?”... em compreender e questionar os valores e as interpre-tações comumente aceitas sobre a sua própria realidade.

Muitas vezes as religiões conseguem aquietar essas dúvidas sobre a nossa existência, mas não nos faz pensar COMO realmente é essa existência.

O Homem:☼ Ética ☼ Moral



Como pensar? Como responder a tantas dúvidas?

O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar e responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante os outros?”...mas...a resposta  não é tão simples: Com Moral e Ética ....

Enfim, a ética é julgamento do caráter moral de uma determinada pessoa.

ÚA ética pode ser interpretada como um termo genérico que designa aquilo que é freqüen-temente descrito como a "ciência da moralidade

       Ética =” MORADA DA ALMA” ( em grego)

QUALIFICAÇÃO DO PONTO DE VISTA DO BEM E DO MAL
   
Valore e Verdades

                       Lógica  F Verdade F pensar  F valores

Lógica é uma ciência de índole matemática e fortemente ligada à Filosofia. Já que o pensamento é a manifestação do conhecimento, e que o conhecimento busca a verdade, é preciso estabelecer algumas regras para que essa meta possa ser atingida. Assim, a lógica é o ramo da filosofia que cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correto, sendo, portanto, um instrumento do pensar. A aprendizagem da lógica não constitui um fim em si. Ela só tem sentido enquanto meio de garantir que nosso pensamento proceda corretamente a fim de chegar a conhecimentos verdadeiros. Podemos, então, dizer que a lógica trata dos argumentos, isto é, das conclusões a que chegamos através da apresentação de evidências que a sustentam. O principal organizador da lógica clássica foi Aristóteles, com sua obra chamada Organon. Ele divide a lógica em formal e material.

Valores: A abordagem filosófica descreve-o como nem totalmente subjetivo, nem totalmente objetivo, mas como algo determinado pela interacção entre o sujeito e o objecto. O valor exprime uma relação entre as necessidades do indivíduo (respirar, comer, viver, posse, reproduzir, prazer, domínio, relacionar, comparar) e a capacidade das coisas e de seus derivados, objetos ou serviços, em as satisfazer. É na apreciação desta relação que se explica a existência de uma hierarquia de valores, segundo a urgência/prioridade das necessidades e a capacidade dos mesmos objetos para as satisfazerem, diferenciadas no espaço e no tempo.

Crítica : a filosofia juízo sobre a ciência e não conhecimento de objetos, sua tarefa é verificar a validade do saber, determinando seus limites, condições e possibilidades efetivas. Segundo essa concepção, a Filosofia não aumenta a quantidade do saber, portanto, não pode ser chamada propriamente de “conhecimento”. Um mero aspecto das coisas como um valor,priorizando o bem comum, consiste em hierarquizá-los para tê-los em conta na tomada de decisões, ou por outras palavras, em estar inclinado a usá-los como um elemento a ter em consideração na escolha e na orientação que damos às decisões sobre nós próprios e aos outros.



Sócrates, grego,, (470 a.C. - 399 a.C.) foi um filósofo ateniense e um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental. Acredita-se que tenha sido o fundador da atual Filosofia Ocidental. A fonte mais importante de informação sobre Sócrates é Platão. Os diálogos de Platão retratam Sócrates como professor que se recusa a ter discípulos, como um homem de razão que obedece a voz divina em sua cabeça, e um homem piedoso que foi executado por causa da conveniência de seu próprio Estado. Sócrates não acreditava nos prazeres dos sentidos, todavia se interessava pela beleza. Dedicava-se à educação dos cidadãos de Atenas, mas era indiferente em relação a seus próprios filhos.
O julgamento e a execução de Sócrates foram os momentos mais importantes de sua carreira e são eventos centrais da obra de Platão. De acordo com Platão, ambos foram eventos desnecessários. Sócrates admitiu no julgamento que poderia tê-lo evitado se tivesse desistido da filosofia e partisse para cuidar de sua própria vida. Depois de sua condenação, ele poderia ter evitado sua morte se tivesse escapado com a ajuda de amigos. A razão para sua cooperação com o Estado mostra uma valiosa faceta de sua filosofia, em especial aquela que é descrita nos diálogos com Críton.

                                 

                  O Julgamente  de Sócrates



.”Acusado por corromper a juventude e desrespeitar as leis atenienses, Sócrates foi levado a julgamento porque assumiu a responsabilidade pelo que fez defendendo a sua liberdade de pensamento e o direito de morrer dignamente... Para Sócrates o maior bem de um homem é falar e questionar as coisas, não existindo nada, nem mesmo a morte, que o faça mudar sua conduta e seu modo de pensar... Sócrates achava indigno de um homem livre tentar se absolver através de palavras bonitas, pois em sua concepção e convicções todos que o julgaram e o condenaram à morte um dia serão julgados pela verdade e condenados pela injustiça e falta de caráter... Para Sócrates todos nós, até mesmo os falsos juízes, devemos encarar a morte com esperança, pois nenhum mal pode atingir um homem bom, seja em vida ou após a morte, afinal Deus não nos abandona. O que o levou a acreditar que seu julgamento teve um aspecto positivo, pois considerava mais válido uma morte na verdade do que uma vida na mentira, afinal a morte não poderia ser uma coisa tão ruim, se a morte for inconsciência para ele seria lucro, assim, a morte não passaria de uma boa noite de sonos. Ou se a mote for migrar daqui para outro lugar, deixando para trás os que se dizem juízes, e encontrar os verdadeiros juízes, outros homens que morreram e foram justos em vida, para ele seria uma bênção. Já para os juízes a condenação de Sócrates exerceu função de punição, pois consideravam Sócrates culpado por intransições na sociedade. E antes de chegar o momento de partir, Sócrates fez uma petição: ... “Punam meus filhos quando eles crescerem, senhores, perturbando-os, como eu perturbei vocês, caso lhes pareça que eles se preocupam menos com a virtude do que com o dinheiro ou outra coisa qualquer e pensam ser mais do que são, repreendam-nos como eu repreendi vocês por se preocuparem com o que não deveria  e achar que significam alguma coisa quando não valem nada. Se fizerem isso tanto eu quanto meus filhos teremos recebido

 o justo tratamento”.

EXPLICAÇÃO: O que Sócrates quis dizer é que às vezes é necessário escutarmos um “não”, e aprender que determinadas coisas são fúteis, e que não nos trazem conteúda algum. E que dessa forma seus filhos estariam sendo educados segundo a verdade, a qual, Sócrates ensinou e praticou esse ideal de vida até o momento de sua morte. “... Não passará muito tempo, atenienses, e serão conhecidos e acusados pelos detratores do Estado como assassinos de Sócrates, um sábio...”.

COMENTÁRIO: Sócrates tinha consciência de que estava sendo acusado injustamente e tinha certeza que se um justo estava sendo incriminado os injustos também seriam...”. Porque fazem isso comigo na esperança de não ter que prestar contas de suas vidas, mas lhes digo que o resultado será bem diferente. Aqueles que irão forçá-los a prestar contas serão em número bem maior do que o foram até aqui...”.

COMENTÁRIO: Eles o julgaram esquecendo que um dia também seriam, pois na realidade eles é que estavam errados, julgando um homem justo. “... Se a morte é, por assim dizer, uma mudança de casa daqui para algum outro lugar e se, como

afirmam, todos os mortos estão lá, que benção maior poderia existir, juízes? Pois se ao chegar no outro mundo, deixando para trás os que se disseram juízes, o homem vai encontrar os verdadeiros juízes que ali se reuniram em julgamento...”

 COMENTÁRIO: Sócrates não tinha medo da morte porque sabia que o verdadeiro julgamento estaria por vir, seria julgado por juízes corretos após a morte. “

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   O Mito da Caverna             


  ...”Imaginemos uma caverna subterrânea onde, seres humanos, desde a infância, geração após
geração, estavam aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estavam algemados de tal modo que eram forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para frente, não podiam girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permitia que alguma luz exterior ali penetrasse, de modo que se podia, na semiobscuridade, enxergar o que se passava no interior....A luz que ali entrava provinha de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - havia um caminho ascendente ,ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes... Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com furas de seres humanos, animais e todas as coisas.

Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergavam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas não podiam ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportavam....Como jamais haviam visto outra coisa, os prisioneiros imaginavam que as sombras vistas eram as próprias coisas. Ou seja, não podiam saber que eram sombras, nem podiam saber que eram imagens (estatuetas de coisas), nem que existia outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podiam saber que enxergariam, porque a fogueira era a única luz que conheciam, a luz no exterior e imaginavam que aquela era toda luminosidade possível “;

èARGUMENTO – O que aconteceria, pergunta Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria...Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade e a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportavam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente naquele momento estaria contemplando a própria realidade...Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.

èARGUMENTO: Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros iriam zombar dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente

 acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe,

alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vonta-

de dos demais, também decidissem sair

da caverna rumo à realidade.

èCOMPREENDENDO:

O que é a caverna?

 O mundo em que vivemos. Que são as

 sombras das estatuetas? As coisas

materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A* dialética (* dialética - são idéias contrárias, contrapostas).

è DÚVIDA: O que é a visão do mundo real iluminado? A Filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense)? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro.

  [Exercícios de fixação:

1-O que é a caverna?
2-Que são as sombras das estatuetas?
3-Quem é o prisioneiro que se liberta e

sai da caverna?
5-4-O que é a luz exterior do sol?
6-O que é o mundo exterior?
7-Qual o instrumento que liberta o filósofo

 e com o qual ele deseja libertar os outros

prisioneiros?
8-O que é a visão do mundo real iluminado?
9-Por que os prisioneiros zombam, espancam

e matam o filósofo (Platão está se referindo

à condenação de Sócrates à morte pela

assembléia ateniense)?


uValores e Verdades- LógicaFVerdade F pensar  F valores

Lógica é uma ciência de índole matemá -

 tica é fortemente ligada à Filosofia. Já que o pensamento é a manifestação do conhe-cimento,e para isto ,é preciso estabelecer algumas regras para que a meta possa ser atingida....Assim, a Lógica é o ramo da filosofia que cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correto,

 sendo, portanto, um intrument do pensar. A

aprendizagem da lógica , só tem sentido enquanto garantir que nosso pensamento proceda corretamente a fim de chegar a conhecimentos verdadeiros. Podemos, então, dizer que a lógica trata dos argumentos, isto é, das conclusões a que chegamos através da apresentação de evidências que a sustentam. O principal organizador da lógica clássic a foi Aristóteles,  com seu livro chamada “ Organon”. Ele divide a lógica em formal e material.... Filosofia desbanaliza aquilo que tornamos banal sem perceber, aquilo que nunca nos perguntamos antes...isso é

•FILOSOFIA-(Noquadrinhoda MAFALDA ela provoca no pai a reação de nunca ter pensado naquela pergunta, as coisas para ele estão banalizadas, por isso é difícil responder !!!)

Valores: A abordagem filosófica descreve-o como nem totalmente subjetivo, nem totalmente objetivo, mas como algo determinado pela interacção entre o sujeito e o objecto. O valor exprime uma relação entre as necessidades do indivíduo (respirar, comer, viver, posse, reproduzir, prazer, domínio, relacionar, comparar) e a capacidade das coisas e de seus derivados, objetos ou serviços, em satisfazê-las. É na apreciação desta relação que se explica a existência de uma hierarquia de valores, segundo a urgência/prioridade das necessidades e a capacidade dos mesmos objetos para as satisfazerem, diferenciadas no espaço e no tempo...

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