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abril 04, 2012

Questões de vestibular sobre Cangaço , Canudos e Contestado

Prova de História sobre a Guerra de Canudos e Contestado



Ai...terceirão...Material para se fartar de Estudar...e com Gabarito
01. (PUC) A Rebelião de Canudos foi fruto:

a) Do fanatismo religioso de populares sem condições econômicas de subsistência;
b) Do desejo de restaurar a monarquia portuguesa no Brasil;
c) Da conspiração de grupos conservadores;
d) Da organização de grupos de jagunços no sertão;
e) n.d.a.
02.Quanto à chamada República Oligárquica brasileira afirma-se:

I. O surto industrial do início do século XX ocorreu de forma desordenada, propiciando precárias condições de vida aos trabalhadores: seus turnos eram de 14 a 16 horas por dia, não existia salário mínimo estipulado, as férias não eram remuneradas e não havia indenização nos casos de acidentes de trabalho.
II. Antônio Conselheiro, o profeta de Canudos, é o modelo típico de liderança carismática produzida pela estrutura agrária e pelo messianismo popular dos habitantes do sertão nordestino.
III. A Revolta da Vacina foi um movimento popular, ocorrido no Rio de Janeiro, em favor das idéias de Osvaldo Cruz, que procurava sanear a cidade combatendo a varíola e a febre amarela.
Dessas afirmações está (estão) correta (corretas):

a) I, II e III.
b) II e III somente.
c) I e III somente.
d) I e II somente.
e) apenas I.

03.(PUC – MG) Em fins do século XIX e principio do atual, a expansão do capitalismo provocou importantes transformações no mundo, ocorrendo reajustes sociais, que reforçaram a adaptação e modificaram as antigas formas de convívio social. Ecloridam vários movimentos populares de resistência, como a guerra de Canudos e Contestado, ocorridos no Brasil. Sobre esses movimentos, é correto afirmar, EXCETO:

a) Foram movimentos isolados que fracassaram ante as forças repressivas dos poderes constituídos.

b) Foram rebeliões de protesto contra a opressão e miséria, porém sem um projeto claro e definido.

c) As aspirações dos revoltosos mesclavam-se à profunda religiosidadde sem orientação política.

d) Defendiam a permanência das tradicionais formas de dominação, embora exaltassem o progresso trazido pela modernização.

04."Não é por acaso que as autoridades brasileiras recebem o aplauso unânime das autoridades internacionais das grandes potências, pela energia implacável e eficaz de sua política saneadora das epidemias [...]. O mesmo se dá com a repressão dos movimentos populares de Canudos e do Contestado, que no contexto rural [...] significavam praticamente o mesmo que a Revolta da Vacina no contexto urbano". Nicolau Sevcenko. A revolta da vacina.
De acordo com o texto, a Revolta da Vacina, o movimento de Canudos e o do Contestado foram vistos internacionalmente como MOVIMENTOS :

a) provocados pelo êxodo maciço de populações saídas do campo rumo às cidades logo após a abolição.
b) retrógrados, pois as agitações provocadas por estes movimentos populares dificultavam a modernização do país.
c) decorrentes da política sanitarista de Oswaldo Cruz.
d) indícios de que a escravidão e o império chegavam ao fim para dar lugar ao trabalho livre e à república.
e) conservadores, porque ameaçavam o avanço do capital norte-americano no Brasil.


05.Os movimentos messiânicos eram mais comuns do Brasil do que imaginávamos. Além de Canudos, várias revoltas envolvendo seguidores destes movimentos eclodiram durante a primeira metade de século passado. Como o Messianismo foi possível?

a)Devido a concentração latifundiária, o estado de miséria dos camponeses, a prática do coronelismo e a forte religiosidade popular.
b)Devido unicamente a religiosidade do sertanejo que encontrava nas práticas do messias um conforto para a vida miserável que estava submetido.
c)Devido ao grande poder dos líderes messiânicos cujo prestígio era medido pela quantidade de eleitores que controlasse conseguindo desta forma se eleger para os cargos políticos.
d)Em virtude do temor que as profecias dos beatos causavam à população mais pobre, preferindo resignar-se a vida de perigrinações e orações para salvação da alma.
e)Em razão do clima de insegurança que assolava o campo causado pelo banditismo obrigando a população mais pobre abrigarem-se nos movimentos messiânicos para se proteger.

06.Embora fossem movimentos ligados a questão agrária e a falta de justiça no campo Canudos e o Cangaço possuem finalidades distintas. Em relação a esta diferenciação dos objetivos do Cangaço e de Canudos podemos afirmar como correto que:

a)O cangaceiro tinha um fim social na sua prática, pois busca a posse da terra e a justiça social, saqueando e roubando dos ricos para doar aos pobres. Eram considerados os justiceiros pobres.
b)O cangaceiro não tinha nenhum fim social na sua prática, não busca a posse da terra e tampouco a justiça social. Luta simplesmente pela sobrevivência praticando a violência.
c)O cangaceiro é um tipo de bandido social que procura aplicar a justiça contra os desmandos dos poderosos no sertão nordestino.
d)Canudos não tinha nenhum fim social na sua prática, não busca a posse da terra e tampouco a justiça social. Luta simplesmente pela sobrevivência praticando o fanatismo religioso.
e)Canudos tinha um fim social, mas não busca a posse da terra apenas a justiça social mesmo que fosse alcançada por métodos violentos justificados pelo fanatismo religioso.


07.Sobre a Revolta de Canudos, assinale a alternativa INCORRETA.

A) O seu principal líder foi Antônio Conselheiro.
B) Os sertanejos de Canudos lutavam contra a injustiça e a miséria persistente na região.
C) Caracterizou-se como um movimento de caráter messiânico.
D) A Guerra de Canudos foi tema do livro “Os Sertões”, do escritor Euclides da Cunha.
E) Os revoltosos de Canudos receberam apoio incondicional dos coronéis da região.


08.Os vaqueiros e os peões do interior escutavam o Conselheiro em silêncio, intrigados, atemorizados, comovidos... Alguma vez, alguém o interrompia para tirar uma dúvida. Terminaria o século? Chegaria o mundo ao ano 1900? Ele respondia (...) Em 1896, mil rebanhos correriam da praia para o sertão e o mar se tornaria sertão e o sertão mar (...). Mario Vargas Llosa
O carismático Antonio Conselheiro, de que fala o texto acima, liderou a Revolta de Canudos em 1897. Podemos apontar como principais fatores da revolta:
a) o crescimento e a modernização da economia nordestina.
b) o apoio incondicional do sertanejo à Monarquia.
c) a impossibilidade de adaptação do sertanejo aos valores republicanos.
d) o abandono em que vivia o sertanejo, o coronelismo e a luta pelo acesso à terra.
e) a oposição contra a Igreja Católica, aliada dos monarquistas.


09) (UFRJ97)- “Canudos ficava num cenário que lembrava as paisagens descritas na Bíblia: uma região árida repleta de caatingas, rodeada por cinco serras ásperas e atravessada por um rio, o Vaza-Barris. Decidido a permanecer naquela autêntica fortaleza natural, e isso não deve ter escapado à percepção de Conselheiro, ele e seu grupo entraram em ação para construir uma comunidade onde estivessem livres do incômodo das autoridades religiosas católicas e políticas, bem como das leis republicanas, dos "coronéis", dos juízes, dos impostos, da justiça arbitrária, da política etc”.
(COSTA, Nicola S. Canudos – Ordem e Progresso no Sertão. São Paulo, Moderna, 1990.)
O movimento de Canudos (1896-97), liderado pelo beato Antônio Vicente Mendes Maciel, o "Antônio Conselheiro", no sertão nordestino, é um dos mais conhecidos exemplos de movimentos místico-populares que marcou o início da República no Brasil. As problemáticas sociais que deram vida àquele movimento permanecem, até hoje, em grande parte sem solução.
A) Cite e justifique dois motivos pelos quais o povoado de Canudos incomodava as "autoridades políticas locais e religiosas".
Gabarito
01. A 02.D 03.D 04.B 05.A 06.B 07.E 08.D
09.Permitir o acesso a terra e combater a injustiça.Ao permitir o acesso a terra a experiência de Canudos acabava na prática com a dependência dos sertanejos aos favores do coronel destruía o esquema de manutenção do poder das elites políticas ao reagir em relação a sujeição da população pobre ao mando dos coronéis e padres representantes do poder vigente

RENASCIMENTO - HUMANISMO - 1001 e 1002

ENSINO MÉDIO -Renascimento


RENASCIMENTO -   HUMANISMO



O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média.
Características gerais:
* Racionalidade
* Dignidade do Ser Humano
* Rigor Científico
* Ideal Humanista
* Reutilização das artes greco-romana

ARQUITETURA
Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque.
“Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura)
Principais características:
* Ordens Arquitetônicas
* Arcos de Volta-Perfeita
* Simplicidade na construção
* A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas
* Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções militares)
O principal arquiteto renascentista:
Brunelleschi - é um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante. Foi como construtor, porém, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a Capela Pazzi.

PINTURA
Principais características:
* Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria.
* Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos.
* Realismo: o artistas do Renascimento não vê mais o homem como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada.
* Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo.
* Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se manifestações independentes.
* Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, conseqüentemente, pelo individualismo.
Os principais pintores foram:

Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus.
Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.
Leonardo da Vinci - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.
Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.
Michelangelo - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a criação do homem.
Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família
Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de “Madonas”.
Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.
ESCULTURA
Em meados do século XV, com a volta dos papas de Avinhão para Roma, esta adquire o seu prestígio. Protetores das artes, os papas deixam o palácio de Latrão e passam a residir no Vaticano. Ali, grandes escultores se revelam, o maior dos quais é Michelângelo, que domina toda a escultura italiana do século XVI. Algumas obras: Moisés, Davi (4,10m) e Pietá.
Outro grande escultor desse período foi Andrea del Verrochio. Trabalhou em ourivesaria e esse fato acabou influenciando sua escultura. Obra destacada: Davi (1,26m) em bronze.
Principais Características:
* Buscavam representar o homem tal como ele é na realidade
* Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade
* Profundidade e perspectiva
* Estudo do corpo e do caráter humano
O Renascimento Italiano se espalha pela Europa, trazendo novos artistas que nacionalizaram as idéias italianas. São eles:
* Dürer * Hans Holbein
* Bosch * Bruegel
Para seu conhecimento
- A Capela Sistina foi construída por ordem de Sisto IV (retangular 40 x 13 x 20 altura). E é na própria Capela que se faz o Conclave: reunião com os cardeais após a morte do Papa para proceder a eleição do próximo. Lareira que produz fumaça negra - que o Papa ainda não foi escolhido; fumaça branca - que o Papa acaba de ser escolhido, avisa o povo na Praça de São Pedro, no Vaticano
- Michelângelo dominou a escultura e o desenho do corpo humano maravilhosamente bem, pois tendo dissecado cadáveres por muito tempo, assim como Leonardo da Vinci, sabia exatamente a posição de cada músculo, cada tendão, cada veia.
- Além de pintor, Leonardo da Vinci, foi grande inventor. Dentre as suas invenções estão: “Parafuso Aéreo”, primitiva versão do helicóptero, a ponte elevadiça, o escafandro, um modelo de asa-delta, etc.
- Quando deparamos com o quadro da famosa MONALISA não conseguimos desgrudar os olhos do seu olhar, parece que ele nos persegue. Por que acontece isso? Será que seus olhos podem se mexer? Este quadro foi pintado, pelo famoso artista e inventor italiano Leonardo da Vinci (1452-1519) e qual será o truque que ele usou para dar esse efeito? Quando se pinta uma pessoa olhando para a frente (olhando diretamente para o espectador) tem-se a impressão que o personagem do quadro fixa seu olhar em todos. Isso acontece porque os quadros são lisos. Se olharmos para a Monalisa de um ou de outro lado estaremos vendo-a sempre com os olhos e a ponta do nariz para a frente e não poderemos ver o lado do seu rosto. Aí está o truque em qualquer ângulo que se olhe a Monalisa a veremos sempre de frente.
A Pintura RenascentistaProf. Robson Santiago
O desenvolvimento da pintura renascentista pode ser estudado através de dois momentos: a fase pré-renascentista e a fase caracterizada pela obra dos grandes gênios do Renascimento.

Rubens, O Rapto das filhas de Leucipo

Masaccio (1421-1428), estudioso de anatomia e responsável pela introdução das sombras e da perspectiva nas pinturas, criando a impressão de volume e de tridimensionalidade.


                                                     O Tributo a Moeda ( Masaccio)

Piero della Francesca (1416-1492), defensor da perspectiva científica e cujos personagens pareciam esculturas.


Retrato de Federico Montefeltro



Sandro Botticelli (1444-1510), considerado o último dos pré-renascentistas, inspirou-se na mitologia da Antigüidade e associou a estética greco-romana ao universo religioso cristão.

O Nacimento da Vênus ( Botticelli)
 
No auge do Renascimento, durante os séculos XV e XVI, destacam-se artistas polivalentes considerados gênios da Humanidade.

Leonardo da Vinci (1452-1519), pintor, escultor, arquiteto e cientista, perseguiu o objetivo de atingir a verdade através de experiências. Por esse motivo, encarava a obra de arte como um exercício, que era muitas vezes abandonado ao se definir uma solução. Dentre suas pinturas destacam-se A Santa Ceia, A Virgem dos Rochedos e A Gioconda (Mona Lisa).

                                             Monalisa ou Gioconda (Museu do  Luovre)

                                                                  A Santa  Ceia


                                                        A Virgem dos Rochedos
Aeroplano de Leonardo



                                                                                         
Auto retrato       

Estudos de Anatomia




Michelangelo (1475-1564), arquiteto, pintor e escultor, destaca-se por pinturas monumentais como o teto da Capela Sistina, no Vaticano.


                                               O pecado original e a expulssão do Paraíso



                                               A criação de Adão ( Capela Sistina-Vaticano)

Parte do  teto da capela Sistina










Teto da Capela Sistina
Pietá ( Museu do Vaticano)

Rafael Sanzio(1483-1520), por sua vez, é considerado o maior pintor do Renascimento, aliando a harmonia à dramaticidade e empregando cores, formas e volumes com equilíbrio.


Santa Catarina de Alexandria


A Escola de Atenas

Na pintura renascentista as figuras eram dispostas numa composição estritamente simétrica, a variação de cores frias e quentes e o manejo da luz permitiram criar distâncias e volumes que pareciam ser copiados da realidade. A reprodução da figura humana, a expressão de suas emoções e o movimento ocuparam lugar igualmente preponderante. Os temas a representar continuavam sendo de caráter estritamente religioso, mesmo que, com a inclusão de um novo elemento a burguesia, que queria ser protagonista da história do cristianismo. Não é de admirar, portanto, que as pessoas se fizessem retratar junto com a família numa cena do nascimento de Cristo, ou ajoelhadas ao pé da cruz, ao lado de Maria Madalena e da Virgem Maria.

Até mesmo os representantes da Igreja se renderam a esse curioso costume. Muito diferentes no espírito, embora nem por isso menos valiosos, foram os resultados obtidos paralelamente nos países do norte. Os mestres de Flandres, deixaram de lado as medições e a geometria e recorreram à câmara escura, também conseguiram criar espaços reais no plano, embora sem a precisão dos italianos. A ênfase foi colocada na tinta (foram eles os primeiros a utilizar o óleo) e na reprodução do natural de rostos, paisagens, fauna e flora, com um cuidado e uma exatidão assombrosos, o que acabou resultando naquilo a que se deu o nome de Janela para a Realidade.

O artista do Renascimento não via mais o homem como simples observador do mundo que expressava a grandeza de Deus, mas via como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo era pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada.
O Renascimento Italiano se espalhou pela Europa, trazendo novos artistas que nacionalizaram as idéias italianas. Foram eles: Dürer, Hans Holbein e Bruegel


Renascimento: do teocentrismo ao antropocentrismo, uma nova visão acerca do homem e do mundo

Antropocentrismo x Teocentrismo    


O ANTROPOCENTRISMO é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, tudo no universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o homem.
O termo tem duas aplicações principais. Por um lado, trata-se de um lugar comum na historiografia qualificar como antropocêntrica a cultura renascentista e moderna, em contraposição ao suposto teocentrismo da Idade Média. A transição da cultura medieval à moderna é frequentemente vista como a passagem de uma perspectiva filosófica e cultural centrada em Deus a uma outra, centrada no homem – ainda que esse modelo tenha sido reiteradamente questionado por numerosos autores que buscaram
mostrar a continuidade entre a perspectiva medieval e a renascentista.

Em vários aspectos da vida, observamos que as oposições são capazes de fornecer sentido a muitas de nossas experiências e escolhas. Direita e esquerda, o bom e o mau, o certo e o errado são apenas alguns desses binômios capazes de surgirem no cotidiano. Na História, quando estudamos atenciosamente o movimento renascentista, essa mesma forma de compreensão surge na oposição constituída entre o Antropocentrismo e o Teocentrismo.

O TEOCENTRISMO é uma das noções que marcaram tipicamente a Idade Média. Na passagem dos séculos IV e V, o teólogo Santo Agostinho realizou um estudo sobre a salvação espiritual e a condição do homem no mundo. Por meio de suas explicações, ele determinou que o homem fosse corrompido pelo pecado original. Desse modo, o ser humano acabava agregando à condição de criatura inferior, imperfeita, poluída e mortal.

Observando o contexto em que produziu a sua obra, podemos ver que as palavras de Santo Agostinho eram fortemente influenciadas pelas guerras e invasões que demarcavam a queda do Império Romano. Com o passar do tempo, vemos que essa perspectiva, aliada ao crescimento da própria Igreja Cristã, acabou marcando o modo de vida teocêntrico experimentado durante a Idade Média.
De fato, no contexto do mundo feudal, a carência de instituições de ensino acabou deixando que a Igreja assumisse o monopólio do conhecimento dessa época. De tal modo, vários representantes do poder clerical transmitiam a noção de que a figura divina estava acima do homem. Não por acaso, a busca pela salvação espiritual acabou tendo maior espaço nos escritos e comportamentos do medieval.

Passando a falar do Antropocentrismo, sabemos que muitas pessoas o identificam como uma das ações que marcam a Renascença e o próprio desenrolar da Idade Moderna. Ao colocar o homem no centro das coisas, a postura antropocêntrica manifestava-se em obras de arte nos tratados filosóficos. Isso significa dizer que os sentimentos, formas e instituições humanas eram pensadas e observadas com grande atenção.

Notando essa mudança de posição, muitos podem dizer que o Antropocentrismo tenha nascido como uma resposta contrária aos modos de agir e pensar da Idade Média. Prosseguindo nesse tipo de argumentação, o comportamento subordinado e místico do religioso homem medieval, seria trocado pela figura de um novo homem interessado em falar de seus problemas e das demais coisas terrenas.

Apesar de lógico, esse argumento não reflete as condições históricas vividas já na Idade Média para que o Antropocentrismo fosse possível. Já no século XII, podemos ver que o diálogo com as ideias greco-romanas, que são de grande traço antropocêntrico, começavam a se desenvolver em alguns escritos da época. No século seguinte, Santo Tomás de Aquino, influenciado por Aristóteles, registrava que o homem deveria ser posto com uma criatura privilegiada ao ser dotada de razão.

                     HELIOCENTRISMO x GEOCENTRISMO

Assim, vemos a configuração de um contexto medieval em que o Antropocentrismo já se desenvolvia enquanto possibilidade de compreensão do mundo. Assim sendo, determinar que o Teocentrismo fora dominante em toda Idade Média ou que o Antropocentrismo seja uma ruptura com a figura divina, renega todo um processo em que a forma de se comportar do homem se transforma gradualmente.

Em defesa da astrologia, publicou Tercius interveniens, onde critica aqueles que atacam a astrologia pelo seu viés supersticioso e não a distinguem da astrologia como cosmologia. É importante notar que Kepler defendia a astrologia como cosmologia, como explicação do modo como se processam as relações entre astros e acontecimentos terrenos, dentro do âmbito da atuação divina. É clara sua crítica tanto aos céticos quanto aos supersticiosos.Vale lembrar que naquela época todos os astrônomos eram também astrólogos, e aconselhar reis e imperadores em questões astrológicas fazia parte das atribuições de qualquer astrônomo. O interessante da obra de Kepler é justamente ele ter feito a transição da superstição e a ciência. Quando as observações físicas se chocaram com o dogma, Kepler optou pelos fatos científicos, abandonando a superstição. Ele se desfez dos epiciclos, equantes e outros artifícios matemáticos criados no tempo de Ptolomeu - e mantidos por Copérnico - para enquadrar as órbitas celestes ao modelo aristotélico das esferas de cristal. Segundo Aristóteles, os céus eram divinamente perfeitos, e os corpos celestes só podiam se mover segundo a mais perfeita das formas: o círculo.Kepler, usando dados coletados por Tycho Brahe (as oposições de Marte entre 1580 e 1600), mostrou que os planetas não se moviam em órbitas circulares, mas sim elípticas. Esse pequeno detalhe, difícil de ser observado a partir da Terra, deu a Newton uma pista para formular a teoria da gravitação universal, 50 anos mais tarde.Newton viria a declarar: "se enxerguei longe, foi porque me apoiei nos ombros de gigantes". Não declara exatamente quem seriam esses gigantes, mas Kepler certamente era um deles.Modelo do Sistema solar de KeplerJohannes Kepler estudou inicialmente para seguir carreira teológica. Na Universidade, ele leu sobre os princípios de Copérnico e logo se tornou um entusiástico defensor doheliocentrismo. Em 1594, conseguiu um posto de professor de matemática e astronomia em uma escola secundária em Graz, naÁustria, mas poucos anos depois, por pressões da Igreja Católica(Kepler era protestante), foi exilado, e foi então para Pragatrabalhar com Tycho Brahe.Quando Tycho morreu, Kepler "herdou" seu posto e seus dados, a cujo estudo se dedicou pelos 20 anos seguintes.O planeta para o qual havia o maior número de dados era Marte. Kepler conseguiu determinar as diferentes posições da Terra após cada período sideral de Marte, e assim conseguiu traçar a órbita da Terra. Encontrou que essa órbita era muito bem ajustada por um círculo excêntrico, isto é, com o Solum pouco afastado do centro.Kepler conseguiu também determinar a órbita de Marte, mas ao tentar ajustá-la com um círculo não teve sucesso. Ele continuou insistindo nessa tentativa por vários anos, e em certo ponto encontrou uma órbita circular que concordava com as observações com um erro de oito minutos de arco. Mas sabendo que as observações de Tycho não poderiam ter um erro desse tamanho (apesar disso significar um erro de apenas 1/4 do tamanho do Sol), Kepler descartou essa possibilidade.Finalmente, passou à tentativa de representar a órbita de Marte com uma oval, e rapidamente descobriu que umaelipse ajustava muito bem os dados. A posição do Sol coincidia com um dos focos da elipse. Ficou assim explicada também a trajetória quase circular da Terra, com o Sol afastado do centro.Kepler acreditava nos sólidos pitágoricos e por anos tentou explicar que as orbitas dos panetas seguiam geometria semelhante:
Esse era o modelo que Kepler tentou adotar.


Mas voltando ao começo, no geocentrismo havia uma teoria paralela do geocentrismo que era a teoria dos "epiciclos" que são orbitas dentro de orbitas, assim: os planetas não apenas giravam em torno da Terra mas numa orbita que girava, assim esse seria o mesmo estilo dos satélites, mas eles não estam numa orbita A que gira numa orbita B em tono da Terra mas do Sol e com algum planeta estando no centro da orbita A, já nos epiciclos os planetas giravam numa orbita A sem algum outro corpo no centro dessa orbita, que por sua vez girava na orbita B que tinha a Terra como centro.

Construindo identidades nos Grupos Sociais-

SOCIOLOGIA:

Construindo identidades nos Grupos Sociais-       


A Sociologia do conhecimento divide-se em duas subdisciplinas da Sociologia que levam o mesmo nome. A primeira delas surgiu na Alemanha dos anos da década de 1920, introduzida por figuras como Max Scheler e, principalmente, Karl Mannheim é correlata à História das Idéias ou próximo do que se pode entender por uma Sociologia dos Intelectuais. A segunda, parte da Sociologia Fenomenológica, iniciada por Alfred Schütz, sendo desenvolvida por Peter L. Berger e Thomas Luckmann

Sociologia do Conhecimento

Concebida como o estudo das condições sociais de produção de conhecimento. Seu enfoque abarca as relações sociais envolvidas na produção do conhecimento. O objeto desse tipo de sociologia não se confunde os da teoria do conhecimento ou epistemologia. É a gênese do conhecimento intelectual e dos usos no ambiente social. Assim, consideram-se outros fatores determinantes da produção de conhecimento que não os consciência puramente teórica, mas também de elementos de natureza não teórica, provenientes da vida social e das influências e vontades a que o indivíduo está sujeito.

A influência de tais fatores é de grande importância e sua investigação é objeto da Sociologia do Conhecimento. Esta formulação teórica tem em vista que cada período histórico da humanidade é dominantemente influenciado por certo tipo de pensamento ou de formulações teóricas tidas como relevantes. Em cada momento histórico tendências conflitantes, apontando tanto para a conservação da ordem quanto para a sua transformação, surgiriam em vista dos interesses políticos, ideológicos dos agentes envoltos na prática da produção do conhecimento.

A Sociologia do Conhecimento, tal como definida acima, difere da Teoria do Conhecimento pelo fato de que a esta última debruça-se sobre os problemas comuns a todas as áreas do conhecimento científico preocupando-se não com sua "gênese social". Ao contrário, a Teoria do Conhecimento está envolvida no desenvolvimento do conhecimento científico num nível meta-teórico, confundindo-se, pois, com a Metodologia das Ciências no seu sentido forte: a fundamentação de teorias. As obras de autores como Karl Popper e Thomas Kuhn são exemplares a esse respeito. Thomas Kuhn, entretanto, está no limiar entre a pesquisa metodológica de fundamentação de teorias e a sociologia do conhecimento. Sua principal obra, a Estrutura das revoluções científicas, versa sobre problemas típicos da Metodologia e Epistemologia científicas ao mesmo tempo em que considera o papel dos mecanismos e processos tipicamente sociais que estão no seu cerne. Parte da premissa que a prática da ciência é também uma prática social e, portanto, histórica, residindo nisto a sua proximidade com a sub-disciplina da Sociologia do conhecimento. A Obra de Kuhn é, porém, mais próxima da sociologia da ciência, enquanto que a de Popper está mais próxima de Metodologia e Epistemologia da Ciência.

O que é Bom Senso e Senso Comum?

Senso Comum: Um exemplo, de senso comum, são os ditos populares, eles são transmitidos verbalmente, de pessoa para pessoa, de geração para geração, sem nenhuma reflexão. Seria um pensamento popular, sobre um tema... Outro exemplo, são aquelas receitas para o tratamento de doenças.
Bom Senso: É o conhecimento, oriundo do senso comum, só que ele é refletido e internalizado de acordo com o que o individuo acha melhor para ele. Por exemplo, a história de que não pode colocar o pé no chão por que dá cólica ou ataca a garganta, cabe a cada um se incorpora ou não, este costume.
Sabedoria: Na verdade, é um conceito muito mais amplo. Sabedoria de modo geral, é a forma como você reflete e interpreta aquilo que acontece ao seu redor. É o conjunto de conhecimentos, experiências, observações que você adquire ao longo da vida. É todo o conjunto, de informações que você detém. Sabedoria é mais amplo do que inteligência, do que conhecimento do que habilidade, por que está ligado também a nossas atitudes e a forma como nos portamos no mundo.



Grupos sociais e construção de identidades

Conceituando o termo “Identidade”

 Ao pensarmos “Identidade” somos remetidos quase que imediatamente ao RG, nosso registro civil, que possuí um número para nos identificar e uma série de outras informações que nos tornam “reconhecíveis” para o “sistema”, aos olhos da lei, para questões burocráticas etc. Nele constam nossa naturalidade indicando em que estado nascemos, nacionalidade, indicando nosso país, filiação e data de nascimento; contudo o termo “Identidade” tem um significado muito mais complexo e abrangente, afinal não podemos ser resumidos apenas  em um número. Para Jurandir Freire Costa (1989), “(…)a identidade é tudo que se vivencia (sente, enuncia) como sendo eu, por ocasião àquilo que se percebe ou anuncia como não-eu (aquilo que é meu; aquilo que é outro) (…) “a identidade não é uma experiência uniforme, pois é formulada por sistemas de representações diversos. Cada um destes sistemas corresponde ao modo como o sujeito se atrela ao universo sócio-cultural. Existe assim, uma identidade social, étnica, religiosa, de classe; profissional, etc.”

Nós não nascemos já com uma identidade pronta, aliás segundo o filósofo Henri Bergson construímos o nosso “eu” todos os dias, ou seja, desde a mais tenra infância vamos nos construindo como indivíduos únicos, esse processo nunca acaba, iremos construir e reconstruir nossas identidades ao longo da vida. O indivíduo nunca a constrói sozinho: depende tanto dos julgamentos dos outros como das suas próprias orientações e auto definições. A identidade é um produto de sucessivas socializações. (DUBAR, Claude. A Socialização Construção das Identidades Sociais. Porto Editora. Lisboa. Portugal. 1997)

 A “sociedade humana” é formada por pessoas que têm necessidade uma das outras para continuarem a espécie, buscarem seus objetivos, e sobreviverem. É uma imensa corrente que permite que o ser humano nasça, cresça e viva. O homem é um animal social, pois tende a se agrupar através de propósitos, gostos, preocupações e costumes em comum com outros indivíduos, e assim formamos os chamados grupos sociais que, para a sociologia, aparecem enquanto um sistema de relações e de interações recorrentes entre pessoas.

            Uma tendência natural do ser humano é a de procurar uma identificação em alguém ou em alguma coisa, ou seja o sentimento de “pertencimento” ou “identificação”. Quando uma pessoa se identifica com outra e passa a estabelecer um vínculo social com ela, ocorre uma associação humana. Com o estabelecimento de muitas associações humanas, o ser humano passou a organizar os grupos sociais.

Grupo social é uma forma básica de associação humana que se considera como um todo, com tradições morais e materiais. Para que exista um grupo social é necessário que haja uma interação entre seus participantes. Os grupos sociais possuem uma forma de organização, mesmo que subjetiva, se diferem quanto ao grau de contato de seus membros, e pode ser definido como uma reunião de pessoas, interagindo umas com as outras, e por isso capazes de ação conjunta, visando atingir um objetivo comum compartilham os mesmos interesses, portanto partilham ideias.

Principais grupos sociais:

Grupo familiar – família;

Grupo vicinal – vizinhança;

Grupo educativo – escola, universidade, curso etc.;

Grupo religioso – igreja;

Grupo de lazer – clube,etc;

Grupo profissional – empresa, etc;

Grupo político – Estado, partidos políticos;



Características de um grupo social:

Pluralidade de indivíduos – há sempre mais de um indivíduo no grupo; Interação social – os indivíduos comunicam-se uns com os outros; Organização – todo grupo, para funcionar bem precisa de uma ordem interna; Objetividade e exterioridade – quando uma pessoa entra no grupo ele já existe, quando sai ele permanece existindo; Objetivo comum – união do grupo para atingir os mesmos objetivos; Consciência de grupo ou pertencimento (sentimento de “nós”) – compartilham modos de agir, pensamentos, idéias, etc. Continuidade – é necessário ter uma certa duração. Não pode aparecer e desaparecer com facilidade.

Classificação dos grupos sociais:

-Grupos primários – predominam os contatos primários, mais pessoais e diretos, como a família, os vizinhos, etc.

-Grupos secundários – são mais complexos, como as igrejas e o estado, em que predominam os contatos secundários, neste caso, realizam-se de forma pessoal e direta, mas sem intimidade ou de maneira indireta como emails, telegramas, telefonemas, etc.

-Grupos intermediários – são aqueles que se alternam e se complementam as duas formas de contatos sociais (primários e secundários). Ex: escola.

Outras formas de agrupamentos sociais são:

Agregados sociais: é uma reunião de pessoas que mantém entre si o mínimo de comunicação e de relações sociais. Podemos destacar a multidão, o público, e a massa.

Características da multidão:

-FALTA DE ORGANIZAÇÃO: não possui um conjunto de normas.

-ANONIMATO: não importa quem faz parte da multidão, a identidade.

-OBJETIVOS COMUNS: os interesses, as emoções, e os atos têm o mesmo sentido.

-INDIFERENCIAÇÃO: todos são iguais perante a multidão, não há espaço para manifestar as diferenças individuais.

-PROXIMIDADE FÍSICA: os componentes da multidão ficam em contato direto e temporário uns dos outros.

Público: é um agrupamento de indivíduos que seguem os mesmos estímulos. Não se baseia no contato físico, mas na comunicação recebida através dos diversos meios de comunicação. Ex: indivíduos assistindo a um jogo – todos que estão juntos recebem o mesmo estímulo - a reunião é ocasional.

Opinião pública: modo de pensar, agir, e sentir de um público.

Massa: é formada por indivíduos que recebem opiniões formadas através dos meios de comunicação de massa.

Diferença entre público e massa: Público – recebe a opinião e pode opinar.

Massa – predomina a comunicação transmitida pelos meios de comunicação de massa.



Toda a sociedade tem uma série de forças que mantém os grupos sociais. As principais são a liderança, as normas e sanções sociais, os valores sociais e os símbolos sociais.

Liderança: é a ação exercida por um líder, aquele que dirige o grupo. A dois tipos: Liderança institucional - autoridade varia de acordo com a posição social ou do cargo que o indivíduo ocupa no grupo. Ex: Diretor de uma fabrica. Liderança pessoal – autoridade varia das qualidades pessoais do líder (inteligência, poder de comunicação, carisma, atitudes). Ex: Getulio Vargas, Adolf Hitler, etc.

Normas sociais: regras de conduta de uma sociedade, que controlam e orientam o comportamento das pessoas. Indica o que é “permitido” e o que é “proibido”.

Sanção social: é uma recompensa ou uma punição que o grupo determina para os indivíduos de acordo com o seu comportamento social. É aprovativa quando vem sob a forma de aceitação, aplausos, honras, promoções. É reprovativa quando vem sob a forma de punição imposta ao indivíduo que desobedece a alguma norma social. Ex: insulto, zombaria, prisão, pena de morte.

Valores sociais: variam no espaço e no tempo, em função de cada época, geração e cada sociedade, ou seja são temporais, podemos dizer que valores sociais podem ser análogos a moral, por exemplo, cada período da história tem um conjunto de valores sociais que formam a moral vigente da época. Ex: o que é bonito para os jovens nem sempre é aceito pelos mais velhos. As roupas, os cabelos, modo de dançar, as idéias, o comportamento, enfim, entram em choque com os valores sociais já estabelecidos e cultivados por seus pais, criando uma certa tensão entre jovens e adultos.

Símbolos:  algo cujo valor e significado lhe é atribuído pelas pessoas que o utilizam. Ex: a aliança que simboliza a união de casais.A linguagem é um conjunto de símbolos. Podemos dizer que todo o comportamento humano é simbólico e todo o comportamento simbólico é humano, já que a utilização de símbolos é exclusiva do homem.

          Sistema de status e papéis: A posição ocupada por um indivíduo no grupo social denomina-se status social.

Status social: implica direitos, deveres, prestígio, e até privilégios, conforme o valor social conferido a cada posição. Dependendo de como o indivíduo obtém seu status pode ser classificado como:

Status atribuído: não é escolhido pelo indivíduo, e não depende de si próprio. Ex; irmão caçula, filho de operário, irmã mais velha.

Status adquirido: depende das qualidades pessoais do indivíduo, de sua capacidade, e habilidade. São status adquiridos através de anos de luta e competição, supõe a vitória sobre os rivais. A pessoa demonstra superioridade. Ex: classe alta.

Papel social: são comportamentos que o grupo social espera de qualquer pessoa que ocupe determinado status social.Corresponde às tarefas e obrigações atribuídas de acordo com o status do indivíduo.



Estrutura e organização social

Estrutura social: é a totalidade dos status existentes num determinado grupo social ou numa sociedade.

Organização social: é o conjunto de todas as ações que são realizadas quando os membros de um grupo desempenham seus papeis sociais.

Assim, enquanto a estrutura social da a ideia de algo estático, que simplesmente existe, a organização social dá a ideia de uma coisa que acontece. A estrutura social se refere a um grupo de partes – ex: reunião de indivíduos – enquanto a organização social se refere às relações que se estabelecem entre essas partes. Quanto mais complexa a sociedade, mais complexa e maior será a sua estrutura e organização social.Tanto a estrutura quanto a organização social não permanecem sempre iguais. Elas podem passar, e passam com frequência, por um processo de mudança social.



Atividade I

a-Disserte acerca dos grupos sociais que você conhece e faz parte e faça uma “autodefinição”.

b-Pesquise: Quais são os Valores, normas e sanções sociais vigentes em nossa sociedade.

c-Pesquise: O que é moral.